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sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

GRÉCIA, O LABORATÓRIO - III
VIVA O GEURO!
Esta proposta para que a Grécia crie uma segunda moeda, pode vir a agravar ainda mais a grande confusão que se desenha, mas face às despesas adicionais em que eles já embarcaram não vão ter nenhuma saída boa. Pelo menos esta era uma experiência importante para os economistas estudarem. Laboratório por laboratório seja o que os deuses quiserem...

from Claude Hillinger The Syriza party under Alexis Tsipras won the Greek election on a promise to end austerity. Negotiations between the new Greek government and the European Union have at this w...
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segunda-feira, 26 de janeiro de 2015



GRÉCIA, O LABORATORIO - II  

A IRRELEVANCIA?

Embora haja quem ache que as coisas até não começaram mal com a vitória do Syriza, atrevo-me a pensar exactamente o contrario.

Uma aliança de governo com um partido da direita "radical"??? É desespero? É aventureirismo? Porque é que a aliança óbvia com a esquerda moderada não foi possível? Quanto tempo pode durar este casamento contra-natura? Seja como for, um casamento que tem como único padrinho o mais básico dos nacionalismos não anuncia nada de bom.

Depois veio a benção dos mercados financeiros, a começar pelo alemão, o que pode isso significar? Apoio ao Syriza? Crença em que vai ser fácil um acordo com um governo com um programa que é apenas uma lista de desejos contraditorios e impossíveis, de um menino mimado?
Feliz ou infelizmente o que o mercado está a dizer é apenas que a Grécia já passou o ponto da relevancia, aconteça o que acontecer à economia grega é irrelevante para a Europa e para a economia mundial. Ou seja, agora sim, agora o povo grego está á beira de uma catástrofe.

Mas os mercados podem estar enganados, a Grécia é hoje económicamente irrelevante, mas existem também os aspectos geopolíticos, como dizia no texto anterior, e um Syriza desesperado irá tambem entrar em chantagens diversas nesse campo, numa região geográfica ultra-sensível.
O Syriza vai namorar Putin, outro nacionalista, para tentar ganhar o peso que não tem.
Os ideiais do partido  foram logo arrumados no primeiro dia depois da vitoria, agora vamos assistir apenas a um jogo de poder, sem regras e com riscos imensos. Tudo pode acontecer.

Pobres gregos

segunda-feira, 12 de janeiro de 2015


A OI VAI TER DE FAZER UMA OPA SOBRE A PT-SGPS

Realizou-se hoje a tão esperada AG, que foi conduzida de forma muito habilidosa pelo seu Presidente, que em reunião prévia conseguiu convencer o CA da empresa a ser ele a propor o adiamento da AG, face ás dúvidas e à posições tornadas públicas  pela CMVM.
Tudo cordato, tudo negociado com muita habilidade, mas na verdade a votação para escolha da data da nova AG deixou claro que todos os accionistas institucionais votaram na proposta da OI que teve 90% dos votos.

Estamos assim perante uma situação delicada, para fazer frente à qual talvez nem toda a habilidade do Presidente da AG seja suficiente. É claro para todos que o negocio da fusão foi um negocio ruinoso para a PT e seus accionistas, e não vale a pena tentar confundir isto com a falência do BES, porque como  já escrevi varias vezes as perdas com a Rio Forte são apenas 16% das perdas havidas desde a fusão, ou seja, mais de 70% das perdas verificadas têm a ver apenas e tão só com os termos em que a fusão foi negociada.

Se o negócio foi ruinoso, e existem pareceres sobre a possibilidade de reversão do negócio, porque razão os accionistas institucionais estão já todos em conluío com a OI? Troca de favores diversos? Medo de se envolverem num processo infindável? Porquê infindável? Não teria a OI a certa altura também a necessidade de um acordo sobre o assunto? Porquê entregar à OI sem contrapartidas o único poder que a PT-SGPS tem em todo este processo?

E os minoritários? Que fazer com eles? Sacrificados numa fusão que tudo leva crer ter sido feita numa negociação com laivos criminosos?

Que vai fazer agora a CMVM? Continua tudo sem responsáveis? A OPA de Isabel dos Santos foi impedida com base numa interpretação restritiva da lei, e agora que resta aos accionistas?

Face ao enorme embrulho que se foi criando só vejo uma saída para a presente situação, que a OI , sozinha ou com outros parceiros, lance uma OPA sobre a PT-SGPS a um valor não inferior ao proposto por Isabel dos Santos. Tudo o resto poderá levar, isso sim, a um processo infindável contra PT-SGPS e o Estado.

