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quinta-feira, 30 de outubro de 2014

E A CMVM??!!

Foi o BCP, foi a CIMPOR, foi o BES, foi a PT, foi também o BPN, ou seja, umas dezenas de biliões de dólares que pura e simplesmente se evaporaram, e que fez a CMVM?
Que mais será preciso acontecer para que se perceba que a CMVM não existe?

Pior, seria bem melhor que não existisse, pelo menos não daria a errada sensação de segurança aos accionistas, outros investidores e ao publico em geral, julgando que são protegidos por um polícia dos mercados, que afinal dorme o tempo todo.
E para que a luxuosa instituição e seus quadros durmam descansada e cómodamente, o público vai pagando as taxas necessárias para os sustentar, segundo ela sem custos directos para o contribuinte, mas com custos incalculáveis para a sociedade.

E a vergonha internacional??!! Qualquer questão complexa, que leva a exame detalhado e forçosamente demorado em qualquer parte do mundo, é rapidamente aprovada pela CMVM, vejam-se as complexas operações da PT/OI.
Enquanto a CMV brasileira  estudou detalhadamente em cada fase como estavam protegidos os interesses dos accionistas da OI e continua a estudar a ultima fase do processo que ainda não está aprovada por ela, que fez a CMVM?? aprovou sempre  tudo rapida e urgentemente com enorme sentido do necessario esforço patriotico. Ter uma Comissão cheia de génios proporciona-nos esta vantagem!
De facto pode-se acusar a CMVM de tudo, menos de não ser rápida a decidir! Tudo menos empata! Ou será que se trata apenas de desejo de voltar rapidamente ao seu sono profundo??

Chegámos ao ponto em que já ninguém tem nem confiança,nem esperança, nas instituições nacionais, sejam reguladores, sejam tribunais. Neste ponto todas as nossas esperanças se concentram agora apenas no estrangeiro, seja o Luxemburgo, a Suissa, os Estados Unidos, o Brasil ou até, (porque não?) Angola. Em lugar de lutar para que as nossas instituições façam o seu papel, limitamo-nos a ter esperança que alguma entidade esrangeira o faça, o que óbviamente não irá acontecer.

Será que a CMVM apenas dorme, ou já morreu e ninguem deu por isso?

terça-feira, 28 de outubro de 2014

POBRE ANTÓNIO COSTA

Estava ele a gozar os prazeres da vida, presidente incontestado da maior Câmara do país, para mais cheia de dinheiro que o governo lhe deu, patrono da cultura e das artes, comentador diletante, bem humorado e bem pago, com apoios desde a direita às franjas da esquerda radical, e ainda por cima com pouco trabalho porque o que tinha a fazer era facilmente delegável, quando senão....
Naquele quadro o objectivo óbvio era a Presidência, não só a presidência como a re-presidência, que o país já demonstrou que reelege qualquer mono, quanto mais a ele. Presidência de onde certamente sairia com maior unanimidade do que a rainha de Inglaterra.

Quem tramou o Costa? Guterres vai mesmo avançar? Ou foram  apenas os grupos de interesse do PS que acharam que era tempo de obrigar o homem a expôr-se? Eles tinham pressa e chegava de boa vida para Costa?

Estes partidos são maquinas de poder e quando estão muito tempo afastados dele, começam a ficar nervosos e a procurar soluções que lhes permitam o retorno ao poder. No caso do PS não era bem assim, mais ou menos feliz, o partido estava controlado por Seguro e tinha uma vaga esperança de chegar ao poder, apesar da falta de carisma do líder.

Só que essa vaga esperança não era suficiente para aplacar a ira e as ambições dos sectores mais carentes, eles tinham pressa, era preciso reduzir ao mínimo qualquer possibilidade de o governo não perder as eleições, eles precisavam de Costa, acontecesse o que acontecesse, esse era sem dúvida o melhor cavalo disponível. E assim, deram cabo da vida ao homem, já não há comentador, já não há boa vida, a imagem consensual vai desfazer-se, e vai dar muito, mas muito, trabalho.

Falemos agora dos carentes do poder, curiosamente neste caso os carentes são encabeçados pela brigada do reumático do partido, ele é Soares, ele é Almeida Santos, ele é Alegre, e até para surpresa geral conseguiram envolver nisto Sampaio, homem que até aqui tinha conseguido demonstrar bom senso e independência de pensamento, coisas da idade. Para além da brigada, existem óbviamente sempre montes de candidatos a lugares e negocios públicos e as maçonarias, a pressionarem pelo rápido regresso ao poder a qualquer custo. Não seria justo esquecer aqui os jovens turcos, também eles ansiosos por mostrar as suas habilidades, tal como os jovens cavaleiros que rodeavam D. Sebastião em Alquecer-Quibir, com os seus sonhos de glorias e saques diversos.

