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quinta-feira, 30 de janeiro de 2020



A PROVOCADORA E O APROVEITADOR

O assunto em si é uma falsa questão, a devolução da arte africana está há já algum tempo a ser estudada entre Portugal e os países africanos, pelo que levar agora esse assunto para o Parlamento só pode ser visto como uma provocação, de uma deputada tresloucada que o Livre levou para o Parlamento.
É evidente que esse foi o melhor presente que poderia ser dado a Ventura, que o aproveitou de imediato.
De seguida, a quase totalidade da classe politica juntou-se solidariamente em torno de Joacine, dando a Ventura um segundo presente.
Só que uma coisa é a opinião da classe politica e outra a opinião da população que, dizendo-o ou não, está há já muito tempo farta da Joacine, que aliás festejou a sua eleição para o Parlamento com bandeiras da Guiné, o que até poderia ser natural se tivesse incluído uma simples bandeira portuguesa que fosse.
Este caso que deveria ter sido tratado como uma simples provocação de Ventura, converteu-se num acontecimento politico importante.
O que é grave é que casos como este têm tudo para ser muito negativos para as relaçoes inter-raciais em Portugal, pelo que a classe politica tem de se mostrar à altura das suas responsabilidades, o que não está a parecer que venha a acontecer.
O que sucedeu pode servir os interesses de Ventura assim como os dos identitaristas de Joacine, o que certamente não serve são os interesses do país.
Haja bom senso!

terça-feira, 28 de janeiro de 2020



AMIGOS TÓXICOS


Existem amigos que convém ter o mais longe possível, em especial na política.
As razões para essa "toxidade" são muito diferentes de caso para caso, vou aqui referir apenas alguns casos recentes e todos casos à direita e ao centro, que são os que me preocupam.

Miguel Relvas - não interessa se Relvas é ou não o mais tóxico dos amigos, mas na verdade essa é a imagem que a opinião pública tem dele.
O maior problema de Relvas é que insiste em continuar a ter um "papel" activo e público na política portuguesa, enquanto que outros com imagem semelhante à dele se retiraram discretamente para a sombra, a bem dos seus negócios e da sua influencia.
Não sei se foi Relvas que levou Montenegro à derrota, mas que não o ajudou, não ajudou

Pires de Lima - um gestor de sucesso que nunca se "sacrificou" pelo seu partido, não pode aparecer no congresso desse partido a dar um "raspanete" aos jovens e às bases desse mesmo partido (que são quem dá o litro), para mais, tudo feito com o ar de uma superioridade imensa e até deixando claro o incomodo de ter feito o favor de ir a Aveiro perder o seu precioso tempo.
Neste caso, o amigo tóxico chegou a um jogo empatado e desempatou-o a favor do adversário!

Passos Coelho - ao contrario de grande parte da direita tenho uma ideia muito negativa do que foi o governo de Passos Coelho, mas não é disso que se trata agora.
A verdade é que Passos ligou para sempre a sua imagem à do diabo, enquanto o diabo não vier (e tem de ser forte e não demorar muito), Passos será sempre um amigo tóxico.
Apesar de eu ser um critico do governo dele, até lamento essa toxidade de Passos, ele tem ainda fortes apoios, mas tem também um sem fim de anti-corpos que o tornam claramente um activo tóxico.

domingo, 26 de janeiro de 2020



O CDS, A DIREITA E RUI RIO

Como era previsivil o CDS virou à direita.
Previsivil porque, graças aos exageros do politicamente correcto, quase todo o mundo Ocidental está a virar á direita.
Previsível tambem, porque o PSD continua refém da paixão impossível de Rio por Costa.

O CDS percebeu que o eleitorado a conquistar e também aquele a não perder, estão à direita e nunca ao centro.
O centro, além de já estar sobre-ocupado, tem vindo a perder sex-appeal, processo esse que só se inverterá quando a radicalização voltar a assustar o eleitorado, até lá a vertigem de qualquer aventura é muito mais atractiva que a modorra do centro.

