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segunda-feira, 17 de agosto de 2020


MAIS ARTISTAS EM SITUAÇÃO DIFICIL?

A bem conhecida dupla, Costa (malabarista) e Marcelo (beijoqueiro-selfista), parece estar a começar a antever tempos complicados.
Diz-se que o seu publico, esmagado pela crise economica, se está a desinteressar dos seus espectaculos, deixando aqueles artistas em situação dificil, tudo isso agravado pelo espanto de um pais que de novo arde intensamente.
Não se prevê que as coisas possam melhorar nos próximos tempos, antes pelo contrario, tudo leva mesmo a crer que elas só irão agravar-se, com a degradação da situação economica e social.
Há quem defenda que a dupla poderá ainda reinventar-se, protagonizando novos números, que tragam de volta o seu público, ou pelo menos parte dele, no entanto, a maioria dos especialistas da área do espectaculo, pensa que tal será dificil, face à aparente falta de maleabilidade artística dos seus componentes.
A situação é mais delicada para Marcelo, que terá proximamente de renovar a sua carteira profissional, o que, ao contrario do que se previa, parece vir a defrontar dificuldades significativas.
Caso se confirmem aquelas dificuldades para a renovação da carteira de Marcelo, os problemas agravar-se-ão também para Costa, que dificilmente conseguirá continuar uma carreira a solo, ou encontrar novo parceiro.
Tempos dificeis para a dupla, fala-se até na promoção de uma tombola gigante que distribua muito dinheiro entre o seu publico para o reconquistar, operação essa que os analistas políticos e económicos consideram tambem de dificil execução e eficacia.
Entretanto, a ministra da Cultura continua absorta no saborear do seu "drink", pelo que daí também não advirão apoios para mais estes artistas.
Difíceis vão os tempos, dificeis e quentes, demasiado quentes, ainda não tanto como no Líbano, mas por este caminho lá chegaremos.
PS - Apesar do que digo acima, penso que o melhor que poderia acontecer ao país no curto prazo, seria que estes dois "artistas" quisessem e conseguissem reinventar-se, porque o que o país precisa não é claramente de dois habilidosos que passam o tempo a competir na procura de popularidade, em lugar de se concentrarem no que tem de ser feito.


