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terça-feira, 27 de outubro de 2015

CAVACO E O GOVERNO DE COSTA.
Caso o desastre se confirme, só restará ao PR, depois de todas as outras trapalhadas, uma coisa a fazer.
O PR não pode correr o risco de no futuro vir a ser acusado de ter dado posse precipitada a um governo com um programa mais ou menos ruinoso para o país.
Por isso não bastará que Costa e Companhia lhe apresentem um programa, esse programa terá de ter sido, previamente e de forma clara, sancionado e apoiado pelo PS, no mínimo por via da sua Comissão Política.
É absolutamente necessário que fique claro para toda a população portuguesa que todo o Partido Socialista está por detrás desse programa e o apoia, para que amanhã não reste sombra de dúvida sobre as respectivas responsabilidades.


ANGOLA
O tempo está esgotar-se.
Se as diversas partes, em especial o governo de Angola, não conseguirem encontrar o caminho efectivo para o desenvolvimento equilibrado do país, não apenas as suas elites irão sucumbir, mas a própria sobrevivência de Angola como país uno estará em risco.
Os interesses em jogo, externos e internos, são demasiado grandes, para que se possa pensar que o caos a prazo é algo de evitável, se o país não conseguir dentro de pouco tempo entrar numa evolução, faseada mas rápida, no sentido da criação de uma economia e de uma sociedade saudáveis, que sirvam as necessidades do seu povo.
Não sou dos que pensam que a riqueza das elites angolanas é toda ela ilegítima, se olharmos a história da Europa pré-democrática até finais do século XIX, , o processo de apropriação da riqueza nacional não foi por aqui muito diferente do processo angolano.
O que torna grande parte dessa riqueza totalmente ilegítima é o facto de ela só marginalmente ter sido posta ao serviço do desenvolvimento económico e social do país. Riqueza gasta em produtos de luxo, ostentação nova rica, propriedades no exterior, e investimentos sem sentido, não só não produz desenvolvimento, como cria revolta.
A "elite-pensante" angolana sabe disto, sabe também quais as medidas e os grandes projectos que podem mudar e salvar Angola, assim como sabe quais os diversos parceiros de que necessita para os concretizar. Porque essa elite não tem a coragem de o fazer? São as lutas internas de interesses míopes que o impedem? É a letargia de velhos paralisados? Ou é mesmo a esclerose total do sistema?
O medo de Luaty, segundo a polícia angolana, advém do facto de ele não ser um, mas muitos. Mas isso não pode ser factor de bloqueio da renovação angolana, antes pelo contrario.
Eles devem ter razão, existem talvez muitos Luatys, uns serão demasiado radicais para poderem ajudar qualquer processo de renovação do país, mas a maior parte deles é não apenas necessária, mas será mesmo indispensável, a essa renovação.
Assim haja coragem da "elite-pensante" para concretizar um projecto para salvar Angola, integrando nele todos quantos possam contribuir de forma positiva para o seu sucesso.
Aquele que é talvez o país mais rico do mundo, em termos de potencial agrícola, mineral e energético, não pode sucumbir por causa da miopia, da cupidez, ou da paralisia dos seus filhos, e em especial das suas elites.

sexta-feira, 23 de outubro de 2015

PORQUE A ESQUERDA ESTÁ TÃO NERVOSA?
Independentemente dos pormenores da intervenção do PR, a sua decisão foi a esperada, a única com sentido, e a que resguarda a nossa democracia. Esta posição foi aliás, defendida nos últimos dias por todas as melhores cabeças da nossa esquerda.
A justeza desta posição é ainda maior porque, para além da Frente ser uma novidade pós-eleitoral com poucos dias, até agora ninguém viu nenhum programa, nenhum acordo, ou sequer uma simples folha de papel que fosse, sobre as suas intenções. Até agora o que ouvimos foram tudo, e apenas, bocas soltas.
Independentemente do repentino voluntarismo de Costa isto não é um simples jogo de sobrevivencia individual.
Como não existe de facto acordo nenhum, amanhã até Costa poderia ser empurrado a ter de concordar com propostas impossíveis de última hora , táctica aliás muito apreciada por estalinistas e trotskystas, propostas essas a que ele acabaria por não poder fugir, lançando o país no caos.
Pergunto então, porque está a esquerda tão nervosa? Será que ela sabe coisas que nós não sabemos? Será que temos novo Partido a aparecer em cena? Será que ela sabe que dentro de dez dias todas as suas hipóteses se terão esfumado?
Veremos