PT - QUE ESPERAR DA AG

Fala-se agora que a AG poderá ser adiada se nesse sentido votarem a maioria dos acionistas presentes, ou seja, caso os apoiantes da venda à Altice tenham os dois terços necessários para assegurar a aprovação da venda eles votarão contra qualquer adiamento procurando arrumar o assunto o mais rapidamente possível, portanto só haverá adiamento se não existir maioria qualificada favorável à venda.
Tudo isto salvo, se o presidente da AG decidir por ele mesmo adiar a reunião. Num país normal, numa empresa normal, seria o que aconteceria, mas como até aqui nada tem sido normal resta esperar...

Olhando agora para o que pode ser o futuro próximo para os principais "stakholders" da PT, seja a AG realizada hoje ou nos proximos dias:

Trabalhadores - Gostaria de dizer que existem outras soluções muito melhores para os trabalhadores do que a da Altice, infelizmente não o posso afirmar, primeiro porque não sei de forma exacta o que aquela empresa quer, depois porque não conheço solução alternativa que seja expectável ou facilmente "construível". Na verdade ao longo de diversas administrações o problema da produtividade na empresa nunca foi encarado de frente, e dessa forma as deficiencias foram se agravando. Se a OPA de Belmiro tivesse tido sucesso, o choque de produtividade teria sido feito nessa altura, com a vantagem de que então a empresa era rica, a posição no mercado muito mais forte do que é hoje e a economia do país com muito maior potencial para absorver mão de obra. Infelizmente não vejo boas perspectivas neste campo.

Acionistas - Há muito tempo que os acionistas têm vindo a ser "cozinhados" em lume brando pela administração da empresa, no entanto a partir do processo de fusão esse cozinhar acelerou-se de forma substancial. Com uma fusão mal negociada em que a PT se entregou inteira (PT Portugal mais cinco mil milhões de euros) em troca de uma participação minoritária e com direitos de voto reduzidos, tudo engalanado como uma operação de grande sucesso, acordo de fusão esse seguido de uma renegociação ainda mais penalizadora para os acionistas (feita no seguimento do caso da Rio Forte),
Neste quadro só com o esta fusão, os acionistas viram em pouco mais de um ano o seu património reduzir-se de cerca de 5.000 milhões para menos de 600 milhões,  se os acionistas não fizerem nada AGORA, em breve esse patrimonio será de 100 milhões ou menos. Ou seja, até agora os acionistas tiveram uma perda em função da fusão de quase 90%, em que "apenas" 16% são consequencia da Rio Forte, sendo todo o restante consequencia dos termos em que a fusão foi negociada.
O único poder efectivo que a PT-SGPS tem dentro da OI é o de autorizar ou não a venda da PT Portugal, até agora o CA da empresa decidiu não exercer esse poder, o que podia ter feito vetando a venda na reunião do CA da OI, fica pois para a AG a oportunidade de o fazer, se os acionistas da PT-SGPS não vetarem essa venda vão demonstrar mais uma vez que bem merecem o que lhes tem acontecido. Os acionistas têm de vetar a venda para que a PT-SGPS possa reverter a fusão, ou que a OI faça uma OPA sobre a PT-SGPS, ou em que pelo menos possa negociar junto da OI contrapartidas em termos do peso da participação da PT na OI.
Certamente que alguns acionistas relevantes da PT-SGPS já negociaram acordos particulares com a OI para se protegerem, mas isso não resolve o problema da generalidade dos acionistas da empresa que depois de esmagados serão reduzidos a pó se nada fizerem.

País -  Não sou dos acredita na grande missão (quase que diria "civilizacional" para alguns) que a PT desempenhou no quadro da economia nacional, esse papel sem dúvida importante teve tambem para o país custos significativos em termos fiscais, tarifários e outros. O que neste momento me preocupa são os custos sociais que o futuro proximo nos reserva, já referidos atrás, e os custos de imagem de todo este processo. Qual a credibilidade de um país em que se passa tudo isto e não existem consequencias? Com que cara podem as empresas portuguesas procurarem colocar dívida e capital nos mercados? Todas as piadas do português que o Brasil gosta de contar há séculos serão muito pouco em relação ao que se vai seguir, e o pior é que não serão apenas piadas.

quarta-feira, 7 de janeiro de 2015


JE NE SUIS PAS CHARLIE

Respeito quem em nome da liberdade de expressão faz humor na imprensa  fazendo sátira de convicções profundas, sejam elas de grupos, partidos, seitas ou outros, e, quer sejam aquelas convicções,  políticas, religiosas ou de outro tipo.

No entanto não acho que tal actividade seja absolutamente  indispensável, nem pilar da liberdade de expressão de uma sociedade aberta, o que não quer dizer que essa actividade deva ser limitada, ou mesmo deixar de ser protegida, ela e os seus profissionais.

