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quarta-feira, 31 de março de 2010

CNN - FAREED ZAKARIA

Zakaria tem várias vezes sido considerado um dos jornalista-intelectuais mais influentes do planeta na actualidade, lê-lo e ouvi-lo é indispensável para qualquer pessoa que queira compreender o mundo em que nos encontramos, embora a tónica principal das suas preocupações esteja nos aspectos geopolíticos também as questões económicas e culturais estão sempre presentes.

Semanalmente aos domingos é possível ver o seu programa na CNN (14h e 22h de Lisboa, o mais prático é gravar para ver posteriormente), assim como também se podem ver os programas antigos a partir do site da CNN indicado no lado esquerdo deste blog.

O problema de assistir aos programas de Zakaria é que depois fica difícil assistir aos paupérrimos programas das nossas televisões.

segunda-feira, 29 de março de 2010

DOS GOVERNOS SOMBRA

Na ciência política, como nos mercados financeiros e como em muitas outras coisas na vida, quase nunca o que parece é. Também assim é com as dificuldades dos governos sombra.

Embora à primeira vista pareça mais fácil e menos exigente a formação de governos sombra do que a de governos efectivos na verdade não é assim. São três as frentes em que a formação de governos sombra se torna mais difícil: é mais complicado o recrutamento de "ministros", é mais exigente em termos da qualidade dos mesmos e corre o risco de ser uma via de desgaste de personalidades que de outra forma teriam possibilidade de se vir a afirmar no poder real.

O recrutamento é mais difícil por diversas razões, mas que se resumem ao facto de os riscos serem muitos e as compensações poucas, sem poder efectivo e sem equipes de apoio a sério, os ditos ministros terão de escolher entre ter papéis relativamente apagados ou o desgaste de posições constantes de confronto difíceis de manter.

Exactamente pelas razões referidas atrás, falta de equipes de apoio e falta de poder efectivo, os tais ministros terão que ser muito melhores do que ministros reais, eles terão de fazer omeletes sem ovos! E assim caímos na situação bizarra de ser obrigados a ter num governo sombra personalidades muito melhores do que aquelas que são necessárias para constituir um governo efectivo.

E por último teremos como consequencia para o partido do governo sombra o seu desgaste e o de personalidades que muito provavelmente iriam ser necessárias no futuro.

São estes os problemas em que Passos Coelho se vai envolver se for por esta via. A solução dos porta-vozes sectoriais, embora não tendo o mesmo "glamour", envolve muito menos riscos e tem potencial equivalente, ou até maior por dar a possibilidade de "rodar" gente nova.

sábado, 27 de março de 2010

MERKEL VENCEU, TEMOS ESTADISTA?

Contra tudo e contra todos, incluindo o seu ministro das Finanças (Schaube), Angela Merkel foi a grande vencedora desta pequena guerra europeia que se arrastou por algumas semanas.

Ao contrário da imagem que se fez passar, Merkel não foi o osso duro de roer que dificultou uma solução rápida e fácil para o problema grego apenas por causa das suas preocupações com as eleições e com aspectos legais da Alemanha, a verdade é que essa tal solução fácil e rápida não existia, e não era mais do que uma via rápida para o desastre europeu.

Todos sabemos que o projecto Europeu tem uma boa costela latina, com muitos passos maiores que as pernas, na base do "tudo vai correr bem", "depois se resolve", etc. Isto embora os grandes da política europeia prefiram encarar o fenómeno como manifestação da sua enorme visão política, ou de forma mais prosaica e poética dizendo que o caminho se faz caminhando. Foi assim com o euro, sem orçamento centralizado, sem política fiscal comum, sem política económica e com uma enorme diversidade entre os diferentes estados não é claramente uma zona monetária óptima, está mesmo mais para péssima.