Tenho sido acusado de ser um radical de centro, acusação que talvez seja justa.
Foi por isso que acreditei que Rio conseguiria um acordo com Costa para fazer as grandes reformas sempre adiadas de que o país necessita. Aquele acordo ao centro não aconteceu e cada dia que passa ele é menos provável.
Foi por isso que julguei preferível a liderança de Montenegro, que talvez tivesse mais possibilidade de estancar a hemorragia à direita.

Salvo o caso de acontecer uma crise política antes das autárquicas que leve o PS a procurar o PSD, Rio levará o partido para o desastre eleitoral já nessas eleições e aí já não terá qualquer tipo de desculpa, será tudo sua responsabilidade .
O fervilhar de actividade política e de ideias a que vamos assistir à direita vão tirar muito abstencionista da apatia em que mergulhou.
Para além de não ir buscar eleitores nem à abstenção nem ao centro, o PSD vai continuar a os perder para a direita de forma crescente, como já perdeu para o IL e para o Chega.
Resta ao PSD esperar que os partidos à sua direita façam muitos erros, em especial na área social, para que o seu desastre não seja total.

quinta-feira, 23 de janeiro de 2020


AVISO GERAL DE JOÃO LOURENÇO?

O tratamento dado Isabel dos Santos terá sido um caso especial ou foi um aviso geral?
Caso se trate apenas de um caso especial, nada de positivo trará a Angola, ao contrario, se se tratar de facto de um aviso geral poderá vir a ter resultados muito positivos.
Desde a sua posse que João Lourenço anda a pressionar os plutocratas angolanos no sentido de repatriarem os seus bens no exterior, para isso foi até concedido um periodo gracioso de devolução sem penalizações, ao que parece esses repatriamentos foram poucos e de valor apenas simbolico.
Face à dificil situação economica de Angola aquele repatriamento, pelo menos parcial, é indispensavel e urgente.
Esse repatriamento poderia revestir a forma de uma compra de divida angolana emitida no exterior, ou até, ser feito por via da participação num "fundo especial" financiado no exterior e com objectivos de investimento pré-definidos.
Seja como for, se João Lourenço não conseguir mobilizar no exterior umas dezenas de milhares de milhões de dolares, ele e Angola estarão numa situação muito dificil.
Isso deveria preocupar-nos a todos muito mais do que a novela da ex-princesa, dos seus ex-amigos, agora encarniçados inimigos e da nossa sempre voluvel imprensa.

sábado, 18 de janeiro de 2020


GANHOU O PROJECTO DO CENTRÃO
Com a ajuda de Relvas, Carreiras e até do ausente Passos Coelho, Rio ganhou.
Assim ganhou o projecto do Centrão, que na minha opinião vem já demasiado tarde e por isso não terá grande futuro.
Boa sorte!


PSD - DUAS TEORIAS

Antes de serem conhecidos os resultados das eleições de hoje é importante pensar no que está em causa.
Não existe aqui um lado bom e outro mau, assim como é um facto que existem personagens sinistras a apoiar cada um dos lados, como aliás é comum em todos os partidos, mas de facto não é nada disso que realmente importa.
Para o futuro do PSD o que importa saber é se as possibilidades de crescimento e afirmação do partido estão à direita ou no centro-esquerda.
Rio acredita que vai poder crescer ao centro, conquistando indecisos e votantes do PS, vindo assim a liderar um grande Centrão.
Montenegro pensa que não pode perder para as direitas mais radicais parte do elitorado tradicional do PSD, assim como julga que é nos abstencionistas que está o grande eleitorado potencial do PSD.
Rio quer liderar um Centrão, Montenegro quer liderar toda a direita verdadeiramente democrata.
Vamos ver.

