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domingo, 5 de junho de 2011

UMA VITÓRIA, OS FALHANÇOS, UMA OPORTUNIDADE PERDIDA, OS DISCURSOS, E AGORA A PARTE DIFÍCIL

Uma vitória clara do PSD, com alguma virtude do próprio na fase final da campanha, mas sobretudo graças aos erros da governação do PS e às dificuldades da crise. Não se deve no entanto ignorar que numa conjuntura destas o PSD deveria ter conseguido ir mais longe, não fossem os erros cometidos.

Falhanços: O enorme grau de abstenção numa época tão dramática da vida do país, e ainda os resultados das inúmeras sondagens divulgadas.

Oportunidade perdida: A de por fim sairmos claramente de um sistema de dois grandes partidos e "n" pequenos, para um sistema de três partidos grandes (mais n outros). Num país que não optou por um sistema fomentador do bi-partidarismo, viver-se sempre na ilusão da solução ideal de uma maioria absoluta de um só partido é uma aberração. O CDS tinha agora a oportunidade de passar os 15% e assim alterar as regras do jogo, julgo que só o voto útil no PSD o impediu, aquele alteração teria sido um passo importante para se entrar num novo estágio da vida democrática portuguesa, algum dia vai acontecer. A existencia de pelo menos três grandes partidos coligáveis dois a dois, é um passo indispensável ao nosso amadurecimento político.

Uma noite de bons discursos por parte de todos os líderes partidários, com destaque para os de Portas, Passos e, goste-se ou não, o "até ao meu regresso" de Sócrates.

Falta agora a parte difícil, e não será um Presidente e uma maioria que a irão tornar mais fácil, nos tempos mais próximos os desafios postos à governação são imensos, e a margem para erros extremamente reduzida. Em pouco tempo começará a ficar claro se, com mais ou menos dor, a nova maioria vai conseguir fazer face ao desafio ou se nos arrastará para o desastre, porque não existirá caminho do meio.

A escolha de uma equipe de elevada qualidade tecnica, de gente honesta e com energia, será apenas o primeiro e indispensável passo, difícil mesmo será pô-la a trabalhar em conjunto, de forma articulada e auto-motivadora, evitando a dispersão de energias em pequenas guerras, e egos exacerbados.