Há muito tempo que os euro-cépticos, euro-inimigos e especuladores ansiavam por este momento de verdade, para eles a grande oportunidade, um simples escorregar neste momento de crise global seria um abrir de porta a uma sucessão imparável de manobras e ataques a toda a construção europeia. Tudo é fácil enquanto o mar está calmo e as águas se não levantam, mas quando a borrasca começa não dá para fazer erros, tanto mais quando o navio está nas condições em que o navio europeu se encontra.

Foi então que os líderes europeus começaram a querer tapar o buraco grego de qualquer maneira desde que rápida. O voluntarismo correu solto, fazia-se um FME instantâneo, juntavam-se uns cobres, ou até pura e simplesmente declarava-se o apoio e depois logo se via. E Merkel teve a coragem de ir dizendo sempre que não, de improviso em improviso até ao desastre geral não é bem o estilo dela, haja alguém com bom senso!

A comunidade europeia nunca poderia ter dado um aval directo e cego à Grécia fora de um quadro regulamentar que talvez devesse existir mas que não existe. E pior ainda, se a crise internacional se agravasse iríamos depois ter as "grécias grandes" e aí como seria? continuaria o improviso voluntarioso então com precedentes já estabelecidos?
Trocando por miúdos caro leitor, suponha que tem dois ou três irmãos, simpáticos, bons rapazes, até trabalhadores, mas coitados a vida tem sido complicada, uns divórcios, filhos difíceis, certa tendência para gastar demais, etc., responda leitor! o seu aval ou o banco?

O projecto europeu parece agora fora de perigo, quanto ao euro as coisas não são assim tão fáceis, mesmo as exigências de Merkel por si só não serão suficientes para garantir que o sistema vá funcionar. Sem uma verdadeira política económica europeia se a crise se agudizar a solução de Martin Taylor dos "dois euros" poderá vir a ser a única saída, ou pelo menos a menos má.

Tem sido voz corrente por esta Europa que Merkel é apenas uma boa gerente nunca será uma estadista, faltam-lhe a visão e a capacidade de liderança de um Helmut Kohl, diz-se. Começo a achar que estão redondamente enganados, com o seu ar de ursinho triste Merkel deu um show, um espectáculo de determinação serena, de coragem para resistir a pressões sem fim, de inteligencia a negociar as saídas possíveis.

Agora que Obama finalmente se consegue afirmar como líder de facto, mais importante ainda é que a Europa tenha alguém à sua altura.

Acho que temos estadista, a Europa bem precisa, é material em falta há muito tempo.
O PRAVDA

Das listas da imprensa mundial aqui ao lado esquerdo do blog consta o site do Pravda, é hoje um site moderno, alegre, quase fútil, o típico das nossas sociedades de consumo com muitas misses (lindas!), moda e umas coisa sérias (poucas).

Este foi o jornal que depois de intensas lutas Lenin tirou a Trotsky, nenhum dos dois resistiria a uma simples olhada a tão "decadente" objecto, mudam-se os tempos...
PASSOS COELHO II

Confirmou-se.
Uma vitória indiscutível, mais clara do que todas as previsões anteviam.

Como sempre um discurso com a entoação perfeita e globalmente correcto. Um bom princípio, apenas isso.

Gerir a sofreguidão do partido pelo poder, que sente próximo o que pode ainda estar longínquo, como é usual não irá ser fácil. Esse será o primeiro dos muitos desafios de PPC.
A ver vamos.

sexta-feira, 26 de março de 2010

MANUELA FL

O PSD é um partido especialmente difícil de gerir, do pouco que eu sabia sempre julguei que FL não tinha condições para esse tipo de missão, mas é de realçar que isso seria sempre um desafio impossível para quem quer que fosse com os conselheiros que a rodearam, que ela escolheu ou que deixou que lhe escolhessem.