segunda-feira, 13 de janeiro de 2020


AQUECIMENTO GLOBAL - DE TATCHER A GRETA

Por ironia do destino a mãe da diabolização do CO2 foi Margaret Tatcher, nessa altura ela queria reforçar o apoio ao desenvolvimento da energia nuclear no Reino Unido, isso com o objectivo de reduzir o peso político dos mineiros e também o dos países produtores de petróleo.
Nessa sua cruzada contra o CO2 ela envolveu a Royal Society, a quem financiou os estudos "científicos" para comprovar a tese que lhe interessava, dando assim inicio a uma bola de neve imparável.
Sentindo o impacto na opinião pública e o alarme social que essa primeira onda originou, primeiro os ambientalistas e depois toda a esquerda (para mais, entretanto órfã do Muro), compreenderam o potencial do tema e a partir daí deram origem a um movimento "estilo testemunhas de Jeová" só que muito, muito rico, e por isso com a enorme vantagem de poder dispensar a necessidade do proselitismo de porta em porta.
O tema do aquecimento global tornou-se assim num enorme negocio, que simultaneamente é também uma religião, com toda a tradicional inflexibilidade das religiões, sempre prontas a excomungar qualquer herege sem sequer o ouvir, religião esta que tem a grande vantagem de não ter uma liderança clara, mas que se vai espraíando numa lógica de rede aparentemente sem orquestrador, apenas apóstolos e missionários, todos, aparentemente, desinteressados salvadores da humanidade.
Os mais velhos, como eu, lembrar-se-ão das previsões catastróficas do Clube de Roma nos anos 60/70 do século passado, segundo aquelas previsões, as nossas sociedades estariam hoje já completamente destruídas, porque a maior parte dos recursos necessários ao nosso desenvolvimento económico estariam esgotados já há muito.
Aquelas previsões não se confirmaram, em parte graças aos desenvolvimentos científicos e tecnológicos, que permitiram a melhor pesquisa, exploração e aproveitamento dos tais recursos naturais escassos.
Apesar do tom catastrófico das conclusões do Clube de Roma, existia nelas uma mensagem importante no que dizia respeito aos problemas da poluição do ar, das terras, dos rios e dos mares, campos estes em que se avançou muito pouco e em que deveria ter-se concentrado o essencial do nosso esforço para salvar a nossa casa comum.
O enorme erro da previsão do Clube de Roma não foi grave, simplesmente porque o desastre previsto não se verificou, mas agora a situação é totalmente diferente, agora o aquecimento é real, pelo que não podemos desperdiçar os poucos recursos que temos para essa batalha, disparando em alvos errados.
Temos de ter a humildade necessária para analisar seriamente todas as possibilidades.
O aquecimento global é indiscutível, o que é discutível e tem de ser discutido, são as razões que o estão a originar.
Qual efectivamente a importância do papel da actividade humana nesta nova onda de aquecimento global?
Esta onda de aquecimento é apenas mais uma das ondas cíclicas que já vivemos, ou é uma onda "especial"?
Para além do que possamos fazer em relação ao CO2 o que é que podemos e devemos fazer mais?
Essas é que são a grandes questões que têm de ser respondidas e sem lhes dar resposta de uma forma objectiva, sem qualquer tipo de preconceitos, corremos o risco de estar a perder tempo, escasso e precioso, para fazer frente àquilo que pode ser um enorme problema para toda a humanidade.
É por tudo isso que julgo imprescindível olhar também para os argumentos dos inúmeros cientistas que defendem que o papel desempenhado pela intervenção humana na actual onda de aquecimento é reduzido, pelo que apresento abaixo alguns desses argumentos:
- Desde sempre a Terra teve períodos de aquecimento e arrefecimento, por razões naturais
- Na Idade Média, por exemplo, as temperaturas foram muito mais altas do que na época actual
- Entre os gases que produzem o efeito estufa o CO2 tem um papel insignificante
- As quantidades de CO2 geradas pela actividade humana, mesmo no tempo actual, são extremamente pequenas face às originadas pela própria natureza
- Não se constata qualquer correlação entre a quantidade de CO2 na atmosfera e o nível de actividade económica/industrial
- O nível de CO2 na atmosfera caiu de forma drástica exactamente no período de maior actividade industrial da historia do mundo 1940/1970
- Parece ser o aquecimento que origina o aumento do CO2 e não o inverso
- Tudo leva a crer (segundo estes cientistas) que o que, até hoje, tem originado os grandes ciclos de aquecimento e arrefecimento da Terra tem sido a actividade solar, manifestada nas manchas solares
- Ao contrario do que se insinua, está longe de existir qualquer unanimidade na comunidade cientifica mundial, sobre este assunto
Perante isto, o que é grave é que, face àquele que pode ser o maior problema da historia da humanidade, estamos numa situação estranha, em que a falta de diálogo ente as duas visões do que se passa parece ser a norma.
Alguém já assistiu a um debate serio sobre este assunto?
Dos dois lados existem os grupos radicais que pensam pouco e falam muito, mas para além deles existem os grupos dos que efectivamente estudaram, pensaram e pensam muito sobre este assunto, mas o que é curioso é que esses grupos não se falam e não debatem publicamente entre eles, na verdade, cada um defende a sua dama, ou os muitos interesses aqui envolvidos, e por aí ficamos.
Se os catastrofistas tiverem razão, estamos a caminho do grande desastre e aparentemente ninguém está genuinamente preocupado.
Greta foi transformada no grande símbolo de uma destas versões do combate à "crise" climática, nenhum adulto poderia fazer esse papel melhor do que ela o tem feito, de forma tão sincera e convincente.
Da qualidade da campanha a favor da diabolização do CO2/humano ninguém duvida (Tatcher foi uma boa professoara), de Greta a Al-Gore, passando pela ONU e Leonardo di Caprio, tudo está extremamente bem montado e muito convincente.
Também o Clube de Roma, face à modéstia dos tempos de então, teve boa imprensa, o que não o impediu de estar estrondosamente errado.
Só que os erros do Clube de Roma não tiveram qualquer gravidade, mas desta vez não podemos correr o risco de estar apenas preocupados com a torneira que pinga, quando pode vir aí uma avalanche de água e lama.
Não é admissível que, perante a gravidade potencial para toda a humanidade de uma questão como esta, continuemos a assistir a esta incapacidade de dialogo entre as duas linhas de pensamento, tudo por causa do caracter religioso que este movimento adoptou, assim como por causa de egos e interesses secundários.
No Titanic também a orquestra não parou, nem ela, nem o baile.