quarta-feira, 21 de outubro de 2015


PORTUGAL, UMA CUBA TRISTE?
O sonho do PCP é fazer de Portugal uma Alemanha igual à de Honecker, o sonho do BE é fazer de nós algo de parecido com a Venezuela de Chavez, na média teremos alguma coisa como Cuba. O que o PS pensa não contará, porque o PS apenas quer a ilusão do poder, e algumas benesses.
O actual ministro francês da economia, Macron, quando Hollande lançou a sua política económica inicial, disse que o sonho da França era ser uma Cuba sem o calor, nem as praias dela. Depois Hollande caíu em si e mudou tudo, teve a "lata" e a coragem de o fazer, e pôde fazê-lo porque França ainda é rica e poderosa, apesar disso, só o fez depois de ter paralisado a economia francesa, de ter originado uma enorme emigração fiscal e de deixar a Srª Le Pen ultrapassar o PSF.
Sem o poder económico e político de França, Portugal seria apenas uma Cuba triste, muito triste, sem as suas temperaturas, nem a sua sensualidade.
Nós, o país mais endividado do mundo, na nossa aventura cubana, iríamos assistir ao rápido fechar da maioria das nossas empresas, já hoje tecnicamente falidas, e com elas dos nossos bancos, agora "apenas" em estado comatoso. Os números do desemprego rapidamente ultrapassariam os da Grécia e de Espanha e a falência absoluta do Serviço Nacional de Saúde seria inescapavel. Quanto às pensões, salários da função pública e apoios sociais, esses até poderiam subir 100% ou mais, em lugar da simples reposição, de qualquer modo eles, pura e simplesmente, não seriam pagos.
Para sua glória máxima. o BE e o PCP, conseguiriam pôr-nos fora do Euro. Antes mesmo de o Costa/Kerensky perceber sequer o que se passava, chegaria um discreto convite de Frankfurt, disfarçado de qualquer outra coisa, a agradecer a nossa participação, e reconhecendo que dado o nosso estado deveríamos experimentar outras vias...

segunda-feira, 19 de outubro de 2015


ATÉ TU, MENDES ??!!
O disparate corre solto na política portuguesa, começou nos próprios políticos e rapidamente se estendeu aos comentadores.
Primeiro foi Costa que perdeu a sua grande oportunidade de apresentar a Frente de Esquerda na noite eleitoral, o que lhe teria dado poder efectivo dentro e fora do partido, e só o veio a fazer dois dias depois, já enfraquecido, o que o leva à perigosa situação de passar a ser conduzido pelos acontecimentos.
Depois foi Cavaco, que naquele tom habitual em que diz lugares comuns com o ar de quem inventou a roda, fez uma declaração ao país, que aliás deve ter conseguido a unanimidade da irritação de todo o eleitorado, na linha da sua obsessão com uma estabilidade que ele em nada contribuíu para criar, e que teve como único resultado "entalar" Passos.
Depois foi Passos, que entalado por Cavaco, entrou em negociações totalmente surrealistas com o PS, abrindo caminho para os truques de pequena política, mais ou menos suja, em que Costa é comprovadamente bom.
O disparate de imediato se transmitiu aos comentadores, da direita à esquerda, que vão da perplexidade ao golpe de estado e deste ao contra-golpe (ou vice-versa).
Agora foi Marques Mendes, que apresentou uma proposta que seria o maior tiro no pé que a Centro-direita poderia fazer em tempo algum.
Propõe MM, que no caso de um governo da Frente ser empossado, fiquem desde logo marcadas eleições para meados de 2016.
Seria possível dar melhor presente à Frente de Esquerda? Ter a responsabilidade de governar apenas por seis meses e logo depois ter eleições, por imposição de um Presidente da direita??
Por muito incompetente que seja, qualquer governo consegue disfarçar durante seis meses, e pior, pode distribuir benesses diversas durante esse tempo, ainda antes que os controles Comunitários lhe caíam em cima. Esta seria a melhor solução para dar quatro anos e meio a um governo que poderia ser totalmente incompetente.
Com uma garantia dessas não haveria PS que não quisesse a Frente de esquerda!!!!