De qualquer modo, nestes momentos finais o que importa realçar é que Manuela Ferreira Leite foi uma Senhora até ao fim, o que já é muito nos tempos que vão correndo.

quarta-feira, 24 de março de 2010

DOWNGRADE DA DÍVIDA PORTUGUESA
A Fitch acaba de fazer o downgrade da nossa dívida, não é o fim do mundo mas no contexto actual pode tornar a nossa vida bastante mais difícil.

terça-feira, 23 de março de 2010

VÁRIOS EUROS - O REGRESSO A KEYNES (1941)

Ainda durante a segunda grande guerra Keynes começou a desenvolver trabalhos com vista a definir a base a partir da qual seria possível que a economia mundial, depois de acabada a guerra, tivesse condições para entrar numa fase de crescimento global, longe do proteccionismo a que a crise de 1929 tinha conduzido o mundo. Sendo neste âmbito de destacar o texto produzido em 1941 "Proposals for an International Currency Union", de que vou aqui procurar dar uma ideia geral pelo seu interesse e actualidade quando se começa a falar de vários "euros".

Apesar de Keynes ser considerado um dos pais do sistema monetário internacional estabelecido em Bretton Woods, conjuntamente com o americano Dexter White, a verdade é que o que em 1944 foi consagrado em Bretton Woods difere substancialmente do que Keynes defendia em 1941, não sei o que dessa mudança correspondeu a evolução do pensamento do mestre e que parte resultou apenas do peso da realidade americana como grande vencedor do conflito e então a grande economia mundial com enormes superavits comerciais, e portanto a única com condições para financiar a recuperação.

Voltando ao documento de Keynes, a base do sistema seria um "International Clearing Bank" através do qual se realizariam todas as transacções internacionais num sistema fechado e por isso sempre em equilíbrio, porque os débitos de uns seriam os créditos de outros. Por outro lado, o grande objectivo seria que o sistema tivesse capacidade efectiva para pressionar quer países deficitários quer superavitários para corrigir essas situações que deveriam idealmente caminhar para um equilíbrio total, sem deficits nem excedentes. O documento pretendia também definir condições de comércio justas em termos globais longe da prática dos acordos bilaterais, limitando quer os impostos alfandegários e a fixação de quotas, quer os incentivos à exportação, numa rota que depois veio a ser abraçada pela OMC.

Defendia ainda Keynes que o ideal seria que os membros do sistema não fossem países mas "currency unions" agrupando países por razões políticas e geográficas, sistema este para o qual se deveria evoluir. Meramente a título de exemplo até porque o fim da guerra iria originar novas situações, Keynes considerava o estabelecimento de 11"unions" (América do Norte, América Central e do Sul, Império Britânico, URSS, Médio Oriente, Extremo Oriente, e 5 zonas na Europa para além do UK abrangido no Império). Sobre como operariam estas zonas monetárias tão longe da optimização Keynes não se debruça. É curioso olhar para a uniões europeias sugeridas:
- países germânicos incluindo a Suíça, a Holanda e a Áustria
- países escandinavos incluindo os estados bálticos
- a união latina - França, Bélgica, Itália, Espanha e Portugal
- Europa central - Polónia, Eslováquia, Hungria, etc
- União dos Balcans

O sistema funcionaria como de câmbios fixos, cada moeda com a sua relação fixada com o ouro, câmbios esses que obrigatoriamente seriam alterados para baixo ou para cima sempre que maiores distorções surgissem nos saldos comerciais de cada país. A título meramente de exemplo um país/zona monetária que tivesse na sua conta no clearing por mais de um ano um saldo superior a metade da média entre as suas importações e exportações num ano, seria obrigado a valorizar a sua moeda em 5%, correspondente desvalorização seria obrigatória para quem inversamente tivesse deficits de dimensão equivalente.

Texto para reflectir em tempos em que não só a nossa zona monetária tem de ser repensada, como também temos de o fazer em relação à situação dos outros países europeus fora dela.
O PEC

Este é daqueles documentos que qualquer governo gostaria de nunca ter de fazer, talvez isso ajude a explicar o que se tem passado com as apreciações de diversos comentadores económicos que teem tido mudanças substanciais ao longo do tempo conforme o documento foi passando das 9 páginas iniciais para as 110 finais. Houve de tudo, dos que de posições iniciais de concordância, ou até de elogio, evoluíram para posições de oposição radical, como houve aqueles que do tom crítico inicial evoluíram para posições de receptividade global em relação ao documento.