A CAÇADORA DE BALEIAS


Quando há quase 50 anos conheci o Funchal o que achei de mais curioso foi a "tropicalização" da arquitectura tradicional portuguesa, tropicalização essa de que depois vim a conhecer uma 2ª versão, essa já no no Brasil, onde ela ainda hoje está presente um pouco por todas as cidades mais antigas, mas sobretudo em Paraty e nas cidades mineiras do Ciclo do Ouro.
Muitos anos mais tarde, quando conheci Angra do Heroísmo o choque foi ainda mais forte, Angra é Ouro Preto, ou talvez melhor, Ouro Preto é Angra.
Angra é mais antiga, maior e melhor conservada, e ao contrario da continentalidade de Ouro Preto, ela estende-se monte abaixo numa baía de mar aberto, voltada para o Atlântico Sul.
Foi nessa baía de Angra que então conheci a tal "Caçadora de baleias", como eu costumava chamar-lhe. Embora ela negasse qualquer ligação aos antigos caçadores, e dissesse chamar-se Amélia, eu gostava de a imaginar como descendente de uma ilustre linhagem de baleeiros, pelo que para mim ficou para sempre a Caçadora de baleias. Inicialmente, a dita caçadora interessou-me sobretudo como um fenómeno de tropicalização diferente, desta vez não da arquitectura mas da mulher portuguesa.
Na verdade a minha caçadora era claramente uma minhota tropicalizada, daquelas que só é possível encontrar em Minas Gerais, porque no resto do Brasil as misturas são já muito diversificadas,
Sem o lado estrionico de uma Carmen Miranda, um fenómeno único e extraordinário de tropiclização acelerada, a minha Caçadora de baleias era também um fenómeno claro de, pelo menos, alguma sub-tropicalização, que eu nunca notara nas Madeirenses, talvez porque em tempos anteriores, a falta de liberdade dos costumes ainda o escondesse.
Era mais alta e magra que a minhota "média", tinha uma desenvoltura física, uma leveza e uma informalidade, que eu rapidamente atribuí à dita tropicalização e foi assim que comecei a ficar fascinado por ela.
O dia seguinte a conhecê-la, foi o dia da saída para o mar, foi então que vi a incansável concentração com que ela a todo o tempo perscrutava o mar à procura de sinais que lhe permitissem identificar a zona com maior probabilidade de encontrar uma baleia, um cachalote, uma orca, ou até apenas, alguns golfinhos para entreter os turistas.
Ao vê-la olhar o mar de forma tão fixa, procurando sinais naquela ondulação onde nós nada víamos, o meu amor por ela foi crescendo, de tal forma que quando voltámos para terra, eu estava já completamente apaixonado.
Tenho que confessar aqui que o meu amor era em parte interesseiro, se ela tinha uma tal capacidade de concentração para olhar aquele mar, poderia certamente ser-me extremamente útil para olhar as ondas dos gráficos do mercados financeiros, poupando-me assim a essa monótona e fastidiosa tarefa.
Foi por isso que convenci a caçadora de baleias a jantar comigo para lhe explicar o potencial da ganho da actividade que lhe propunha, essa tarefa foi bem mais difícil do que eu supusera, a aventura das gráficos parecia não a inspirar, mesmo assim, as nossas negociações foram alargando o âmbito, pelo que, todos os dias, desde que o barco atracava até à manhã do dia seguinte, quando ele partia, as nossas negociações foram-se tornando cada vez mais intimas, embora não muito mais produtivas.
Tudo o que consegui foi o compromisso de que em Outubro daquele ano ela iria ter comigo a Cascais, onde por um mês ela tentaria compreender o que eu de facto pretendia.
Assim foi, passados dois meses, sem qualquer hesitação ou artificio, ela chegou ao aeroporto de Lisboa, onde a fui buscar.
Eu continuava apaixonado e ela ia-se adaptando a ficar horas seguidas a olhar ecrãs com gráficos e até parecia talhada para o trabalho, mas conforme o tempo ia passando, embora estivesse cada vez mais segura das suas tarefas, parecia crescentemente melancólica.
Não sei se era a troca das ondas do mar pelas dos gráficos que que não resultava, se a falta do balancear do mar, ou apenas a falta da ilusão do grande horizonte, fosse o que fosse, o nosso amor parecia afundar-se nas ondas dos meus gráficos.
Ainda fizemos uns dias de ferias sem gráficos, mas o encanto já se quebrara. Ela voltou para Angra e para o seu mar, eu fiquei de a visitar logo que tivesse oportunidade.
Voltei a Angra uns meses depois, ao principio tudo parecia perfeito de novo, mas a certa altura tornava-se necessário tomar decisões, fazer escolhas, tudo demasiado difícil e complicado. As mulheres mais novas têm destas coisas, e mais uma vez não deu.
Da última vez que nos encontrámos, cerca de um ano depois, apenas nos abraçámos, num longo e terno abraço (julgo eu), enquanto lhe beijava o pescoço, disse-lhe apenas "tás cada vez mais bonita" e ela simpaticamente devolveu "e tu cada vez mais burro" (na verdade ela disse burre, mas como meu vasto conhecimento da pronuncia local, eu compreendi que ela me achava um asno).
A tropicalização tem destas coisas.
Agora, quando voltei a Angra, já não a procurei, o mais natural é que com o passar dos anos e o consumo de batata doce, a minha Caçadora de baleias seja nestes tempos apenas mais uma matrona angrense, já des-tropicalizada, pelo que, na salvaguarda da minha melancólica e eterna paixão, achei melhor assim.
PS - o mar de Angra e o calor húmido, têm em mim um certo efeito psicadélico, o tempo, o real, o espaço, o imaginário, misturam-se de forma estranha, na verdade já não sei bem se, quando, onde ou como.



