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sexta-feira, 5 de fevereiro de 2016



ONDE ESTÁ VITÓRIA DE COSTA ??!!
Como expliquei no texto de ontem, o Orçamento seria aprovado, porque formalmente ele preenchia os requisitos mínimos. Para mais, já depois de eu ter publicado aquele texto, Costa ainda fez mais concessões a Bruxelas, pelo que não havia como não o aprovar. Mas a questão não é essa.
O que importa saber é:
- Bruxelas acredita de facto na exequibilidade do orçamento proposto?
- O governo vai conseguir conter a despesa pública dentro dos valores anunciados?
- O governo vai atingir a receita prevista com as medidas apresentadas?
- Este orçamento, conjugado com as outras medidas que o governo tomou e vai tomar, é bom para a economia ou vai levar-nos à estagnação total?
Na minha opinião este orçamento é uma manta de retalhos, e portanto tecnicamente mau no seu conjunto.
Acho mesmo que tudo isto é apenas uma ficção paranoico-esquizofrenica, e que os "médicos" de Bruxelas se limitaram a dar a oportunidade aos loucos locais para fazerem a sua "pequena experiencia", na esperança de que aprendam com os resultados que vão obter. Claro que, como todos os loucos, nada vão aprender e lá para o final do ano Bruxelas terá que fazer exigencias sérias antes do desastre total.

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2016



O ORÇAMENTO DE COSTA/CENTENO
NEM "TIA", NEM MULTIPLICADORES.
APENAS TEATRO

É evidente que Bruxelas pode aprovar o Orçamento proposto pelo governo embora saiba que ele não vai ser cumprido.
Primeiro porque formalmente ele é "aprovável", dado que apresenta gastos adicionais de 1.050 milhões de euros, que na verdade são apenas 750 milhões porque 30% daquele valor retornará ao estado por via directa de IVA, IRS e outros impostos e taxas. Para cobrir esses 750 milhões Bruxelas aceita que o governo "arranje" apenas mais 675 milhões em aumentos de impostos e a criação de novos. Bruxelas está assim a dar uma "borla" de 75 milhões ao governo, mesmo sabendo que nada disto será cumprido.
E não será cumprido porque o governo terá muita dificuldade em recolher os tais 675 milhões onde ele diz, e mais cedo ou mais tarde irá apresentar de novo a conta à classe média, através do IVA, IRS, IMI, e outros.
Além disto, todos sabemos que para além daqueles 1.050 milhões existem outros tantos não assumidos, escondidos nas 35 horas, nas benemerências na educação, na saúde, na reversão de concessões, nas reivindicações das EP's, e um pouco por todos os ministérios. A soma destes dois efeitos levará o buraco de 2016 bem para além dos 1.000 milhões.
E para o ano de 2017, já não contando com novas "generosidades", podem desde já somar-se mais mil milhões, que advirão do simples custo adicional das medidas tomadas em 2016 com efeitos aumentados em 2017.
Sonhar que existirá um efeito positivo por acção dos multiplicadores, é mesmo só sonho, ou simples fraude intelectual. Quem vai investir e contratar pessoal no quadro que se criou de incerteza das regras laborais? Com a actual carga fiscal? Com a instabilidade fiscal total? Com a Intersindical em rédea solta? Com uma Frente Popular no poder? Com o previsível aumento das taxas de juro para financiamento? Estamos a brincar?
Centeno gosta de pensar que está a governar com o programa do PS, que era um programa que continha alguns riscos, mas que poderia fazer funcionar os tais multiplicadores. Mas a verdade é que não está, a sua pressa de ser ministro levou-o a aceitar gerir um programa que é apenas uma manta de retalhos,de uma Frente em fuga (para a frente).
Como sempre disse, o primeiro semestre de 2016 seria uma festa (aliás esperava melhor), o segundo seria tempo de começar a explicar a Bruxelas porque é que a realidade se recusa a aceitar o programado, no final do ano já ficará claro que o buraco adicional já vai acima de mil milhões e que se nada se fizer será de mais dois mil milhões em 2017.
Aí, Bruxelas, dar-nos-à a escolher, entre a porta da saída e um Orçamento draconiano para 2017.