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sexta-feira, 20 de janeiro de 2017


TRUMP E O SALAFISMO

Até agora nada foi dito sobre o assunto, nem da parte dele nem dos numerosos analistas políticos, no entanto esta é uma das questões mais importantes da ordem internacional e não pode continuar a ser escamoteada.
Há varios anos que a Arábia Saudita e outros estados do golfo, têm vindo a financiar a expansão do salafismo pelo mundo fora, ou seja, do sunismo tradicional e radical.
Face à capacidade energetica e financeira daqueles estados, o Ocidente nada tem feito para contrariar este movimento, chegando até a minimizar a sua importancia. Neste quadro o salafismo expande-se rapidamente por todo o lado, quer nos países ocidentais, quer nos países sunitas que sem ajudas do ocidente têm cada vez mais dificuldade em parar essa expansão.
Neste momento está estabelecido um quadro que facilita uma alteração radical da política americana, por um lado a independencia energetica dos Estados Unidos, por outro a quebra do isolamento do Irão, caso a isto se junte uma estrategia comum com Moscovo, o salafismo pode ser parado.
Será que Trump com a sua proverbial loucura vai inverter esta situação? Caso tivesse a clarividencia e a coragem de o fazer certamente entraria rapidamente para a lista dos melhores presidentes dos Estados Unidos.
Tempos de grande incerteza mas também de grande esperança.

terça-feira, 17 de janeiro de 2017



TRUMP E MAY APOIAM COSTA

Calma, eu sei que Trump nem sequer sabe quem Costa é, e que, se soubesse não o apoiaria. Mas na verdade Trump converteu-se num inesperado aliado de Costa e dos governos do sul da Europa.
Também May vai apoiar Costa, espera-se que no seu discurso de hoje venha dar mais uma ajuda. 
O nosso Costa, malabarista simpático, continua a ter sorte.
A Alemanha vai ter mesmo de flexibilizar as suas posições, se não quer que isto tudo se desfaça, e tem de começar a ser de facto o motor do crescimento europeu.
Assim, a geringonça, apesar das suas habilidades, com a distribuição de benesses à custa do investimento público e do aumento do contas a pagar, vai continuar o seu caminho.
Tudo corre às mil maravilhas para Costa, para Marcelo e por enquanto não vai mal de todo para o país, é preciso é não abusar da sorte e não julgar que os resultados são fruto de outra coisa, que não apenas da referida sorte.

quinta-feira, 12 de janeiro de 2017



FUNERAIS DE ESTADO

Vou tentar abordar aqui duas questões, a participação popular e os aspectos cenograficos.
A baixa participação popular no funeral de Soares só foi uma surpresa para quem não tivesse pensado no assunto. Nos tempos que correm as pessoas só se motivam para se deslocarem a assistir ao vivo a um acontecimento, no caso de tal proporcionar um espectaculo que o justifique, ou se estiver envolvida nesse acontecimento uma grande carga emocional.
Nada disso acontecia com Soares, ele era já velho e estava doente há bastante tempo, era uma morte natural e esperada, além disso estava afastado do poder há muitos anos, e, para mais, os jovens não viveram os seus tempos aureos, pelo que seria difícil a sua mobilização, e eles são sempre a população mais disponível para ser mobilizada.
Nesta situação era evidente que os velhos e a meia-idade iriam participar das cerimonias confortavelmente em casa, pela televisão e pelas redes sociais, foi o que aconteceu.
Últimamente tem sido dito muito disparate sobre os perigos das redes sociais, mas no que se refere à participação ao vivo em actos públicos, elas são de facto um factor de redução dessa participação, salvo quando a emoção vence a inercia.
Se foi assim com Soares, tudo leva a crer que com os outros ex-presidentes irá ser bem pior. E isso leva-me aos aspectos cenograficos.
As cerimónias foram altamente elogiadas por toda a gente, no entanto, permito-me levantar algumas reticencias.
Ou se faz um funeral digno mas simples ou se faz um funeral com intençao de ser impactante. Se é para ser impactante não faz sentido poupar uns tostões, não digo gastar fortunas, estou a falar de milhares de euros a mais ou a menos.
Um funeral de estado ou é uma coisa simples e digna, ou é um espetaculo, meia coisa é um disparate.
Ninguém vai faltar ao funeral da raínha Isabel porque, para além da ligação emocional a uma raínha em exercício, o espectaculo é garantido e raro.
Na linha de fazer "solenes" funerais de estado, julgo que existem aspectos que deveriam ser melhorados:
- não faz sentido um longo percurso pela cidade, ele deve ser concentrado e muito impactante
- o refeitorio dos Jeronimos não me parece uma boa solução (a sala em si e os acessos), pelo que ou se investe em decoração ou se escolhe outro local
-não compreendo que no passeio dos Jeronimos, entra a rua e a entrada do mosteiro, não houvesse uma guarda de honra
- o pessoal necessita de melhor treinamento, em especial no que respeita ao transporte do caixão
-etc.
- enfim, foi um bom esforço mas tudo tem de ser repensado e melhorado
Por último:
. a Servilusa deveria ter tido o bom gosto de tapar o seu logotipo no carro que levou o corpo até à Praça do Municipio, julgo que não era o momento para fazer publicidade
. tenho dúvidas sobre a decisão do "dinamico Medina" de pôr um cravo na bandeira, se a família e o protocolo o não fizeram, porquê ele?