Claro que muito provavelmente a qualidade final do documento foi afectada pela promessa eleitoral de não subir os impostos, reinterpretada pelo governo na versão de não subir as taxas dos impostos, o que dificultou a saída de utilizar o aumento do IVA em lugar da redução das deduções fiscais, mas mesmo assim o resultado final não seria muito diferente. Ouvi economistas de vários quadrantes políticos elogiar o bom trabalho feito pela equipe do ministério das finanças.

Crítica total, clara e "fundamentada" ao documento apenas a vi da esquerda radical que defende outro modelo de desenvolvimento, modelo esse que no entanto nunca explicou qual é, pelo menos de uma forma global e coerente.

O PEC podia ser melhor? muito provavelmente sim. O PEC é mau? parece que não. O PEC podia ser radicalmente diferente? não se vê como.
JARDIM E SÓCRATES

Segundo o jornal Público, Alberto João em entrevista à Renascença terá admitido "alianças com o primeiro ministro em aspectos que ache justos para o país, mesmo que contra o PSD".

Pode-se compreender que Jardim esteja agradecido em relação ao comportamento inteligente do primeiro ministro quando da catástrofe madeirense, mas a verdade é que posições como esta, junto com o confrangedor debate entre os quatro candidatos do PSD, só tornam as coisas ainda mais difíceis para o partido laranja.

segunda-feira, 22 de março de 2010

EURO DO NORTE E EURO DO SUL

Esta é a sugestão de Martin Taylor no Finantial Times, indo mesmo ao ponto de começar a detalhar o processo de transição para as novas moedas segundo o qual a cada "euro" antigo corresponderiam dois meios euros, um do norte e outro do sul, cujos valores a partir desse momento começariam a divergir.

Está aberta a temporada para todos os exercícios na área económica!

Até Schaube com a sua insistência no Fundo Monetário Europeu está já de relações tensas com Merkel, parecendo mais perto da ministra francesa (que vai a Berlin na procura de um entendimento antes da reunião do Conselho) do que da sua chanceler, diz-se mesmo que Schaube continua com a sua equipe a detalhar o seu FME, qual brinquedo privado contra a vontade da chefe.

Tudo isto ao mesmo tempo que a Europa do sul está receosa do que pode vir a seguir à Grécia. É neste quadro que Espanha, por todas as razões cheia de vontade de mostrar serviço, vai acolher esta semana a reunião de chefes de governo da Europa que tem todos os ingredientes para ser animada.

Até lá vamos certamente ter mais exercícios, regresso do marco, expulsão ou suspensão da Grécia, FME, dois euros, e o que mais se seguirá (já agora eu também tenho um exercício) ...

terça-feira, 16 de março de 2010

ISRAEL
È natural que Obama esteja já completamente farto dos falcões israelitas, na longa lista de problemas a humilhação de Biden foi apenas mais um episódio.
Já não existe muito tempo para que tudo não acabe num drama de dimensões gigantescas, mas ainda existe esperança quando se lê um artigo como aquele hoje publicado no Jerusalem Post e que á frente transcrevo.


A free people in our land
By GERSHON BASKIN
16/03/2010 06:40


If we do not negotiate, the Palestinian nat'l movement will drop the strategy of seeking a state and will call openly for full democracy.
It was never really about the timing. Prime Minister Binyamin Netanyahu’s apology to US Vice President Joseph Biden enabled the Tel Aviv University speech to conclude the visit on an up note. The ice-cold water from Washington came only after the prime minister thought that he had successfully passed through the storm.

The current government has excelled at putting the country on a collision course with the rest of the world. Unfortunately, the government and the media are focusing attention on the relationship with the US and completely missing the real point of our predicament. It is not about our relationship with Washington, it is about our existence in the region and our relationship with our direct neighbors. It is time for the Israeli public to wake up from the hibernation of a long spring of calm and comfort. The hot summer is approaching and with it disaster.

