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quinta-feira, 29 de setembro de 2016


E AGORA?

Guterres ganhou, foi ele que venceu, não foi Portugal, não foram os portugueses, foi ele. Mesmo as nossas instituições, que podem ter ajudado alguma coisa, nunca se saberá se foram de facto importantes nesta vitória.
Quem venceu foi a habilidade política de Guterres, foi a sua determinação de entrar e de se manter num jogo que à partida estava viciado contra ele, foi a sua resistencia de maratonista, numa corrida que ele começou há muitos, muitos anos.
Como foi ele que ganhou a eleição, no final do seu mandato também será apenas ele a ser o vencedor ou o derrotado, não Portugal, não os portugueses.
Tudo parece apontar para que os proximos anos sejam especialmente difíceis em termos da política mundial. O nível de conflitualidade está aumentar, as dúvidas sobre a globalização crescem, o extremismo religioso está de volta, os "bárbaros" agitam-se, etc Neste quadro o papel de Guterres será extremamente difícil, ou ele opta por ser mais um Secretario Geral/Relações Publicas, ou terá pela frente dificuldades enormes, que irão desafiar toda a sua habilidade, a sua calma, a sua tenacidade e o seu conhecimento.
Quanto a mim vai ser difícil, muito difícil. Boa sorte!



COMO MORTÁGUA INSULTOU A ESQUERDA
(A CONFIANÇA E A FISCALIDADE)

Mariana desmontou da sua moto, tirou o capacete, e com aquele seu ar de menina comportada e séria, que o Bloco tem feito questão de desenvolver nela e noutros camaradas, virou-se para as câmaras e disse:
"Temos de deixar de ser cobardes e pouco inteligentes, a maneira de diminuir a desigualdade é simples, tiramos um bocadinho aos muito ricos e distribuímos pelos mais carenciados, só é necessário ter coragem e visão!"
É difícil perceber como toda a esquerda, em Portugal e no mundo, nunca tinha percebido isto. Na verdade,foi preciso chegar ao sec XXI, para que uma menina, com ar ainda de colegial, lhe viesse apontar o caminho!!
O PS, meio embaraçado, balbuciou diversas posições confusas sobre o assunto.
O PC, depois de em privado ter dado meia dúzia de saltos no ar, mais uma vez engoliu em seco, perante mais esta operação de vedetismo das meninas do bloco. tudo apenas para salvar a geringonça.
A direita esbracejou quanto pôde, mesmo depois de lhe ter sido lembrado que há pouco tempo tinha defendido algo de parecido com a proposta da Mariana. No meio de tanto esbracejar, os argumentos mais importantes contra o perigo desta idéia quase que se perderam.
E assim vamos.
O BE, capitaneado por Louçâ, continua a investir tudo na sua pele de cordeiro, tanto que tem referido diversas vezes a importância de se ser como um vendedor de automóveis usados confiável (um pouco demasiado USA, para meu gosto), sempre sem qualquer preocupação de rigor económico, imperdoável para um Prof do ISEG, mas com o seu ar de São Francisco lá vai conseguindo passar uma mensagem de fiabilidade. A revolução virá a seu tempo, quando as condições materiais se concretizarem, e aí terá de ser um "pouco menos" amigável, mas tudo será feito em nome de "amanhãs que cantam".
Para o PS o que importa é o pragmatismo, é apenas "deixar pousar" que alguma solução se arranjará. Não foi assim até aqui? Não se tem resolvido tudo? Porquê stress?!
O PC, face às operações de charme das meninas e do Sâo Francisco, vai engolindo os seus sapos, procurando apenas capitalizar em cima dos disparates do Bloco relativamente às "rupturas moderninhas". Não esquecendo nunca que a revolução é o objectivo único, altura em atirará tudo fora, incluído o bébé com a água do banho.
A direita esbraceja tanto, que ficam confusos os seus argumentos no meio de tanto ruído.
Apesar de sermos hoje talvez o país mais endividado do mundo, considerando as dívidas pública, empresarial e pessoal.
Apesar do investimento público e privado estar pelas ruas da amargura.
Apesar de tudo isto, ninguém explica o que é o investimento e os seus efeitos, o que a entrada ou saída de capitais significam, como é que os países enriquecem ou empobrecem, e também, e talvez sobretudo, o valor económico e financeiro da CONFIANÇA.
Como já vimos recentemente em Portugal, e vemos constantemente noutros países, o valor da "riqueza" é altamente volátil, não só porque parte dela pode efectivamente "voar", mas sobretudo porque ações de empresas de um dia para o outro podem não ter qualquer valor, como nada valem palácios que ninguem quer para nada, ou empresas e herdades abandonadas, ou mesmo dívida pública e empresarial que nunca serão pagas, o valor de tudo isso depende sempre da tal confiança.
Perante isto, as grandes questões fiscais deveriam ser questões para pactos de regime.
É improvavel que isso venha a acontecer, e por essa razão, o nosso futuro continuará sombrio

domingo, 25 de setembro de 2016



SARAIVA, OS NOSSOS COMENTADORES E O MARKETING
Como é que foi possível que Saraiva tivesse conseguido envolver a quase totalidade dos nossos comentadores políticos, da esquerda à direita, na sua manobra de marketing?
Falta de assunto? Atracção pela polémica? Procura destes comentadores em agradar aos seus públicos? Aversão ao Saraiva?
É difícil compreender o que se passou, o que é indiscutível é a habilidade de Saraiva para pôr todos os seus inimigos, críticos e outros, ao serviço da sua operação mediática, com a finalidade única de vender enormes quantidades de um livro sem qualquer novidade ou interesse e, simultâneamente, reforçar a sua imagem como escritor/comentador polémico para futuras iniciativas (agora que está se emprego).
Ou terá sido simples solidariedade dos nossos comentadores para com o arquitecto/jornalista desempregado? Não é de crer nesta possibilidade, mas essa seria a única explicação lógica.
A verdade é que o livro é extremamente pobre, quer em termos literários, quer de conteúdos. Não existe nele nada que qualquer dona de casa que siga a política nacional não conheça. Os tão apregoados escândalos, para além de não serem novidade para ninguém, são contados de forma tão natural que ninguém os notaria caso não tivessem sido tão enaltecidos pelos nossos comentadores.
A manobra de Saraiva foi simples, fez correr pelas redacções a sua intenção de editar um livro baseado na intimidade dos políticos, e anunciando como "aperitivo" dois ou três pontos, que fez questão de sugerir como "escabrosos". Logo de seguida, inexplicavelmente, a nata dos nossos comentadores mordeu o isco e a maior campanha publicitaria gratuita que alguma vez se fez em Portugal foi desencadeada. Parabéns para o Saraiva!
Esta não foi a primeira campanha deste tipo feita em Portugal, ainda recentemente, Henrique Raposo, quando do lançamento do seu livro sobre o Alentejo, fez algo semelhante, em pequena escala e sem invocar questões pessoais ou escabrosas. Aquele lançamento de Raposo talvez tenha "inspirado" Saraiva.
Parabéns para o Saraiva, que com este livro já pagou o seu andar no Jamor, assim como o IMI para muitos anos (incluindo a sobretaxa da vista sobre o rio e tudo)!!