No entanto, será sempre muito difícil a uma sociedade aberta impedir que fanáticos expressem de forma desproporcionada, até mesmo com violência selvagem, a sua fúria pela forma como as suas convicções profundas são alvo de ridicularização pública.

Foram assassinados 10 jornalistas que certamente pensavam que desempenhavam um papel importante no enriquecimento destas nossas sociedades, foram assassinados dois polícias que provavelmente não tinham opinião sobre o assunto, mas sabiam que o seu papel é defender as nossas sociedades abertas. Valeu a pena?

Não será que existem coisas que as sociedades abertas devem elas próprias se coibir de fazer? Para que um dia, para se defenderem, não venham elas a tornar-se sociedades fechadas?

terça-feira, 6 de janeiro de 2015


"GOVERNANCE" EMPRESARIAL EM PORTUGAL
Depois do que se passou com o BCP, BPN, CIMPOR, BES e PT, será que finalmente chega para que se faça alguma coisa de efectivo neste campo? Ou será ainda necessário destruir mais umas dezenas de milhares de milhões de euros?
Para além dos prejuízos materiais e sociais, o país ficou com a sua imagem de rastos, o mercado de capitais foi destruído, as privatizações e o capitalismo desacreditados.
Por ironia do destino o capitalismo é o único inocente no meio de tudo isto, como a história tem demonstrado incompetência e corrupção surgem por todo o lado, independentemente dos sistemas políticos, elas só são domáveis se existirem regras de funcionamento e controle que as tornem difíceis e arriscadas para os infractores.
Tudo isto acontece entre nós não por falta de grupos de trabalho, estudos, propostas, recomendações, resoluções e até normas. A CMVM e o IPGC (Instituto Português de Corporate Governance) têm feito disso em quantidade, e até qualidade, mas o problema nacional é sempre o mesmo, se ninguém remata à baliza tudo são apenas floreados.
Tudo quanto foi feito até agora pela CMVM e pelo IPCG padece de um pecado capital, não existem propostas para responsabilizar civil e criminalmente os administradores de empresas em que se registem acontecimentos importantes de informação falsa, ou destruição de valor para accionistas e para a sociedade em geral.
Julgam aquelas entidades que os administradores independentes são a solução para todos os problemas do governance, claro que o não seria mesmo que existissem administradores independentes, só que eles não existem entre nós, na verdade não são nem administradores, nem independentes , nem competentes.
Apenas quando o primo do primo, ou o amigo do clube, perceberem que ao aceitarem cargos de administração para os quais não têm as competências mínimas,poderão acabar na prisão, apenas quando os administradores de empresas tomadas de assalto por accionistas ou gestores pouco escrupulosos, souberem que é melhor oporem-se a actos danosos, do que fazer de conta que não vêem, apenas então poderão existir administradores independentes.
Em tudo isto TODOS os partidos políticos têm muita culpa, os do arco da governação porque se têm deixado influenciar pelos grupos interessados em que tudo fique na mesma, e os outros partidos exactamente pela mesma razão, estes com a desculpa que quanto pior melhor, de que é preciso deixar que "as contradições do capitalismo se agravem" de forma a que o sistema se torne ingovernável.
Em casos graves como estes nos Estados Unidos há bens congelados, bens arrestados, julgamentos rápidos nos tribunais, prisões e até suicídios. Entre nós a única penalização parece ser os culpados ficarem temporariamente suspensos da lista de condecorações anuais do Presidente da República...
???????
OUTRA TRAPALHADA??
A PT-SGPS que já conseguiu reduzir o valor do património líquido da empresa de 5.000 milhões para menos de 600 milhões, prepara-se agora para o reduzir para 300 milhões ou menos.
Em pouco mais de um ano o valor da empresa pode ser reduzido em 94%, e não acontece nada? Tudo isto é normal??!!
E a CMVM? Mais uma vez nada tem a dizer?
Não foi o CA da PT-SGPS que disse que o negócio da fusão poderia ser revertido? E então? Enquanto houver possibilidade de reversão da fusão nenhuma outra possibilidade pode ser encarada.
Assinar agora um acordo com a Altice é o disparate dos disparates, aliás na linha dos anteriores.
Só há uma estratégia para a PT-SGPS, desfazer a fusão. Caso tal se mostre impraticável exercer todos os poderes que possa ter dentro da OI para valorizar a sua posição, saindo da empresa de forma honrosa ou participando efectivamente do controle da mesma.
Tudo o resto são trapalhadas, se é que não mais operações dolosas, em prejuízo de todos os stakeholders.