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quarta-feira, 25 de novembro de 2015


PROVOCAÇÃO A CAVACO?

Apesar da qualidade das pessoas propostas não consigo compreender a proposta de ministério de Costa. Tratar-se-à apenas de uma provocação gratuita ao PR?
Um ministério com pai e filha, marido e mulher, parece ser uma coisa de governo africano. Era indispensável? O PS não tinha ninguém que pudesse substituir dois destes propostos?
A proposta para ministra da Justiça faz algum sentido? Não existem já problemas suficientes com Angola para corrermos o risco de arranjar mais alguns? Também aqui não é a qualidade da Senhora que está em causa, mas apenas o bom senso.
Por último, e menos grave, os Estrangeiros, mais uma vez a qualidade política e a inteligencia do proposto não estão em causa, mas era necessário propor para chefiar a nossa diplomacia o assumido "caceteiro-mor" do PS?
Não sou cavaquista e, como tenho escrito, não penso que ele tenha sido um bom presidente, em especial neste segundo mandato, e com destaque para este final, mas isso não justifica provocações sem sentido.
Qual o objectivo desta provocação quase que infantil?

domingo, 22 de novembro de 2015


A FUGA PARA FRENTE DE HOLLANDE

Hollande realmente nunca deixa de nos surpreender. Apesar do seu ar de piguinzinho saltitante, ele já provou uma enorme habilidade política e uma adaptabilidade total às circunstancias, isto para além da sua competencia como predador amoroso (para não dizer sexual). Agora vem a afirmação tronitante do seu caracter guerreiro.
O que leva o habilidoso Hollande a meter-se nesta aventura? Era indispensável neste momento ter tomado a iniciativa que tomou, fazendo relembrar Bush filho? Não teria sido melhor pesar com mais tempo e mais sangue frio, esta e outras possibilidades?
Tudo leva a crer que teria sido melhor esperar. Então porque é que Hollande, um homem de esquerda, desde sempre crítico de todo este tipo de movimentos, decide avançar? Os animais políticos têm destas coisas, são os votos, é a afirmação da autonomia francesa, são os interesses da industria, etc
É sempre "la Grandeur de la France", que com ou sem De Gaulle, continua a valer votos à esquerda e à direita, É o pânico e a necessidade de mostrar trabalho e capacidade de decisão. São os interesses da industria bélica francesa. É tambem a possibilidade de um sopro de aquecimento da economia. E, "last but not least", é a garantia de uma folga na pressão dos homens de Bruxelas.
Perante isto tudo, contra tudo o que ele e os seus companheiros, sempre pensaram e pregaram, Hollande decidiu avançar.
Estas escaladas militares sempre me assustaram, tanto as desencadeadas por governos de direita como pelos de esquerda, mas enquanto faz parte do ADN da direita o estudo da guerra, esse tema está longe de ser uma preocupação das esquerdas ocidentais, pelo que se trata de assunto sobre o qual elas sabem pouco e em que, com facilidade, caiem em erros maiores.
Dir-se-á que o maior erro dos últimos tempos foi o Iraque de Bush, é verdade, e também é verdade que à esquerda apenas Blair o apoiou. Não pretendo dizer que a direita não faz erros nesta área, mas apenas que o risco de a esquerda os fazer é igual ou maior, veja-se o caso do Vietname.
A comprovada habilidade de Hollande não está em causa. Para bem de todos nós esperemos que isso chegue.

sexta-feira, 20 de novembro de 2015



PEDIDO AO PRESIDENTE

Senhor Presidente
O primeiro mandato de Vª Exª não foi brilhante, o segundo tem sido bastante desastrado, para dizer o mínimo.
O senhor tem gerido dossiers importantes de forma altamente discutível, mas o mais grave, tem sido a maneira como tem comunicado com os portugueses. O Senhor tem-no feito de tal modo que, mesmo quando tem razão, não convence os seus apoiantes, e provoca inutilmente os seus opositores, acabando apenas por contribuir para o mal estar geral, exactamente o oposto do que seria necessário e desejável.
Por isso lhe peço, que na próxima alocução que faça ao país não esqueça os seguintes aspectos:
-Todos sabemos que o Senhor é um catedrático importante, mas por favor não nos trate como sendo meros alunos, mais ou menos atrasados mentais, do mestre-escola
- Também todos sabemos que o Senhor é muito inteligente, que nunca se engana nem tem dúvidas, que já sabe tudo, que já estudou todas possibilidades há muito tempo, e essas coisas todas que o Senhor gosta de dizer. Mas como o Senhor não é o menino Tonecas, não precisa de estar sempre a lembrá-lo, por via das suas palavras e da sua postura. As nossas limitações não têm de nos ser relembradas a cada momento, Senhor Presidente.
- Se for capaz diga humildemente aos portugueses que atravessamos um momento difícil, e que o senhor, sem preconceitos, nem arrogância de qualquer tipo, está à procura da melhor solução para o país, que nos últimos anos já tanto sofreu.
O país não precisa de um Presidente importante e muito inteligente que fale grosso, o país precisa de um Presidente que nos convença que está preocupado com todos nós, que procura as melhores soluções e que tem confiança que em conjunto as encontraremos.
Mais cedo ou mais tarde, todos precisamos de colo. Para além disso, o Senhor precisa de não sair de Belém como o pior PR da nossa história.