E SE ??
Marcelo RS - 50%
Ana Gomes - 25%
A. Ventura - 25%
Não se trata de uma previsão, impossível a esta distancia e quando ainda nem sequer se conhecem todos os candidatos.
Isto é apenas uma hipótese teórica, que julgo interessante para se ir pensando.

quarta-feira, 5 de agosto de 2020


A TEMPESTADE DE SAIAS E A ESPANHA

Foi ela, a tempestade encarnada em Corina, que afundou Juan Carlos, apesar de toda sua longa experiencia de velejador, feita de muitos mares e muitas saias.
Ela foi a tempestade perfeita, aquela em que todos os astros se conjugam para que os homens nada possam fazer e a que todos acabam por sucumbir.
Para Espanha tudo isto foi e é dramático, para nós e para os seguidores mundiais das "Holas", trata-se apenas de uma curiosidade, ideal para amenizar e animar esta silly-season, tão sem graça, por graça do COVID.
A Juan Carlos restam agora duas possibilidades, continuar a "gozar a vida", dentro das suas limitadas possibilidades, ou, alternativamente, concentrar todos os seus últimos esforços na procura de resgatar a sua imagem, para bem de Espanha, da monarquia e da sua paz interior.
Não sei por onde ele irá, a versão "oficial" é que vai apostar tudo na recuperação do seu prestígio, seria bom que assim fosse, apesar de se tratar de um projecto bastante dificil.
Se optar pelo caminho "bom", é evidente que terá de optar pela modestia de comportamente, como base sobre a qual ele poderá começar a construir uma nova imagem, sempre por via de pequenos passos, qualquer tentativa de dar um salto repentino poderá acabar em desastre.
Nesta via sacra Juan Carlos vai precisar de apoios muito consistentes, já não tem tempo para deslizes.

terça-feira, 4 de agosto de 2020



JUAN CARLOS NO ESTORIL?

Duvido, duvido muito.
Quando Juan Carlos era criança o Estoril era uma estancia importante, mesmo a nível mundial e cheia de cabeças coroadas, numa Europa em guerra ou recém saída dela.
Esse Estoril já não existe, ou melhor, o mundo é que é outro e por isso a importância da antiga estação de veraneio afundou de forma vertiginosa.
Na verdade o Estoril/Cascais de hoje (que eu adoro), é uma área suburbana da grande Lisboa, onde, como por todo o lado, abundam os crimes paisagisticos e arquitectonicos, mas que, apesar disso, lá vai conseguindo manter parte do "charme" do passado, não se sabe por quanto tempo.

Na realidade, para o "jet-set mundial" o Estoril é apenas uma curiosidade onde se pode comer bom peixe, olhar o mar, ver o casario e algumas casas apalaçadas que ainda vão sobrevivendo e depois partir para lugares mais sofisticados e com mais "gente conhecida"..
Claro que existem estrangeiros que poderiam viver em qualquer lugar do mundo e que preferem a pacatez da terra e a simpatia da nossa gente, mas esses são aqueles a quem o circulo dos grandes do mundo não atrai, portanto uma pequena minoria de entre eles.