terça-feira, 13 de outubro de 2015


SÓ CENTENO NOS PODE SALVAR
Pode pensar-se que um governo de esquerda na sequência destas eleições seria ilegítimo, ou imoral, ou o que se queira, mas a verdade é que ele seria Constitucional.
Para além de Constitucional é inegável que uma experiência de esquerda seria importante para a evolução do sistema político português, acabando com os partidos de protesto.
As consequências partidárias para o PS, que iria atraiçoar uma parte do seu eleitorado tradicional, ou para o eleitorado de protesto que votou BE, serão contas a pagar por esses partidos em próximas eleições, o que não me preocupa.
O que me preocupa é que o país tem ainda reformas indispensáveis de modernização a fazer, reformas que não fará com um governo apoiado pelo PCP e BE. Ainda ontem a Intersindical o deixou bem claro.
Um governo de esquerda conseguirá em dois anos pôr o país de volta a 2011, à Troyka e a todas essas coisas. Costa pode não o saber, Centeno sabe-o certamente, e ele é o único que o pode explicar a Costa.
Se Centeno tiver tanta pressa de ser ministro, como Costa tem de ser Primeiro-ministro, estaremos perdidos.

quinta-feira, 8 de outubro de 2015


PORQUE COSTA NÃO FOI O VENCIDO/VENCEDOR?

(Ou o discurso que Costa não fez na noite eleitoral)
Camaradas!
Em 1º lugar quero agradecer a dedicação e o esforço que todos no Partido puseram nesta campanha. A todos o meu eterno obrigado.
Em 2º lugar quero cumprimentar a Coligação, e os partidos que a constituem por terem sido a força política mais votada.
Em 3º lugar quero assumir pessoalmente inteira responsabilidade pela derrota de hoje. Não atingimos os nossos objectivos e o único responsável de isso ter acontecido fui eu.
Por último e mais importante, não posso deixar de destacar a leitura que faço dos resultados eleitorais.
Para além do facto de a Coligação de direita ter sido a força política mais votada embora sem maioria, é clara a existencia de uma maioria de esquerda com mais de 62% dos votos.
Esta maioria resulta para já apenas de um exercício aritmético, não corresponde a uma maioria política, e a nossa história tem demonstrado a dificuldade de passar de uma a outra.
No entanto, o PS, como a maior força da esquerda portuguesa, tem o dever moral de tentar construir essa maioria política, mesmo sabendo da sua improbabilidade e das dificuldades de um processo desses.
O PS nunca deixou de assumir as suas responsabilidades com o País, com o povo português e com os nossos ideais de esquerda, e continuará a fazê-lo.
(Aí suponho que a sala já estaria a aplaudir de pé)
Mas não julgue ninguém que nos poderá utilizar apenas para nos desgastar e nos abandonar nos momentos difíceis da governação, o PS não servirá nunca de mero trampolim para as ambições de quem quer que seja.
Antes de qualquer negociação, o PS deixa desde já bem claro que não abdica de nenhuma das suas responsabilidades no quadro europeu, no que respeita à moeda única, à dívida pública, ou aos tratados europeus. O PS orgulha-se de ser um pilar da construção europeia, com os seus acertos, falhas e correcções e não será nunca um factor de instabilidade desse grande projecto.
Também para nós é claro que qualquer acordo à esquerda, apenas poderá ser estabelecido com base no programa de governo apresentado pelo PS ao eleitorado.
Portanto só poderá existir uma maioria de esquerda, no quadro das nossas responsabilidades no ambito europeu e no enquadramento do nosso programa de governo.
Assim, manifesto desde já a minha disponibilidade para negociar com o PCP e o BE, um acordo para a formação de uma maioria política de esquerda, que respeite o quadro que descrevi.
O PS dedicará toda a proxima semana a essas negociações se tal for necessário. Após o que, caso não haja sucesso, o PS assumindo as suas responsabilidades de grande partido português, estará então, e só então, disponível para viabilizar um governo da Coligação.
O PS nunca será uma força de bloqueio, temos demasiada história e sentido das responsabilidades para o poder fazer.
Nunca alinharemos em coligações negativas.
Ou a esquerda tem capacidade para estabelecer uma maioria política construtiva, ou não iremos brincar às maiorias.
Mas deixo desde já à Coligação o mesmo aviso que deixei ao PCP e ao BE, o PS não servirá de trampolim para ninguém, o PS assumirá as suas responsabilidades como sempre fez, mas não será nunca usado para benefício de outras forças, ou de outros ideais.
Hoje é um dia histórico, que abre caminho a tempos menos sombrios dos que aqueles que temos vivido.
VIVA PORTUGAL!
VIVA O PS!
(Aí, suponho que Costa teria sido levado em ombros.)
(Porque Costa não fez isto?)


