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quarta-feira, 15 de junho de 2016




PORQUE NÃO HÁ GESTORES PRESOS?

E o mais grave é que depois de tudo quanto se passou as coisas não vão melhorar, as fraudes vão continuar a acontecer sem que haja culpados.
Foram dezenas de milhares de milhões de euros que se esfumaram no ar, por incompetência, por omissão, por dolo, por fraudes diversas, com e sem conivência política.
Apesar de tudo isso, na verdade ninguém quer mudar nada, assim se garante que tudo irá acontecer de novo. Outra vez sem culpados.
Existe um grande e pacifico entendimento entre as diversas elites para que tudo assim continue, seja o bloco central das negociatas, os empresários que sempre viveram à custa do estado e dos seus erros, os políticos que aguardam benesses presentes e futuras, os escritórios dos advogados de negócios, a esquerda radical que joga no quanto pior melhor, os sindicatos e comissões de trabalhadores que nunca viram nada e vão continuar a não ver, os reguladores e fiscalizadores que não regulam nem fiscalizam, os legisladores que não legislam.
Como se compreende que até em países como o Brasil, que nós tanto gostamos de criticar, caso haja indícios de alguma situação grave num banco, no dia seguinte todos os bens de todos os administradores, executivos e não executivos, são congelados, e que entre nós, até mesmo quando os bancos vão à falência nada aconteça?
A quem beneficia este estatuto de impunidade dos gestores da banca e das grandes empresas públicas e privadas? Quem protege os depositantes, os accionistas, os trabalhadores, o interesse público, etc? Na verdade ninguém,está tudo demasiado interessado em outras questões.
Este processo só irá parar quando os gestores da banca e das SA's passarem a ser responsabilizados civil e criminalmente pela gestão das empresas em que estão. Isso irá não só proteger todos os "stakeholders", como até os gestores competentes e honestos que por vezes não têm nem capacidade, nem justificação, para resistir às pressões dos "poderosos", sejam eles políticos, accionistas, chefes enlouquecidos, ou outros.
Do que se está à espera?
Vai ser preciso que desapareçam outros 50 biliões?

segunda-feira, 13 de junho de 2016


O BREXIT, UMA OPORTUNIDADE?

A Europa está em tal mau estado, que uma saída do Reino Unido da Comunidade ou desencadeia a sua desintegração, ou a salva.
Uma Comunidade em que todos acham que apenas os outros é que têm de fazer alguma coisa para a sobrevivencia colectiva, é uma entidade em risco de vida.
Assim é com a Europa, com uma esquerda radical que não a quer, uma esquerda moderada que julga que a solução para tudo é que os países ricos passem cheques em branco aos países pobres, uma direita que não sabe bem o que quer, uma extrema direita crescentemente xenofoba que quer apenas retirar vantagens enquanto tal for possível, e no meio de isto tudo uma Alemanha que continua a acumular crescentes saldos comerciais e se recusa a fazer uma política fiscal que dinamize a sua e as outras economias. Tudo isto sem uma visão à altura dos desafios, sem um líder, apenas conduzida, em teoria, por um bando sem fim de burocratas, de qualidade variável e custo enorme, tão perdidos e divididos como todos nós.
Num cenário mundial cada vez mais complexo para a velha Europa, com a perda da sua importancia relativa, as ambições de Moscovo, o Mediterrâneo em ebulição e o provavel distanciamento dos Estados Unidos. Neste quadro, o espaço e o tempo de manobra europeu estão a reduzir-se, rápida e significativamente.
O Brexit pode por si só pôr o projecto europeu à beira do desastre, não porque a saída de Inglaterra/RU não fosse gerível sob o ponto de vista económico, mas porque desencadeará uma decomposição política e psicológica que levará à desintegração, isto, caso a Europa não consiga finalmente reagir de uma forma forte, uníssona e convincente.
O Brexit, a confirmar-se, será a vacina ou o começo do fim.

quinta-feira, 9 de junho de 2016



O PRESIDENTE TRUMP

Quer gostemos ou não, só muito dificilmente Hillary poderá bater Trump.
Primeiro porque os americanos gostam de mudar de presidente, em especial depois de dois mandatos, e mudar quer dizer mudar realmente, não é ir para soluções que cheiram a mais do mesmo, ainda por cima com pior qualidade.
Pode haver mudança mais radical do que de Obama para Trump? Quase impossível, e é essa uma das razões porque Trump vai ganhar.
Obama é um intelectual, Obama é cauteloso, Obama conhece todos os grandes dossiers do país, Obama é um grande comunicador e dono de um enorme auto-controle, Obama é também um diplomata consumado.
Trump é um empresário de sucesso do imobiliário e com grande pratica de show televisivo tipo USA, Trump não conhece nenhum dos dossiers nacionais e sobre todos eles tem varias opiniões, todas elas contraditorias entre si, Trump tem um caracter explosivo mas que ele sabe usar em seu beneficio e controlar quando necessario, Trump, em termos diplomaticos, é aparentemente um troglodita, mas o seu curriculum está cheio de importantes sucessos negociais.
A segunda razão porque Trump vai ganhar é porque os americanos se sentem desorientados. Onde está a realização do sonho americano? Onde estão as casas, os carros, os empregos, o futuro sempre risonho? Estes emigrantes todos vão ou não destruir a America? Vamos continuar a mandar os nossos rapazes e o nosso dinheiro para defender países que nem sabemos onde ficam e que não gostam de nós? Vamos deixar que a China e outros países destruam as nossas empresas e os nossos empregos? Vamos continuar a gastar fortunas para defender a Europa, para ela poder gastar o seu dinheiro num estado social que nós não temos? Não será que as coisas vão mal nos USA porque toda a gente se aproveita da nossa boa vontade? E por aí vai...
Pode haver alguém melhor que o cowboy Trump para responder a todas estas angustias? Desenganem-se os que pensam que existe.
Agora apenas o proprio partido Republicano poderia parar Trump, e não parece que o vá fazer.
Mas, para surpresa das surpresas, Trump poderá até vir a ser um bom presidente dos Estados Unidos.
O que é grave para nós, é que ele nunca será bom para a Europa.