segunda-feira, 9 de janeiro de 2017



O LADO NEGRO DOS GRANDES HOMENS E A HISTORIA

A historia está cheia de grandes homens, com enormes defeitos, defeitos que deveriam ser exclusivo apenas dos homem comuns, mas que o não são, muitas vezes esses defeitos são ainda mais e maiores entre os tais "grandes".
Quando me refiro a grandes homens, não me circunscrevo aos políticos, mas também a pintores, músicos e outros artistas, ou escritores e poetas, ou ainda cientistas e individuos de outros campos, homens e mulheres que se impuseram pelos seus feitos ou pela sua capacidade intelectual ou artística, e dos quais seria expectavel um comportamento moral e ético acima de qualquer suspeita, mas a realidade é que isso raramente se confirma.
Por exemplo, na política apenas me recordo de dois nomes que claramente escaparam a esta maldição dos homens grandes, Ghandi e Mandela, e mesmo estes apenas depois de se terem dedicado às suas grandes missões. E fora da política o "super-grande" Einstein é talvez o exemplo maior.
Porque as coisas são assim?
Talvez porque os "grandes" têm de ter, além de muitas outras qualidades, pelo menos uma de duas características pessoais, um grande sentido de missão, e/ou um grande ego, assim, sempre que o ego é igual ou maior que o espirito de missão, o risco de um grande homem "pecar" aumenta exponencialmente, porque a dimensão do ego o cega.
Nos referidos pecados temos de tudo, desde o assassinato à simples mesquinhês, passando pela arrogancia, falta de escrupulos, nepotismo, amiguismo, pouco respeito pela coisa pública, teimosia, obsessões, desprezo pelos outros, etc
Como verá a Historia os grandes homens dos tempos modernos? A historia do passado nunca avaliou os homens pelo seu comportamento moral. Na verdade, a historia até aqui sempre foi a historia dos vencedores e da sua versão dos acontecimentos. Será sempre assim?
Será que no futuro a historia exigirá mais dos homens para os considerar grandes, mais do que apenas o rol dos seus feitos?
A democracia e a elevação do nível cultural geral serão determinantes de uma maior exigencia na definição dos nossos futuros herois?
Será que pelo menos vamos ter "herois com reservas"?
Penso que apenas quando isso acontecer poderemos esperar que a qualidade humana dos nossos herois vá melhorando, mesmo sem que, repentinamente, se transformem em impossíveis santos.

quarta-feira, 4 de janeiro de 2017



O PRESIDENTE E A SEGURANÇA

O mais popular dos nossos presidentes tem sido, apesar disso, alvo de varias polémicas.
Porque aparece demais, porque fala demasiado, por causa de selfies, beijos, abraços, sorrisos e conversas também em demasia, etc
Assim, as opiniões dividem~se entre as dos que pensam que Marcelo vai por esta via desgastar o capital que acumulou e as dos que, ao contrario, pensam que que com este comportamento o seu capital vai continuar a aumentar, se possível for, exponencialmente.
Não sei o que pensam disto tudo os assessores presidenciais, mas julgo que devem andar completamente perdidos e totalmente frustrados com a sua inutilidade, dado que sabem que o Presidente fará sempre tudo e apenas o que lhe apetecer, independentemente do que eles pensem. Assessores esses que, aliás, duvido que ele ouça.
Um Presidente que ganhou as eleições sózinho, parece assim ser um problema grave de indisciplina. Se ele fez a parte mais dificil sem praticamente apoios, porque haveria de necessitar de assessores agora? Parece ser este o raciocínio de Marcelo.
É discutível se a acção de um Presidente deve ou não ter limites para além dos que constam da Constituição, mas existe pelo menos uma área em que julgo têm de existir limites à autonomia do "individuo-presidente", trata-se da área da segurança.
Um PR, com afectos ou sem eles, é uma figura pública de enorme importancia, para o país e não só. No nosso contexto actual, a segurança de qualquer pessoa física que seja PR, é importante até mesmo em termos europeus.
Os riscos de segurança de um qualquer PR europeu têm sempre de ser reduzidos ao mínimo possível, quer esse PR goste, quer não.
Daqui resulta que um PR, não tem períodos de folga, pelo menos públicos, como não pode ter autonomia para decidir onde vai, como vai, ou com quem vai.
O Marcelo, tão referido, tão amado, tão comunicativo, já não pode existir, quem existe é um PR, que por acaso se chama Marcelo e é muito querido.
Qual o valor político-mediático e quais os possíveis impactos resultantes da eliminação física de um qualquer PR europeu?

Existirá melhor passaporte para o Paraíso, cheio das melhores das virgens, do que o assassinato de um Presidente infiel e de um país da Europa Ocidental? 
Melhor ainda se representante de um país há seculos ocupante de territorio sagrado do Islão?