The country needs to make a choice; there is no escape from making tough decisions. The clock is ticking and soon the choice will be made for us, if we don’t decide on our own. The “status quo” of business as usual, a sense of personal security and the illusion that we can keep the territories and make peace with our neighbors is about to end.

SINCE THE signing of the Oslo agreement in 1993 the Jewish population living over the Green Line has increased by 300 percent. Even as Netanyahu repeats the “two states for two peoples” mantra, we continue to build more housing units over the Green Line. The so-called building freeze is no more than an exercise in self-delusion. The binational reality of life over the Green Line is apparent to anyone who crosses it.

The Palestinian leadership remains firmly committed to the two-state solution, but it too knows that the chances of partition based on the Green Line are rapidly fading away. Yes, the Gaza disengagement proved that settlements can be removed, but Israel is so deeply entrenched over the Green Line that a vision of peace based on an independent Palestinian state on those territories seems virtually impossible.

The country has apparently made its choice – it prefers territories to peace. By our own hands, we are putting an end to the Zionist enterprise. A people that occupies another and denies it self-determination, liberation and freedom cannot be a free people in its lands.

THE AVERAGE Palestinian and more so the intellectuals are voicing a new understanding: There is no longer a chance to establish an independent state in the West Bank and Gaza with east Jerusalem as its capital. A new strategy is developing and Israelis should be worried about what this strategy will mean for them.

Phase one of the strategy will be what is already being termed a “white intifada.” This is a strategy for massive civil disobedience and a refusal to cooperate with the occupation. This strategy is based on non-violent confrontation with the occupation authorities. We have seen evidence of this in Bil’in, Ni’lin, Budrus, Masara and other places that are so far unfamiliar to Israeli consciousness. The Palestinian Authority is actively advancing the boycott of settlement products and will soon encourage Palestinian workers to stop working in settlements.

The challenge will be to stick to non-violence and to finetune their message. The political purpose of the struggle will be to give the two-state solution a final chance. The Palestinians will seek to gain international support as they will capture the higher moral ground. The world will see images of IDF soldiers shooting at unarmed crowds, including women and children, in points of confrontation at roadblocks and checkpoints, and around settlements.

Palestinians will design symbolic acts of removing roadblocks, building in Area C controlled by Israel, setting up roadblocks on settlement roads to stop and check Israeli drivers and more. Thousands will be arrested, many shot and possibly killed. Every use of force against Palestinian defiance will result in increasing support for them around the world and the continued rapid deterioration of support for Israel.

IF THE strategy of nonviolent confrontation fails, if the price is too high to pay or if, God forbid, it turns to violence, the Palestinian national movement will drop the strategy of seeking an independent state and will call openly for full democracy within Israel – one person, one vote. This strategy will eventually be embraced by the international community as the growing delegitimizing of Israel gains strength.

This year there were 40 university campuses around the world taking part in the “Israel Apartheid Week” campaign; next year it might be 400 or more. Once the Palestinians adopt the strategy of “democracy” as their solution, they cannot lose. It will only be a matter of time before the world treats Israel like it treated the last white government of South Africa.

Most of the world, and certainly the entire Arab world, has never really comprehended that the State of Israel is a nation-state of the Jewish people. Most of the world thinks of Jews as a religion and not a people. The opportunity to support a “democratic” solution to the conflict will be warmly embraced and supported because it makes more sense than partition, which gives the Palestinians only 22 percent of historic Palestine.


Israel will lose the battle. There is no longer a way to prevent the Palestinians from becoming a free people in their land. The only way to ensure that the Jewish people will remain a free people in our land is by making the decision to end its occupation over the Palestinian people. All settlement building must end now, not because of our relationship with the US but because we cannot advance peace until we do so. If we want to continue to build in those areas that will eventually be annexed to Israel, we must first negotiate an agreed border and territorial swaps.

