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terça-feira, 22 de dezembro de 2015


A VERDADE SOBRE O BANIF
O Banif foi, pura e simplesmente, um banco que nunca devia ter existido, o que faz dele um caso um pouco diferente, e sob certo ponto de vista mais grave, dos outros dramas da nossa banca.
Quem autorizou a criação do Banif? O país precisava de mais esse banco? O banco tinha a competência técnica necessária? Porque o BP aprovou a sua criação?
O Banif foi o coroar de uma carreira de sucesso de um empresário, dinâmico, corajoso, que sabia relacionar-se bem, e que no final, por sua iniciativa ou influenciado por outros, quis ser banqueiro. Tinha condições para o ser? Claro que não, mas no quadro nacional foi apenas mais um.
Tenho para mim que foi o Banif que matou Horacio Roque, quando ele percebeu o buraco em que estava metido, o coração pura e simplesmente não aguentou. Apesar disso, os sucessores, os gestores, o BP, os parceiros, e a propria imprensa, continuaram a fazer de conta de que ali existia um banco notável.
Quem ficou rico neste processo que vai custar alguns biliões a todos nós?
Como foi possível isto acontecer?
- primeiro a incompetência e corrupção nacionais
- depois a qualidade da nossa imprensa, que só vê o óbvio, sempre demasiado tarde
- adicione-se a pratica nacional de empurrar com a barriga todos os problemas delicados
- junte-se Bruxelas, que geriu os problemas da banca da Europa continental com incompetência total
Recorde-se apenas o que fizeram os EUA e o Reino Unido quando os problemas rebentaram, primeiro decidiram quais os banco que podiam ou não falir. Depois, os que foram considerados demasiado importantes para poderem falir e estavam em maus lençois, foram todos, pura e simplesmente, nacionalizados de imediato, sob diversas formas mais ou menos disfarçadas. Por esta via assegurou-se a estabilidade do sistema, e em pouco tempo todo o investimento público feito nesses bancos foi recuperado com ganhos para os Estados. Por cá, e também um pouco por essa Europa fora, todos sabemos o que se passou.
Desde 2010 que venho escrevendo isto, sem qualquer resultado prático, assistindo apenas ao desenrolar da incompetencia, das negociatas e da corrupção.

segunda-feira, 21 de dezembro de 2015



AGORA TUDO DEPENDE DO REI
Este é o grande desafio de Filipe, ou ele o vence, e assim consolida a sua imagem e posição como Rei de Espanha, ou, caso contrario, Filipe e o país terão tempos complicados pela frente.
A situação espanhola é extremamente complexa, aliás nunca deixou de o ser, sobretudo estruturalmente, mas agora também no ponto de vista conjuntural.
No ponto de vista estrutural a sempre presente questão das autonomias/nacionalidades, as ainda vivas feridas da guerra civil e a "vivacidade" do povo espanhol, representam riscos significativos em quadros de instabilidade. No plano conjuntural, o elevadíssimo nível de desemprego, os escândalos de corrupção, as exigências de Bruxelas e a urgência Catalã, acrescentam ainda maiores dificuldades potenciais ao quadro espanhol.
Aqueles factores, aliados a uma pulverização partidária, são uma boa receita para o desastre.
Como vai Filipe usar os poucos poderes que tem? Não existirão muitas saídas, mas ele pode ainda ser o articulador de uma solução que funcione, o que seria bom para Espanha e para a própria sobrevivência da monarquia.
O caminho mais seguro seria tentar promover um governo sem Rajoy, apoiado por PP e PSOE. Um governo de "crise, salvação, ou o que lhe queiram chamar", para fazer as reformas estruturais, resolver a questão catalã, e relançar a economia.
Para fazer uma coisa destas talvez não fosse mau Filipe começar por ver o que Cavaco fez recentemente, aí ficaria, pelo menos, com uma lição clara sobre tudo o que de errado se pode fazer.

segunda-feira, 7 de dezembro de 2015



MADURO CAI, LE PEN SOBE, TSYPRAS ENTREGA-SE
POR CÁ BE E PCP MANDAM

Até quando?
O PS dispôs-se a pagar qualquer preço para ser poder, terá por algum tempo o poder de distribuir favores aos amigos e pouco mais.
Em contrapartida teve de dar urgente prioridade nacional a toda a agenda de "medidas fracturantes" do BE, por mais idiotas que elas fossem, teve também de dar ao PC e à CGTP tudo quanto eles queriam e terá de continuar a dar o que eles ainda querem.
O PS julga que pode saciar os seus aliados, não pode, eles vão querer sempre mais. Mesmo depois das experiências de Maduro e Tsypras eles vão continuar a querer mais. Os ideais revolucionários não se detêm perante esses pequenos percalços da história, custem eles o que custarem aos seus povos.
Uma frente que o PS nem sequer teve a clarividência de liderar desde o nascimento e que deixou que o PCP comandasse, tinha de dar nisto. Uma Frente sem mesmo um Acordo sério entre os seus membros, não é uma Frente, é apenas uma ratoeira bem montada aos aventureiros do PS responsáveis por esta experiência sem "para-quedas", experiencia essa que o país vai pagar caro.
Quanto tempo homens como Centeno e Caldeira Cabral poderão sobreviver nesta aventura, subrepticiamente comandada por bolivarianos, trotskystas e estalinistas?