PS - Recomendo
https://www.youtube.com/watch?v=tpvpiBiuki4&feature=youtu.be&fbclid=IwAR3n4bDA7krGjiQTk9jdSe_Gd5m072itelze_uwfFCDRiElrXrCXl6yqyVg





quinta-feira, 9 de janeiro de 2020


TRUMP GANHA O 1º ROUND

Goste-se ou não a verdade é que Trump venceu de facto o primeiro round, quer no ponto de vista inerno dos EUA, quer do ponto de vista da sua posição no Médio-Oreinte.
Nos EUA Trump conseguiu varios sucessos:
- reforçou claramente o apoio dos seus fãs e atraíu até alguns indecisos
- enfraqueceu ainda mais o processo de impeachment
-deixou o partido democrata numa posição dificil
-apesar dos disparates que disse, pela primeira vez mostrou alguma imagem de um líder forte e não do bufão habitual
No Médio Oriente, apesar do assassinato ter momentaneamente levado ao reforço do apoio aos Ayatolahs, conseguiu também varios sucessos:
-eliminou fisicamente um inimigo que lhe tornaria a vida muito mais dificil
-deixou a liderança Iraniana "encostada às cordas"
-enfraqueceu a imagem do Irão como líder de um movimento anti-americano no Médio-Oriente
- parece ter abalado fortemente o poder de resposta iraniano, com pouca vontade de assumir riscos maiores
Agora Trump ameça com mais sanções, pretende assim pressionar ainda mais o governo dos Ayatolahs.
Perante esta situação, o regime será obrigado a ter reações fortes e desgastantes dos interesses americanos nos proximos tempos, sejam elas claramente assumidas ou não.
A melhor hiotese para o mundo seria que o regime Iraquiano tivesse a capacidade/vontade para entrar num processo de transição, gradual e controlada, para um estado laico, se isso acontecesse seria então a grande vitoria de Trump e que faria dele um estadista.
Aquele seria o ideal, infelizmente uma daquelas coisas que apenas costuma acontecer nos filmes romanticos.
Tudo leva a crer que vai haver 2º round, ou uma sucessão de rounds menores mas desgastantes.
Os mercados continuam optimistas, vamos ver.

sexta-feira, 3 de janeiro de 2020



IRÃO-USA, QUE GUERRA?