PS - Já agora, se possível, não faça mais daqueles discursos infindáveis e com repetições diversas.


ACORDO? QUAL ACORDO? ESTAMOS A BRINCAR?
Todos sabemos que a Frente não tem acordo nenhum, primeiro dizia que tinha e não tinha nada, depois, à pressa e às escondidas, lá assinou três papeis, e dizem agora que têm um acordo.
Três papeis em que se evitam todos os temas polémicos e onde se acordam meia dúzia de pontos, não são mais do que um simulacro. Um simulacro não de um, mas de três acordos.
Nunca fui dos que agitou a ilegalidade ou ilegitimidade de um governo da Frente, só que para que essa legitimidade exista, tem no mínimo de existir um Acordo, público, claro, e garante mínimo de alguma governação, estabelecido e assumido por todos os participantes.
Como é que pode vir o PCP dizer que não sabe como irá votar a proposta orçamental do PS para 2016? Estamos a brincar?
Ninguém pode exigir à Frente que garanta estabilidade por quatro anos, mas já o primeiro orçamento está em dúvida??!!
O PS colocou-se numa posição de total dependência dos radicais, por este caminho dar-lhes-à tudo quanto quiserem,apenas para ser governo, mesmo correndo o risco de deixar o país no caos.

quinta-feira, 19 de novembro de 2015



OTELO, SUVs, FPs, VOLTEM, VOLTEM TODOS !!!

(AFINAL FOI ENGANO)

Com as suas novas amizades o PS inviabilizou hoje uma simples homenagem ao 25 de Novembro, no âmbito da Assembleia da República.
O PS diz que o seu governo será um governo dele, orientado pelos seus princípios, e que os acordos pontuais que fez com o PCP e BE, não porão nunca em causa nem o regime, nem a nossa integração internacional.
Como acreditar nisso se os seus parceiros todos os dias falam em nacionalizações, reforma agrária, acções de rua, etc E agora, para confirmar que eles é que mandam no calendário e nas acções do PS, pura e simplesmente obrigam-no a faltar à sessão de trabalho para estabelecer a cerimónia comemorativa do 25 de Novembro.
O PS ainda nem sequer é governo e quem manda é já a malta que Eanes, Melo Antunes, Vasco Lourenço e tantos outros, tiveram de afastar em 1975.
Vai bem o país!

segunda-feira, 16 de novembro de 2015



MARCELO CANDIDATO À COROAÇÃO?

Compreende-se que Marcelo não queira ser refém dos partidos da centro-direita, que, para mais, também nunca o apoiaram de forma explícita. Um PR tem de mostrar capacidade de pôr sempre os interesses nacionais acima dos interesses, ou visões, dos grupos que apoiam a sua eleição. Mas Marcelo  também não pode ignorar donde poderá vir a grande maioria dos seus votos.
Apesar do imenso apoio de que dispõe à partida, Marcelo tem diversos problemas difíceis pela frente. Tem de se afastar da sua imagem de comentador, pelo que não pode continuar a falar sobre tudo e mais alguma coisa, o que tem conseguido fazer. Tem de se distanciar da imagem crispada e sectária de Cavaco, mas tem de o fazer com algum cuidado. Não pode deixar-se envolver pela direita mais "nervosa", mas tem de saber como não perder o seu apoio.
Marcelo decidiu fazer uma campanha de "one man show". Fez o lançamento num ambiente bucólico-campestre, invocando as suas raízes. Não entrou no jogo das listas de individualidades apoiantes, com apresentação formal num qualquer ambiente cosmopolito-cultural, como é habitual. Em Lisboa escolheu para o seu primeiro comício a Voz do Operário, o que deixou muita gente nervosa. Últimamente tem visitado todas as pequenas instituições de caracter social possíveis, fala com criancinhas e velhinhos, como se tivesse todo o tempo do mundo.
Pergunta-se, Marcelo quer ser eleito ou aclamado?
É que a aclamação vai ser difícil, nos tempos que correm. Isto mesmo que Marcelo, nas suas visitas, nos possa fazer lembrar D.Pedro V, o rei cuja morte precoce marcou o princípio do fim da monarquia.
Será que os salões de Vila Viçosa estão a perturbar Marcelo? A originalidade em política, não sendo forçosamente uma coisa má, tem um valor relativo, como o seu mergulho no Tejo fará lembrar.
Marcelo tem tudo para ser o novo Presidente, mas tem também a capacidade para estragar essa oportunidade.