The days of unilateralism are numbered. Israel will not be able to annex more than 3% of the West Bank, which would accommodate some 80% of the settlers. There simply is not more than that in equal territory to swap. Jerusalem must become a shared capital – if we don’t share it, we will surely lose it as the eternal capital of the Jewish people.

The realities of a need for an immediate course change are so unambiguous that without it our survival as a Jewish and democratic state is sure to end.

The writer is the co-CEO of the Israel/Palestine Center for Research and Information (www.ipcri.org) and an elected member of the leadership of the Green Movement political party.

domingo, 14 de março de 2010

O CAVALEIRO BRANCO FALTOU AO CONGRESSO

O tão falado cavaleiro, montado no seu corcel ainda mais branco e puro que ele, não foi a Mafra para desilusão de muitos sebastianistas, e não se prevê que apareça até dia 19, seja onde for.
Eu sou dos sebastianistas mas perdi as esperanças logo sexta-feira pela manhã quando no Jornal de Negócios li a entrevista de Fernando Ulrich, entrevista em que eu esperava que ele desse o passo preparatório para se apresentar como o tal cavaleiro surpresa, mas para desilusão minha Ulrich nem sequer é militante do PSD!
Ulrich tem mostrado um grande, crescente e evidente interesse pela "coisa pública" (demasiado até, para banqueiro), depois é um executivo de grande sucesso e experiência, com uma bagagem e determinação reconhecidos por toda a gente, e sempre foi não só um homem da área do PSD como muito ligado ao partido, mas... nem sequer é militante!
O único homem da área do PSD que poderia começar desde logo a tirar o sono a José Sócrates não pertence ao partido!

O Congresso parece que acabou por ser um acontecimento bastante positivo na vida do PSD, embora sem ter conseguido nenhum milagre e tendo ficado en-sombrado pela decisão de penalização dos críticos em período eleitoral, facto de que o PS vai explorar ao máximo. Uma vitória portanto para Santana que no entanto parecia bastante abatido(?).

Quanto aos candidatos, Aguiar Branco parece ter já ficado pelo caminho, Rangel renasceu das cinzas e está aí para disputar com Passos Coelho, que aliás fez alguns erros que lhe podem sair caros.
Continuo a pensar que nenhum dos candidatos se conseguirá afirmar como um líder, no partido e no país, pelas razões que já citei, mas tenho que admitir que o poder faz mudar e crescer as pessoas, que então ou se afirmam ou se perdem para sempre, pode ser que o milagre que não aconteceu em Mafra acabe por se concretizar na pessoa do novo líder, no entanto duvido, duvido muito.

Em qualquer caso acho que alguém deveria começar desde já a empurrar Ulrich para dentro do partido, porque o provável é que mais ano menos ano ele vá ser necessário.

quinta-feira, 11 de março de 2010

A ACLAMAÇÃO DE MARCELO

Depois de diversos esforços para empurrar Marcelo para a corrida eleitoral dentro do partido, agora a nova versão é pô-lo a correr por fora, ou seja as próximas eleições serviriam apenas para designar uma figura simbólica que seria presidente do partido, mas simultâneamente o partido designaria (melhor, aclamaria!) um candidato a primeiro ministro que não seria aquele dirigente partidário mas uma outra personalidade, que apesar de não ter querido suportar o desgaste das eleições internas se pensa (quem?) ser a pessoa com mais condições para em eleições fora do partido bater José Sócrates.

Sim, caro leitor é disto que se trata, leia outra vez que talvez consiga compreender, para mim também é difícil mas vou tentar dar uma ajuda:

- a solução da aclamação do verdadeiro líder sem eleição, não tem nada de absurdo com à primeira vista possa parecer, é uma solução extremamente inteligente e com enorme potencial, aliás para o comprovar nada melhor que as experiências dos congressos e "politburos" da União Soviética e de outros países comunistas que a usaram com enorme sucesso durante décadas e, de salientar vigorosamente, sem qualquer contestação que se conheça (ou de que pelo menos tenha havido sobreviventes).