COISAS DE CAVACO

Elas já são habituais, umas mais ou menos inofensivas, salvo para o ridículo do próprio, outras mais graves e esta agora gravíssima. Não há ninguém em Belém que consiga controlar o senhor?
O país tem neste momento duas maiorias, uma de esquerda com mais de 60% e outra, pró-Euro, com tudo o que isso implica, de mais de 70%.
Só que aquelas duas maiorias são meramente aritméticas, não são maiorias políticas convertíveis em coligações governamentais. Digo que não são convertíveis em coligações, não óbviamente porque tal não seja possível em teoria, mas porque para que uma coligação possa funcionar tem de haver um nível mínimo de confiança entre os coligados, o que claramente não existe, e não poderá existir no futuro mais proximo, nem na maioria de esquerda, nem na maioria pró-Euro. E todos sabemos que essa confiança não se estabelece de um dia para o outro, por decisão Presidencial, ou pelas saudades de poder de João Soares.
Os inúmeros exemplos europeus de coligações com vários partidos, têm origens históricas completamente diferentes das nossas, são países onde normalmente existem quatro ou cinco partidos centrais, que ao longo dos tempos se têm aliado de diversas formas, e em que, portanto, todos os acordos são possíveis.
A nossa história é a de três partidos centrais e dois outros contra o sistema. As coligações seriam bem mais fáceis em Portugal se os nossos 70% pró-Euro, os tais "centrais", estivessem distribuídos por quatro partidos em vez de três, na prática tenderia a haver acordos em que um ou dois partidos ficariam de fora, quase que de forma "rotativa".
Para bem ou para mal, também a possibilidade da solução tipo Bloco Central, está afastada, pelo menos na actual conjuntura e com os actores de serviço.
A somar àqueles problemas temos o facto de Portugal estar numa situação económica e financeira muito grave, embora não suficientemente grave para justificar um governo de "Salvação Nacional", o que torna muito mais perigosa qualquer tipo de "experiência". Não é tempo para amadorismos, invenções ou experiências.
Neste contexto não se pode querer estabilidade e durabilidade, qualquer tentativa de durabilidade levará a uma coligação contra-natura, pelo que resta procurar a estabilidade.
Vamos ano a ano, entretanto muita coisa pode mudar.
Até pode ser que venhamos a ter quatro partidos centrais, mais cedo do que se espera...

