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quinta-feira, 8 de outubro de 2015


PORQUE COSTA NÃO FOI O VENCIDO/VENCEDOR?

(Ou o discurso que Costa não fez na noite eleitoral)
Camaradas!
Em 1º lugar quero agradecer a dedicação e o esforço que todos no Partido puseram nesta campanha. A todos o meu eterno obrigado.
Em 2º lugar quero cumprimentar a Coligação, e os partidos que a constituem por terem sido a força política mais votada.
Em 3º lugar quero assumir pessoalmente inteira responsabilidade pela derrota de hoje. Não atingimos os nossos objectivos e o único responsável de isso ter acontecido fui eu.
Por último e mais importante, não posso deixar de destacar a leitura que faço dos resultados eleitorais.
Para além do facto de a Coligação de direita ter sido a força política mais votada embora sem maioria, é clara a existencia de uma maioria de esquerda com mais de 62% dos votos.
Esta maioria resulta para já apenas de um exercício aritmético, não corresponde a uma maioria política, e a nossa história tem demonstrado a dificuldade de passar de uma a outra.
No entanto, o PS, como a maior força da esquerda portuguesa, tem o dever moral de tentar construir essa maioria política, mesmo sabendo da sua improbabilidade e das dificuldades de um processo desses.
O PS nunca deixou de assumir as suas responsabilidades com o País, com o povo português e com os nossos ideais de esquerda, e continuará a fazê-lo.
(Aí suponho que a sala já estaria a aplaudir de pé)
Mas não julgue ninguém que nos poderá utilizar apenas para nos desgastar e nos abandonar nos momentos difíceis da governação, o PS não servirá nunca de mero trampolim para as ambições de quem quer que seja.
Antes de qualquer negociação, o PS deixa desde já bem claro que não abdica de nenhuma das suas responsabilidades no quadro europeu, no que respeita à moeda única, à dívida pública, ou aos tratados europeus. O PS orgulha-se de ser um pilar da construção europeia, com os seus acertos, falhas e correcções e não será nunca um factor de instabilidade desse grande projecto.
Também para nós é claro que qualquer acordo à esquerda, apenas poderá ser estabelecido com base no programa de governo apresentado pelo PS ao eleitorado.
Portanto só poderá existir uma maioria de esquerda, no quadro das nossas responsabilidades no ambito europeu e no enquadramento do nosso programa de governo.
Assim, manifesto desde já a minha disponibilidade para negociar com o PCP e o BE, um acordo para a formação de uma maioria política de esquerda, que respeite o quadro que descrevi.
O PS dedicará toda a proxima semana a essas negociações se tal for necessário. Após o que, caso não haja sucesso, o PS assumindo as suas responsabilidades de grande partido português, estará então, e só então, disponível para viabilizar um governo da Coligação.
O PS nunca será uma força de bloqueio, temos demasiada história e sentido das responsabilidades para o poder fazer.
Nunca alinharemos em coligações negativas.
Ou a esquerda tem capacidade para estabelecer uma maioria política construtiva, ou não iremos brincar às maiorias.
Mas deixo desde já à Coligação o mesmo aviso que deixei ao PCP e ao BE, o PS não servirá de trampolim para ninguém, o PS assumirá as suas responsabilidades como sempre fez, mas não será nunca usado para benefício de outras forças, ou de outros ideais.
Hoje é um dia histórico, que abre caminho a tempos menos sombrios dos que aqueles que temos vivido.
VIVA PORTUGAL!
VIVA O PS!
(Aí, suponho que Costa teria sido levado em ombros.)
(Porque Costa não fez isto?)

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