-por outro lado toda a gente sabe que o que Marcelo quer é ser presidente da República, o que só prova que no meio desta insanidade geral ele ainda está lúcido, porque é indiscutível que pela sua cultura política e capacidade de comunicação ele tem as condições para ser presidente de todos nós, mas por outro lado também é indiscutível que ele não tem condições nenhumas para ser primeiro ministro.
Falemos sério senhores, o cargo de primeiro ministro é um cargo executivo de uma exigência enorme em termos de capacidade de decisão e gestão de conflitos, a única experiência executiva de Marcelo foi um cargo de secretário de estado e pouco mais, além de que todos os portugueses conhecem o seu perfil psicológico.
Porquê então querer empurrar o homem para um cargo que ele não quer? e depois para uma corrida eleitoral contra Sócrates que será extremamente difícil? e tudo isto finalmente para que (hipotéticamente) ele viesse a chefiar um governo do qual ao fim de três meses estaria completamente farto?
Toda esta operação para quê? O leitor ainda não ficou esclarecido? Leitor difícil! Vou tentar melhor.

-no meio de tudo isto Cavaco Silva declarou que nestes quatro anos de mandato, não dedicou ainda nem dois minutos do seu tempo à questão da reeleição, é óbvio que isto quer dizer que se não vai candidatar a novo mandato, porque se houvesse a mínima hipótese de o fazer convenhamos que teria perdido pelo menos os tais dois minutos. A não ser que não estivesse a falar verdade, o que não é certamente possível, porque isso seria a consagração institucional da falta de amor á verdade como uma componente genética portuguesa, logo a única conclusão possível é a de que não se vai recandidatar. Esta pelo menos o leitor certamente compreendeu, ou não?

-sendo assim as coisas ficam mais claras! o actual presidente não se vai recandidatar, o político da mesma área que tem condições para o substituir e que sonha com isso, é empurrado para uma corrida que ele não quer. O que se passa aqui? quase parece um enigma de policial barato, vamos ver leitor, paciência... talvez a gente chegue lá.

-outro elemento, caro leitor, quem foi o cérebro que concebeu este congresso extraordinário antes de eleições? o homem que se tivessemos um senado seria o senador por excelência, um homem tão modesto que não é candidato a nada e só quer o bem do partido.
O homem que agora ajudou a conceber também a aclamação de Marcelo, quem é ele? Acertou leitor! o eterno Santana Lopes, o que quer ele? depois daquela dos dois minutos, afastar Marcelo parece ser uma jogada de mestre, ou não? Leitor por favor! é tudo tão complicado! ajude-me leitor, não faça perguntas difíceis!

Mas não é só Santana que quer empurrar Marcelo, até porque bem lá no seu íntimo ele ainda espera aquela vaga de fundo que o pode levar a ser obrigado a candidatar-se às eleições partidárias a bem do partido e da Pátria, papel que apesar de bem mais ingrato do que o de candidato a PR à falta de melhor lá terá que ser...
Para além de Santana vários outros se empenham nessa missão patriótica de empurrar Marcelo, todos eles com os mais diversos e estranhos desígnios.
Perante tanta actividade política, tanto dinamismo, o leitor provavelmente ver-se-ia inclinado a pensar que o PSD é o maior partido nacional, não? ou pelo menos líder nas sondagens? ou então no mínimo o partido que mais cresce, aquele que vai "explodir" nas urnas na próxima oportunidade? Não, caro leitor parece que não, misteriosa e injustamente nada disso acontece, vá lá saber-se porquê...

-mas há mais, e o namoro PS/CDS? como é? vai a algum lado? não é fácil, Sócrates só compra barato e Portas tem um preço alto, mas se o PSD der um jeito e empurrar definitivamente o PS para os braços do CDS, o desenlace ainda se dá. Se assim for que percentagem do eleitorado vai o PSD ter daqui a quatro anos? O quê leitor? Só isso? E estas guerras todas para quê?

