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segunda-feira, 23 de abril de 2012

A COMUNICAÇÃO DO GOVERNO - III

As coisas estavam mal, agora vão ficar piores.

Diz-se que Passos Coelho quer pôr todos os ministros a falar sobre as grandes questões da governação.   Para alem de dispersar os esforços e atenção dos pobres coitados, ainda lhes vai tirar tempo para trabalharem nas suas áreas.

Os primeiros resultados já se viram com a intervenção da ministra da Justiça sobre a reposição dos subsídios. A confusão na população só irá aumentar, a cacofonia será total.

No entanto é boa ideia envolver mais o ausente Portas no apoio público às grandes políticas do governo, mas, se ele o fizer "demasiado" bem, que não venham as ciumeiras habituais.

domingo, 15 de abril de 2012

RELVAS E A COMUNICAÇÃO DO GOVERNO

Relvas é sem dúvida o animal político por excelência, hábil, lutador, corajoso e bom comunicador, mas o facto de ser um bom comunicador político não o faz um bom porta voz de um governo na situação actual do país.

Relvas é um bom comunicador para a luta política, aí ele está em casa, mas o porta-voz de que o governo e o país precisam nada tem a ver com isso. O porta-voz que é urgente encontrar tem de ser alguém que consiga criar uma grande empatia com a população, alguém que consiga transmitir a ideia de preocupação efectiva do governo com a carga que as medidas que vão sendo tomadas implicam, e simultâneamente convencer as pessoas da sua inexorabilidade.

Mesmo quando Relvas tenta fazer esse tipo de discurso é claro que o não consegue, as suas tentativas de transmitir uma preocupação genuína com os problemas da população são quase um esgar que não transmite confiança a ninguém, pode até ser que Relvas esteja preocupado com todos nós(?), mas a verdade é que ninguém acredita nisso.

Mesmo Passos Coelho, que é neste aspecto um bom comunicador e que quando quer consegue passar uma imagem honesta, de alguém efectivamente preocupado com os outros, começa a estar cansado de fazer esse papel, o que leva a que as suas intervenções sejam cada vez menos cuidadas neste campo. Mas, ainda que assim não fosse, o ideal nunca seria ter um chefe de governo "explicador" de tudo quanto se passa, quer pelo volume de trabalho que isso exigiria, quer pelo desgaste em termos de uma imagem que tem de se preservar para grandes momentos.

O governo tem alguns outros bons "comunicadores sociais", como Portas e até no seu modo muito especial Victor Gaspar, mas é evidente que nenhum deles poderá preencher esta lacuna, quer em termos de disponibilidade, quer em termos políticos.

É pois urgente para o país que Relvas encontre alguém que consiga transmitir à população uma "história" convincente e, tanto quanto possível mobilizadora, que torne menos difícil o atravessar dos próximos tempos. Já agora alguém que saiba de economia um bocado mais do que aquilo que ele sabe, para assim poder compreender a história que vai ter de contar.

quarta-feira, 11 de abril de 2012

A LAMENTÁVEL FORMA DE COMUNICAÇÃO DO GOVERNO

Este governo tem pela frente uma das mais difíceis missões que um governo poderia ter, e é evidente que uma boa comunicação seria uma ferramenta fundamental, quer para facilitar a vida ao governo, quer para tornar tudo menos doloroso à população.

Embora isto pareça evidente para qualquer pessoa, claramente não o é para o governo, e assim, os erros, as explicações embrulhadas e pouco convincentes, a falta da passagem de uma mensagem global, coerente e menos angustiante, não são para o governo razão de nenhuma preocupação.

É difícil explicar porque é assim. Será por puro desinteresse em gastar tempo com esta área? Será por o próprio governo não acreditar na possibilidade de fazer passar uma mensagem mais clara, mais coerente e menos dolorosa? Ou, mais grave, será que o governo não tem de facto uma visão estratégica integrada do que precisa ser feito, das suas justificações e até dos imponderáveis ainda existentes?

Tudo isto seria grave mesmo que daqui para frente não fossem necessárias novas medidas duras para a população, mas na verdade é pouco natural que assim seja, o que quer dizer que o governo arrisca vir a colocar-se desnecessariamente numa posição extremamente difícil, ao óptimisticamente supor que o bom senso de que o povo tem dado provas irá resistir a todo o desgaste, que o cansaço, o agravar do dia a dia e o aliciamento das pseudo-soluções milagrosas, irão trazer.

Para além do muito e difícil que ainda tem de ser feito para redução do "custo Portugal" (quer contra poderosos interesses instalados, quer possivelmente por via de mais austeridade), o governo tem de ter uma "história" simples, clara, e honesta, sobre o nosso presente e futuro próximos. Sem aquela "história" a cacofonia será difícil de disfarçar e não haverá mensagem que se possa passar.

E sem aquela mensagem, clara e coerente, o governo arrisca-se a vir a morrer na praia, com custos incalculáveis para o país.