domingo, 15 de novembro de 2015



A ESTUPIDEZ DA EUROPA

Derrubaram Kadhafi sem saber o que fazer a seguir.

Destruíram a Síria, por ação e omisão, para derrubarem um dos poucos estados laicos da região. Outra vez sem saber o que faziam.


São amigos íntimos da Arábia Saudita e dos Estados do Golfo, que financiam todo o fanatismo religioso muçulmano.

Não controlam os emigrantes radicais que têm dentro de casa, nem a entrada de novos.

Julgam imprescindivel às suas sociedades, o apoio declarado ao humorismo contra os fanáticos, seja qual for o preço a pagar, por quem quer que seja.

Espantam-se que o apoio à Srª Le Pen continue a crescer.

Haverá becos com saída?

domingo, 8 de novembro de 2015



PORQUE VAI SER UM DESASTRE
Ao contrario do que tem sido dito pela direita o problema não é o de uma hipotética ilegitimidade, imoralidade, ou até ilegalidade de um governo da Frente de esquerda. O problema é o seu programa.
A coisa à primeira vista até está bem disfarçada, pode mesmo parecer que se trata apenas de uma pequena adaptação do programa do PS. De facto não se trata de nada disso, na verdade converteu-se um programa que continha alguns riscos de gastos excessivos, que poderiam vir a ter de ser "resolvidos" posteriormente, num outro programa em que àqueles riscos se veio juntar o engessar da economia, e este é um mal que levará muito tempo a curar, e envolverá custos muito altos para o país.
Nem tudo é mau neste programa, a solução encontrada para o salário mínimo e as isenções temporárias de TSU, são muito melhores que o disparate que o PS se preparava para fazer.
Mas a idiotice de teimar na baixa do IVA da restauração, conjuntamente com a grande aceleração da reposição dos vencimentos dos funcionários públicos, e a eliminação total da sobretaxa do IRS, vão pesar muito no orçamento e levarão a aumentos das taxas de alguns impostos e à criação de outros, que muito provavelmente não irão originar receitas adicionais face à fadiga fiscal nacional. Ou seja, tudo leva a crer que vamos ter um exercício orçamental com um grande aumento da despesa, e cheio de receitas hipotéticas que nunca se concretizarão. Consequentemente, iremos de novo entrar em deficits excessivos.
Mas pior que tudo o que foi dito atrás será o engessamento da economia, o PCP, o grande vencedor desta manobra de Costa (que, como o outro, bem pode dizer orgulhosamente "paizinho, sou 1º ministro e salvei os teus camaradas"), ganhou em toda a linha. A reversão das privatizações na área dos transportes, o reforço da contratação colectiva, e a revisão da legislação laboral mais recente, levarão a que qualquer veleidade de vender Portugal como destino de investimento estrangeiro e nacional, não passe de um exercício inútil.
Este programa levará inicialmente a algum aumento do consumo privado, o que por si só será uma coisa boa, esperemos que apenas a um pequeno aumento do deficit comercial do país, mas as contas públicas irão derrapar e com elas a dívida pública, e ao mesmo tempo o investimento irá estagnar.
Já é indecoroso estar sempre a falar-se em novo resgate, mas que dentro de um ano a economia nacional será um molho de brócolos, disso não tenho dúvidas. A ver vamos.
PS
No texto acima eu falo em "manobra de Costa", mas de facto esta foi desde o início uma manobra do PCP. Deveria ter sido de Costa, se ele tivesse tido a inteligencia de lançar o desafio da frente de esquerda logo na noite eleitoral, aí ele teria controlado todo o processo, da forma como o fez acabou nas mãos do PCP.