A retaliação é inevitável, só a forma e a dimensão dessa retaliação são ainda desconhecidas e delas depende que a seguir haja ou não uma guerra de proporções gigantescas.
Para já as primeiras perguntas são:
- Será que o Irão vai lançar a primeira guerra electronica da historia?
- Numa retaliação convencional irá o Irão atacar directamente os USA ou Israel, ou ficará apenas pelo ataque aos interesses desses países?
- Quem pode tentar mediar este conflito para que ele não fique fora de controle? Apenas a China, a Rússia ou a Europa, parecem ter algumas condições para o tentar, mas qual deles tem efectiva capacidade e vontade para o fazer?
Cuidado com a versão simplista da culpa Iraniana nestas sucessivas retaliações.
A verdade é que o agressor histórico são claramente os USA desde que em 1953 a CIA promoveu um golpe de Estado contra o governo democraticamente eleito de Teerão (com apoio dos Ingleses, cujas explorações petrolíferas tinham sido nacionalizadas), depois disso os USA com Reza Pahlavi dominaram e exploraram o Irão, situação que veio a tornar possível a revolta teocrática dos Ayatolahs, fazendo o país regredir no tempo.
Desde 1953 que as agressões americanas são inúmeras, contra um povo e um país que se consideram herdeiros do grande Império Persa e de uma das mais avançadas culturas da historia da humanidade.
Vai ser feio o que se vai seguir.


PSD, E AGORA?

Apesar de eu ter sido militante do PSD apenas por um período curto e há já muitos anos, sempre votei no partido e tenho seguido atentamente a vida partidária, quer no governo, quer na oposição, com algumas (poucas) alegrias e muitas desilusões.
Desde que Rio assumiu a presidência sempre o apoiei, na perspectiva que ele seria o presidente ideal para negociar com o PS as grandes reformas de que o país necessita e que nunca se fizeram.
Aquela esperança não se confirmou, se por falta de habilidade de Rio, se por falta de vontade de Costa ou se por oposição da ala esquerda do PS, agora já pouco interessa saber. O facto é que, com a não concretização de um acordo para as grandes reformas, a presidência de Rio esgotou a sua razão de ser.
O PSD não pode ficar paralisado, a definhar, à espera de algo que não depende dele, numa época tão crucial da nossa vida política.
Quanto a mim, agora é tempo de o PSD encontrar um novo presidente, com outro nível de energia para combates que vão ser muito difíceis, com uma visão mais aberta que a de Rio e com grande capacidade de motivação interna e externa, do partido, das suas hostes, do seu eleitorado tradicional e do seu eleitorado potencial..
Não conheço pessoalmente nenhum dos outros dois candidatos à presidência, como a maioria dos portugueses apenas os conheço dos noticiários, por isso, tal como a maioria da população, conheço muito melhor Luís Montenegro do que Pinto Luz.
Julgo que Montenegro é a escolha ideal, porque, para além da energia, da abertura e da capacidade de motivação, que são evidentes e que também talvez Pinto Luz tenha ou possa vir a ter, Montenegro tem uma vantagem ímpar, resultante da sua experiência política "concentrada", vantagem essa difícil de igualar.
Aquela experiência foram os quatro anos de liderança do grupo parlamentar do PSD, durante os tempos mais duros da crise económica, experiência essa que vale ouro, porque ela equivale a muito tempo de experiência política, para mais, vividos sob enorme pressão..
Espero no entanto, que Montenegro, exactamente por causa da experiencia que viveu por dentro, tenha consciência dos erros, comunicacionais e de governação, que se fizeram naqueles tempos, para que não venha a repeti-los quando chegar ao poder.