O leitor pergunta se eu fumei? se cheirei? se me injectei? Eu?! Eu não! caro leitor sou do tempo em que a Coca-Cola era proibida e ainda é o meu único alucinogeno. Provavelmente leitor nós só não estamos sintonizados na onda, topas meu? (né mano? - para a versão brasileira).

domingo, 7 de março de 2010

MÁS OPOSIÇÕES IGUAL A MAUS GOVERNOS?

Ao contrário do que normalmente se pensa, a qualidade dos governos em democracia depende muito da qualidade das respectivas oposições, uma boa oposição ajuda á existência de um bom governo.

O que se disse atrás é verdade porque os governos são tanto mais "empurrados" positivamente pela oposição quanto melhor essa oposição for, e inversamente, poderão ser tanto piores quanto mais os seus adversários se mostrarem incapazes de parecerem ao eleitorado uma alternativa credível.

Se isto fosse um silogismo a conclusão óbvia seria a de que quem faz a qualidade do governo é a oposição, logo a culpa dos maus governos é das más oposições.

A lógica em política não é assim tão linear, mas também não se afasta muito daquelas conclusões, e as oposições que não julguem que basta através de tácticas de guerrilha procurar desgastar os governos que não conseguem derrotar em eleições, porque se essas oposições não conseguirem transformar-se em opções credíveis apenas se afundarão mais, a elas e aos países.
O MUNDO PLANO DE AGUIAR BRANCO

Depois da enfadonha conversa de advogados que a televisão nos proporcionou, e que segundo os comentadores Aguiar B. ganhou (ou será que apenas perdeu menos?), o chefe do grupo parlamentar do PSD, entusiasmado pelo sucesso, resolveu dar uma de intelectual e numa entrevista ao Semanário Económico referiu como livro base do seu pensamento económico "O Mundo é Plano" de Thomas Friedman, livro que não passa de um objecto sem qualquer valor, escrito com a única intenção de ser um bestseller, o que conseguiu com facilidade graças à publicidade e aos Aguiares deste mundo.

Passo a explicar, os americanos dentro da tradição anglo-saxónica são normalmente pouco palavrosos e muito objectivos nos seus textos, ao contrário dos latinos (encabeçados pelos franceses), mas por outro lado, quando nos USA decidem produzir textos vazios, repetitivos, enchendo centenas de páginas com uma ou duas ideias que nada teem de original, não há como eles, porque ao contrário dos franceses conseguem embalar esse vazio de ideias numa linguagem fácil que parece deslizar docemente, podendo até deixar a sensação de que se está a ler alguma coisa com real valor acrescentado.

É isso "O Mundo é Plano", uma série de lugares comuns sobre a realidade e potencialidades da internet, nada sobre as razões porque isso aconteceu, nada sobre o que vem depois, "just bullshit".

Se fosse um daqueles taxistas bem falantes, que teem idéias claras sobre a política nacional e tudo o resto, a elogiar o tal livro, eu ficaria optimista em relação ao nível cultural do meu país, sendo o pretenso candidato a primeiro ministro, acho pouco, muito pouco...

quarta-feira, 3 de março de 2010

PASSOS X RANGEL

Única conclusão: preocupação, muita preocupação, por este caminho vamos continuar com Sócrates durante longos anos.

Era o debate entre os dois candidatos mais fortes do próximo acto eleitoral, esperava-se um combate em que Rangel mostrasse o seu entusiasmo agressivo sem cair no "Chavismo de direita" fácil que lhe é habitual, nada disso aconteceu, tivemos um Rangel assustado, todo o tempo à defesa, incapaz de se afirmar como um líder.

Do outro lado esperava-se que Passos Coelho demonstrasse claramente que não é apenas um actor (nada contra, lembrem-se de Reagan), e que o livro que editou, e que as más línguas dizem escrito pela equipe que o controla, corresponde a um pensamento solidamente incorporado por ele, também aqui outra desilusão, o actor é apenas sofrível, e o referido pensamento parece apenas colado com cuspo e não resistirá a qualquer opositor que saiba alguma coisa de economia.

Pobre PSD! Pobre País!