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segunda-feira, 28 de outubro de 2019


O CHEGA, O CDS E A DIREITA
Antes de tudo, é importante clarificar o que eu penso sobre se o Chega é ou não de extrema direita. No ponto de vista da "geografia parlamentar" ele é sem duvida a "extrema da direita", isso é bem mais claro do que saber se a "extrema da esquerda" é o BE ou o PCP, ou os dois em simultaneo.
Julgo que aqueles três partidos são os extremos parlamentares, o que não faz deles partidos de extrema direita ou esquerda. Diria que eles "estão" nos extremos actuais, mas eles não "são" os extremos.
Um partido passa a pertencer realmente a uma extrema qualquer, apenas a partir do momento em que contesta o regime democratico, o que nenhum daqueles partidos faz, embora alguns membros de todos eles já o tenham feito no passado.
Aqueles partidos, quando realmente extremistas, depois de se transformarem em partidos anti-democraticos abrem as portas para a defesa dos movimentos de massas, da violencia, etc, tudo coisas de que felizmente por agora estamos longe.
Julgo que a chegada do Chega era inevitavel, quer pelo exemplo europeu, quer pela historia do nosso seculo XX, quer ainda pelos exageros do politicamente correcto.
Acredito que existe entre nós um "mercado potencial" muito significativo para um partido que se afirme de direita de uma forma clara. Isto porque para além das razões globais que levam a isso (o politicamente correcto, os movimentos migratorios, a integração europeia, a globalização etc), existem razões especificamente nossas que o determinam, tais como, o saudosismo (real e imaginario), o fim do "Imperio", a descolonização e suas consequencias, a não existencia de um partido de direita, etc
Dizem que o Chega fez uma campanha rica e com financiamentos significativos, não sei se assim foi, penso apenas que um partido da direita "assumidal" poderia ter ido mais longe, mesmo com pouco dinheiro.
Arrancar com um novo partido à direita em Portugal era muito mais facil do que tentar implantar um qualquer novo partido ao centro, aliás como se tem visto com o que Santana Lopes anda a tentar fazer.
Face à referida dimensão do seu "mercado potencial" penso que o Chega poderia ter ido mais longe do que foi.
As razões pelas quais o Chega não foi mais longe, parecem-me ter sido sobretudo, a falta de experiencia politica, o tom por vezes "trauliteiro" e tambem a opção ideologica de pretender ser um partido fortemente conservador e simultaneamente liberal, o que a prazo lhe poderá vir a sair caro.
Ventura é potencialmente um bom lider, ou seja, é um lider em construção, tem a vantagem de ser uma personagem conhecida dos mídia, tem qualidades de orador, tem "coragem social" e fisica para ser fortemente controverso, mas por outro lado, não transmite a imagem de ter a energia de um líder com um "sentido de missão", tem também abusado do tom de politico "trauliteiro", isso para além de ter cometido erros imperdoaveis, como o de faltar a um debate entre partidos num canal de televisão, para ir debater futebol num outro canal.
A grande questão que agora se põe ao Chega é saber o que vai fazer o CDS.
Será que o CDS vai continuar a definhar na defesa de uma posição ao Centro? Vai o CDS optar entre uma das suas "ideologias" (conservadora, democrata cristã e liberal)? Vai o CDS dividir-se?
Se o CDS se assumir claramente como um partido da direita, irá dificultar muito a vida ao Chega, especialmente se vier a ter uma opção ideologica mais clara que a do Chega..
Em teoria não se pode deixar de ter em consideração até mesmo a possibilidade de uma fusão do Chega com uma ala dissidente do CDS.
Em termos de ciencia politica é neste campo que se encontram as questões mais interessantes do futuro proximo.
Tudo está em aberto, mas desiludam-se aqueles que pensam que a votação à direita foi um fenomeno pontual e sem futuro, o seu eleitorado potencial actual é bem maior do que a votação expressa no Chega.
Esta direita deverá vir a organizar-se nos tempos mais proximos, da forma como o fizer vai depender o modo como se irá apresentar nas eleições presidenciais de 2021, nunca com pretensões de vencer mas apenas com o objectivo de dar um salto em termos do seu peso politico e aí, 2021 poderá ser então uma verdadeira surpresa.
Como sempre, tudo dependerá tambem de como até lá evoluir a situação economica e social.
Sou dos que pensa que a existencia de um partido claramente de direita no nosso quadro politico pode ser muito positivo para a nossa democracia, quer como contraponto ao politicamente correcto, quer como factor de maior exigencia da governação ao Centro, ou ainda, pela possibilidade de governos Centro-Direita, e até pela redução do potencial de uma extrema direita real. 

