A PISCINA OBRIGATÓRIA DO COVID

É criminoso o que se está a passar com os transportes suburbanos e urbanos da região de Lisboa.

O problema estava identificado há meses, existia uma serie de medidas a tomar para resolver/mitigar a situação no pós quarentena.

Aparentemente nada foi feito, antes pelo contrario, a capacidade do sistema em lugar de ter sido aumentada parece ter sido diminuída.

Perante tudo isto continua o triste espectaculo de uma DG já fora de prazo e de uma ministra deslumbrada, que passam grande parte dos dias em conferencias de imprensa e entrevistas, que nada esclarecem e apenas aumentam a confusão, como sempre fizeram.

É evidente que a grande fonte desta vaga do Covid são os transportes públicos, sem resolver isso não vale a pena falar em cadeias de transmissão e na contratação de mais médicos e técnicos de saúde pública, tudo isto enquanto as populações são obrigadas a diariamente mergulhar em autocarros e carruagens que são verdadeiras piscinas de Covid.

MUITO CUIDADO COM AS ALTERNATIVAS! (22 JUN)

Há quase 30 anos que o Banco de Portugal tem sido elemento central do desastre economico nacional.

O nosso BC não preparou o país para o impacto do euro, não controlou as diversas "festas" dos nossos banqueiros, privados e públicos, nunca foi respeitado, nem pelo sector, nem pelos políticos, permitiu assim que o sistema financeiro chegasse à beira do colapso e, com a colaboração da CMVM levou à quase destruição do nosso mercado de capitais.

Tudo isto por um misto de incompetêcia e de incapacidade de se impor aos poderosos, fossem eles dos negocios ou da politica, já para não falar em possíveis interesses dúbios.

Há muito quem diga que a culpa de todos os nossos males está na adesão ao Euro, isso apesar de a moeda europeia ter sido razão do sucesso de varias outras economias europeias.

O Euro foi um novo instrumento que nos foi proporcionado, que continha em si grande potencial, mas também grandes riscos se mal gerido.

Encarámos o euro como a solução fácil e definitiva de todos os nossos problemas e não como um instrumento delicado a utilizar.

Deveria ter sido o Banco de Portugal a ter impedido o país de seguir o caminho da facilidade, independentemente do clima de festa e da enorme quantidade de forças interessadas no banquete.

Quem julga que é uma boa ideia pôr à frente do BP um qualquer brilhante PHD, não está a ver os riscos que com isso correríamos.

Por muito brilhante que seja, qualquer Governador que não tenha uma intensa experiência de gestão e político-administrativa, rapidamente será envolvido pelos mesmos lobies, dos sectores privado e público, que nos levaram ao desastre.

Centeno terá alguns inconvenientes "formais", mas dificilmente se conseguirá um outro Governador com tanto potencial.

Para além das sua competencia tecnica, da sua rede de contactos internacionais e do peso proprio que conseguiu conquistar, Centeno foi brilhante na forma como fez a quadratura do circulo que permitiu o "brilharete" do PS, quando quase toda gente previa o desastre economico do país.

Certamente que existe muita gente pesada, no público e no privado, que não gostaria de ver Centeno como Governador, ou seja, há muita gente que preferiria continuar a não ter governador no BP, porque há muitos anos se vem dando muito bem com isso.