E tudo isto para quê? Se António Costa não ganhar as eleições irá perder grande parte do seu prestígio, e terá que recomeçar a vida política quase que do zero. Se as ganhar terá que fazer todo o mal que Passos não pôde ou não quis fazer, Costa irá fazer a revisão constitucional, e todas as outras reformas que a Europa vai exigir, não terá como as não fazer, a melhor opção será mesmo fazê-las logo que chegue ao governo, para ainda ter tempo de beneficiar dos seus efeitos, isto se a tal brigada míope e a direita o deixarem. A brigada impediu Seguro de viabilizar as medidas que a Europa queria, apenas para dificultar a vida a Passos Coelho, agora sobra para Costa fazer tudo o que já devia estar feito.

Seja como for, nada será como dantes para Costa, poderá não ser como passar do paraíso para o inferno, mas pelo menos para o purgatório será.






segunda-feira, 27 de outubro de 2014

A MISSÃO QUASE IMPOSSÍVEL DE DILMA

São três os grandes desafios de Dilma. Se ela não souber responder-lhes o Brasil arriscará de novo uma solução não Constitucional.

- Conseguir controlar a voracidade de camaradas e aliados, desafio este que as condições da presente vitoria tornam ainda mais difícil.

- Voltar a pôr a economia a funcionar, coisa que não se vê que alguém no PT saiba fazer, a menos que nova onda de subida dos preços das matérias primas venha salvar o partido

- Conquistar as populações das grandes cidades, em especial a juventude, que ela já tinha perdido nas manifestações contra o campeonato do mundo e que os escândalos de corrupção afastam cada vez mais

Em que condições vai o Brasil estar quando dos Jogos Olímpicos de 2016?
Como vai Dilma conseguir chegar a 2018? Qual a solução constitucional se ela não tiver condições para chegar lá?

Há já quem oiça o tilintar das espadas ...



segunda-feira, 20 de outubro de 2014

A PT, A OI, OS CAMPEÕES NACIONAIS E A IMPRENSA

Como se deveria saber desde o início, o único interesse da OI na grande operação de fusão era os biliões que a PT lhe entregou, a ela e aos seus acionistas, acrescidos dos que a venda da propria PT e seus activos viria a gerar.
Só por interesses obscuros ou ingenuidade se poderia supor que as coisas fossem diferentes, o mercado de telecomunicações brasileiro é extremamente dificil, de enorme dimensão e exige investimentos extremamente vultuosos. Qualquer ilusão sobre uma possível estrategia lusófona, para mais por parte de um grupo descapitalizado, foi sempre apenas "wishfull thinking", mais uma vez por ingenuidade ou dolo, como se queira.

O caso da dívida da Rio Forte foi a cereja no topo do bolo para a OI, teve então a desculpa ideal para se livrar da PT e da gestão portuguesa, sem grandes custos de imagem, acabando por sair até mesmo como vítima das trapalhadas portuguesas,e realizando mais rapidamente todo o caixa possível para as suas necessidades no Brasil.

Agora vêem os grandes estrategas portugueses, com o seu duvidoso curriculum, alertar para a urgência de que o estado salve o campeão nacional, como se os estados pudessem fazer ou salvar campeões nacionais.
Os campeões nacionais fazem-se por si, não são feitos pelos estados, o que os estados podem fazer é estragar com mimos, hipotéticos campeões à custa do contribuinte. A PT já não tem possibilidade de vir a ser um campeão nacional, essa possibilidade, se é que existiu, já passou.

Seja a Altice, seja outra solução do mesmo tipo, mesmo que disfarçada sob a capa de um voluntarioso grupo de "patriotas" que vão salvar o tal campeão, é esse o destino de curto prazo da PT. Logo depois de esse novo proprietário arrumar a casa irá vendê-la, a um ou vários operadores de telecomunicações,  realizando uma significativa mais valia. Por ironia das coisas esse segundo negocio poderá mesmo ser contratado logo quando da efectivação do primeiro.

O mais preocupante de tudo isto é que à conta de delírios sobre campeões nacionais o contribuinte venha a ter que digerir mais uma enorme fatia dos custos de toda esta operação.
O facto de o estado estar falido não é garantia suficiente de que não venha a suportar os custos das habilidades que se vão seguir, infelizmente a historia da 3ª República mostra bem como isso tem sido feito.

E depois temos a nossa imprensa, que noutro país qualquer seria uma esperança de vigilância do interesse público mas que em Portugal é apenas um negocio monopolista como outro qualquer, que assegura apenas a maximização do seu poder e lucros.
Entre nós a imprensa ganha quando inventa campeões e seus agentes, que lhes pagam por isso, depois ganha vendendo jornais para explicar como esses campeões se afundam. Continuando no entanto sempre atenta a novo negocio que possa surgir de um possível "renascer"  de um campeão que possa voltar a ser fonte de receita.

Pobre país!