domingo, 27 de outubro de 2019



COLONIALISMO, RACISMO, ESCRAVIDÃO E OS AVÓS DAS JOACINES~


Uma das razões do enriquecimento da Dinamarca no sec XIX, assim como de muitos outros países do norte da Europa Ocidental, foi o "comercio triangular".
O que era o comercio triangular dinamarquês? Simplesmente a venda de armas fabricadas na Dinamarca às tribos africanas, vendas essas que eram pagas em escravos, escravos que por sua vez eram levados para os Estados Unidos onde eram vendidos, por troca essencialmente de cereais que depois iam para a Dinamarca, tudo obviamente feito em navios dinamarqueses. O negocio perfeito, num triangulo perfeito, sem barcos em vazio.
Tudo aquilo sem colonizações, sem estruturas complicadas, nem outro tipos de problemas, tratavam-se apenas de "negocios intercontinentais", bem concebidos e executados.
Entretanto Portugal continuava no seu "projecto Imperial", misturando muitos aventureiros, com negociantes, escroques diversos, tambem alguns herois e uns tantos dedicados servidores publicos, ao que se juntava ainda, a quimera de uma missão religiosa de envagelização. Tudo num caldo dificil de gerir, em especial com a nossa tradicional desorganização.
Foi assim que, quer os portugueses, quer os outros países da Europa acabaram, de uma forma ou de outra, por se envolver no trafico de escravos.
Mas claro que não foram os dinamarqueses que andaram pelas savanas africanas a perseguir potencias escravos, esse trabalho era feito desde há muito pelos avós das Joacines, que no contexto das permanentes lutas tribais faziam escravos os inimigos que não matavam, esses escravos depois ou eram mantidos junto dos vencedores ou vendidos para as redes esclavagistas continentais, tendo com principal destino o norte de Africa.
A Europa não inventou nem a escravatura, nem o esclavagismo africano, que ali já estavam implantados muito antes dos países europeus lá chegarem.
O Grande Pecado europeu foi ter entrado nesse "negocio" quando toda a moral oficial europeia já não admitia tais praticas e para alem disso, o facto de ter dado uma muito maior dimensão a essas praticas, quando as transformou num negocio Intercontinental, para um mercado imenso e sedento de mão de obra.
Tudo o que se passou nesses tempos foi altamente imoral, mesmo para os padrões da época e claramente criminoso aos olhos de hoje, mas tal só foi possivel pelas praticas milenares dos avós das Joacines,
Nestes processos os unicos inocentes foram os que acabaram sujeitos à escravatura, todos os outros foram culpados, por acção ou omissão.
Se formos agora procurar entre os nossos avós todos os culpados, brancos e negros, a lista não será bonita de se ver, mas para que serviria isso?
Sempre que a logica dominante for a de Rousseau e do seu bom selvagem, versão tão querida às Joacines deste mundo, não iremos a lado nenhum, iremos apenas construir um radicalismo oposto a esse radicalismo do bom selvagem e da maldade do homem branco.
Este tipo de racicinios no limite levariam a que a Alemanha viesse a exigir indeminizações a Italia, pela quantidade imensa de escravos germanicos feitos por Roma!
Ou vamos ser serios, analisamos a nossa historia à luz da realidade do que eram e do que fizeram as nossas sociedades em cada epoca, ou não iremos compreender nada do que se passou, nem evitar erros futuros, apenas fomentaremos a radicalização, até ao ponto de o Chega actual vir a parecer um inofensivo partido do centro-direita.

quinta-feira, 17 de outubro de 2019


RUI RIO TEM A OBRIGAÇÃO DE FICAR

Eiste uma serie de razões que não permitem a Rio "fugir" neste momento, entre elas:

- pelo menos os proximos dois anos, até às Presidenciais, deverão ser muito complicados

- o Parlamento terá um papel crucial e só Rio pode liderar bem a bancada que escolheu