quarta-feira, 7 de outubro de 2015


A CAMPANHA OCIDENTAL DE PUTIN
Não, não se trata de uma campanha militar (pelo menos para já!), trata-se de uma operação de confusão da opinião pública ocidental, que já começou há algum tempo mas que a partir da intervenção russa na Síria tem vindo a crescer.
Ao contrario da maioria dos ocidentais não sou Putin- fóbico, acho mesmo que o Ocidente tem muita culpa na deterioração do relacionamento internacional no que respeita à Rússia.
Foi aquela deterioração que acabou por gerar as difíceis situações em que estamos, na Ucrânia, na Síria, na Líbia, nas ondas imigrantes, etc. Problemas esses que ainda não sabemos até onde irão, e que poderão ficar totalmente fora de controle.
Farto de ser constantemente flagelado dentro da Rússia por ONGs diversas, todas elas totalmente "independentes", e dedicadas às melhores e mais diversas causas humanitárias, Putin tem vindo há já bastante tempo a montar uma rede de comunicação no Ocidente com o fim de "devolver" o bom tratamento que tem recebido da comunicação Ocidental.
Em alguns países a Rússia já comprou mesmo alguns jornais, mas o meio privilegiado de intervenção tem sido a internet e as redes sociais. Apenas agora essa "rede" começou a produzir informação em quantidade, embora eu julgue que estamos apenas numa fase de teste de várias experiências, e ainda não dentro de uma campanha totalmente estruturada.
Quem esteja atento, tem reparado nas diversas novas newsletters de origem desconhecida dedicadas à geopolítica, assim como de notícias nas redes sociais, entre o totalmente forjadas e as apenas muito parcialmente verdadeiras.
No Facebook, hoje foi um dia rico para os "exercícios" desta campanha, lembro-me de três, mas certamente houve muito mais:
- Obama vira o púlpito onde está a falar e sai porta fora (totalmente fake)
- A força aérea chinesa junta-se à russa nos ataques na Síria (igualmente fake)
- Os ataques russos resolveram a questão em três dias, o que o Ocidente não fez em mais de um ano (no mínimo uma divagação)
Tempos interessantes, vamos ver se não demasiado perigosos.

sexta-feira, 2 de outubro de 2015

COSTA DEMITE-SE?
Demitir-se porquê, depois de uma vitória tão difícil contra a direita? Vitória clara porque para a direita apenas a maioria absoluta servia, sem ela que vai fazer essa direita?
Todos sabem como ele se esforçou nesse combate desigual que foram estas eleições, todos sabem da sua garra, da sua disponibilidade, da sua vontade, de servir o país e o partido.
Agora é tempo de o partido decidir se o quer no Parlamento a continuar a sua luta contra a direita, o que fará com o mesmo espírito de combate e de serviço que tem tido até aqui. Ou se, em alternativa, o partido o quer como candidato presidencial, onde com a sua longa experiência, tem todas as condições para ser um candidato vencedor, numas eleições que não estão inquinadas à partida como estas estavam.
Cabe ao partido decidir onde ele poderá ser mais útil. Como sempre, ele estará disponível para se empenhar totalmente em qualquer batalha que lhe seja atribuída, com o mesmo espírito de serviço ao país e ao partido, com humildade, com energia, e com disponibilidade total para todos os combates

quinta-feira, 1 de outubro de 2015

CONTRA A EUFORIA
Há alguma garantia? Já se ganhou alguma coisa? Mesmo que a coligação vença, o problema fica resolvido?
Eu sei que as sondagens têm sido sempre positivas, sei também que o PS tem tido uma estratégia suicida, sei ainda que já faltam apenas três dias.
Mas será este o tempo de euforias e festa? Não será que este é o tempo crucial para o "sprint" final? É preciso ganhar indecisos, é necessário convencer hesitantes, é imprescindível mobilizar "preguiçosos".
Se o PS não tivesse radicalizado a sua posição, uma "boa maioria" seria suficiente, o país poderia ser gerido por dois ou três anos com base em acordos inter-partidários, mas com a radicalização do PS isso será impossível.
Ou a coligação vence com maioria absoluta, ou iremos entrar de imediato num período de grande instabilidade, que é exactamente aquilo que o país não pode ter neste momento.
A maioria absoluta da Coligação, que noutro contexto poderia ser dispensável, foi tornada uma necessidade imprescindível pela actuação do PS.
É agora necessário o esforço final, só com ele a vitória será conseguida. Apenas esse esforço poderá garantir que o país não vai rapidamente entrar em forte instabilidade institucional.
Deixem a festa para depois.