Para Juan Carlos,  voltar ao Estoril seria bom se isso significasse viajar no tempo, mas, além de isso  não ser possível, o seu regresso funcionaria exactamente ao contrario, olhar para os seus velhos amigos seria bem pior que olhar-se ao espelho, as imagens deles seriam a prova indiscutível e constante da propria decadência.
Também o ambiente geral seria deprimente, os estragos na paisagem, o patrimonio destruído,as casas que lhe pareciam enormes e que hoje seriam modestas, assim como um pouco tudo o resto, os barcos, os aviões, etc e o próprio estilo de vida

O que perdeu Juan Carlos foi o ter entrado no círculo dos grandes do mundo, onde ele era o "pobretão" do grupo, e onde cada dia que passa fica mais dificil resistir às tentações sem fim e crescentemente irresistíveis.
Perdido por um, perdido por mil. Porquê recolher agora à vida modesta, provinciana e "quase monástica" da Costa do Estoril?

segunda-feira, 3 de agosto de 2020

AS MULHERES TÊM UM PLANO MAQUIAVÉLICO PARA DOMINAR O MUNDO, VOTAM SEMPRE NOS PIORES DOS HOMENS, ENQUANTO NÓS VOTAMOS NAS MELHORES DELAS

ATÉ ONDE VAI CHEGAR O CHEGA?

A resposta é fácil, até onde o governo do PS, o Presidente da Republica, o políticamente correcto, a corrupção e a crise económica o levarem.
O governo pelo seu malabarismo constante, o Presidente porque o seu único projecto se esgotou, o dos afectos..
Diz-se que a corrupção "come" 10% do PIB, coisa que não preocupa mínimamente o governo, que, como todos os anteriores, nada faz de sério para a controlar.
O dinheiro que virá da Europa poderia ser muito importante para ajudar o país a dar um grande salto qualitativo, mas, muito mais importante ainda, seria finalmente controlar a corrupção.
Sem resolver o problema da corrupção, aquele dinheiro servirá apenas para engrossar os negócios corruptos e agravar ainda mais a situação do país.
Em Outubro passado escrevi aqui sobre o Chega, o seu líder e o grande potencial eleitoral dos dois, mas agora, com todas as grandes ajudas que lhe têm sido oferecidas pelos seus opositores, esse potencial vai aumentando todos os dias.
Dizia eu na altura, que Ventura era ainda um "líder em construção", julgo que continua a sê-lo, mas apesar disso já foi muito longe.
É previsível que Ventura "cresça" muito como líder nos próximos tempos, a sua decisão de sair do Parlamento foi apenas um primeiro passo, para essa nova fase da sua liderança.
As próximas presidenciais serão umas das mais importantes de sempre, devido essencialmente ao momento delicado em que se vão realizar.
Será Marcelo capaz de se reinventar?
Quanto a Ventura, há muito que para mim era evidente que nas presidenciais ele poderia rondar os 15%, agora parece que facilmente os poderá ultrapassar.
E Ana Gomes? Vai apresentar-se ou não? Com que discurso? Ela poderá também vir a ser um elemento decisivo destas presidenciais.
Desta vez as presidenciais não serão um passeio para Marcelo, qualquer grande maioria me parece impossível, julgo que até mesmo uma vitoria curta poderá vir a estar em causa.
A imagem pode conter: 1 pessoa, texto que diz "E CHEGA"


AS MELHORES 200 PAGINAS PARA COMPREENDER O SÉC XX PORTUGUÊS
(TRÊS RETRATOS, SALAZAR, CUNHAL E SOARES)


Embora não concorde com muitas das "teses" de Antonio Barreto, julgo ser brilhante o facto de ele conseguir condensar tanta informação em tão pouco espaço, sem nunca ser maçudo, conseguindo sempre prender o leitor.
A Historia está constantemente a ser relida e refeita, quando isso acontece em ambiente democrático, esses processos levam sempre a que nos aproximemos mais da "verdade", mesmo que por pequenos passos.
Esse progresso acontece porque a quantidade e qualidade da informação disponível vai aumentando com o tempo e, por outro lado, a visão dos observadores vai ficando menos toldada pelos sentimentos pessoais, tudo isso ao mesmo tempo que a historia comparada se torna também mais fácil, possibilitando a melhor contextualização dos acontecimentos.
Livro indispensável para quem goste de "pensar Portugal"