- o novo governo tem debilidades importantes

- Rio é o unico chefe da direita com credibilidade à esquerda

- s sua saída dividiria ainda mais o PSD

- com ou sem reformas estruturais, Rio tem de estar lá

Embora possa ser um sacrificio pessoal muito grande, Rio não pode recuar agora, até porque se o fizesse, nunca se perdoaria a ele mesmo




terça-feira, 15 de outubro de 2019



CANDIDATOS PRESIDENCIAIS 2021
OU
PORQUE PS E PSD TÊM DE TER JUÍZO

Já existem dois candidatos óbvios para 2021, André Ventura e Sampaio da Nóvoa (Louçã teria menos apoios). Embora Ventura possa parecer estranho para alguns, é evidente que ele não vai perder essa hipótese de se promover e de destabilizar o "regime".
Ao Centro haverá certamente um candidato, caso esse candidato seja Marcelo isso facilitará a luta contra o radicalismo, se assim não for, as coisas poderão tornar-se mais difíceis.
Claro que existirão mais alguns candidatos, que podem acabar por vir a tornar toda a situação ainda mais complexa e imprevisível.

O nível do êxito dos extremistas vai depender essencialmente da qualidade da governação até 2021, que se fará num contexto económico muito menos favorável do que o vivido até aqui, o que vai exigir muito mais do governo que venhamos a ter.
Nesse contexto, quer os erros, quer mesmo as omissões, serão fortemente penalizados, um governo que não consiga transmitir de forma credível a ideia de que fez o melhor possível face às circunstancias, não só colapsará como arrastará consigo todo o Centro político.
Se assim acontecer, será tempo de todos os radicais

Perante esta realidade apenas com um governo "à prova de bala" em termos de comportamento moral, técnico e humano, assim como com uma política de comunicação que aposte tudo na verdade e não na habitual pirotecnia e habilidades diversas, apenas nessas condições, será possível ao País escapar á radicalização total.

Os portugueses já demonstraram varias vezes uma enorme capacidade de aguentar a adversidade, o que eles não vão aguentar mais, será a a arrogância, a mentira, a incompetência e a corrupção.
É tempo de competência, honestidade, verdade e humildade, da parte dos políticos.
Se assim não for, vamos correr o risco de que os portugueses prefiram o caos..

segunda-feira, 14 de outubro de 2019



RIO VERSUS RELVAS
Não terá sido por acaso que logo a seguir às eleições o primeiro ataque à liderança de Rui Rio foi lançado por Miguel Relvas.
Quer os amigos mais proximos de Relvas, quer alguns menos proximos, avançaram apenas a seguir às suas declarações.
O que move Relvas são sempre interesses pouco claros, para defesa dos quais ele precisa do seu grupo de amigos, de preferencia dos mais chegados.
Penso que uma mudança na liderança do PSD nos tempos mais proximos, seria sempre muito negativa para o partido, em termos de perda de oportunidades e de agravamento das divisões internas.
Mas sobretudo, penso que o regresso de Relvas, mesmo que disfarçado, seria um desastre para o partido e para o país.
Se Relvas e os seus amigos tivessem ido agora a eleições, ter-lhes-ia acontecido o mesmo que a Assunção Cristas, teriam reduzido o partido a metade, rumo à insignificancia.
Rio pode ter defeitos, mas entre ele e Relvas não podem existir duvidas.

segunda-feira, 7 de outubro de 2019


MORREU A GERINGONÇA - RIP
Embora toda a esquerda diga que quer repetir a Geringonça, na verdade nenhum deles a quer.
O BE e o PCP já viram quanto pagaram por ela, e sabem também, que numa nova edição teriam de pagar ainda muito mais, deixando todo o espaço aberto ao Livre.
O PS tambem sabe que vai mesmo ter de fazer reformas que seriam impossiveis com os antigos parceiros.
Que forma irá revestir o novo Bloco Central?

quinta-feira, 3 de outubro de 2019


AGORA É TEMPO DE A EUROPA TER JUÍZO

Como eu dizia em Agosto, Boris quer um acordo.
A Europa que não faça disparate. o RU voltará à Europa, quando compreender que os seus males pouco ou nada tinham a ver connosco. 
Keep Calm