PREOCUPANTE, PREOCUPANTE MESMO, É O DEFICIT ALEMÃO
Finalmente parece que toda a gente compreendeu que não pode haver união monetária sem união económica.
Só que parece julgar-se que união económica se resume apenas a ter uma força policial europeia especializada em questões fiscais, que vai detectar, processar e impedir de actuar todos os "estados criminosos" que não respeitem os orçamentos aprovados pela UE. Só que uma união económica reduzida a isso é apenas a garantia de uma Europa que, embora tentando ser cada vez mais rigorosa, se irá afundar cada vez mais numa espiral recessiva sem fim.
A existência de uma união económica tem de implicar uma política económica para a dita união, e isso quer dizer que na actual crise mundial se por um lado existem países europeus que têm de apertar os respectivos cintos e enfrentar recessões internas, por outro lado os países que têm situações financeiras mais desafogadas têm de deixar para depois o seu apertar de cinto, sob risco de apenas se mergulhar o conjunto europeu numa recessão dolorosa e interminável.
Vem isto a propósito da intenção alemã de limitar constitucionalmente o seu deficit a 0,35% do GDP a partir de 2016, o que por si só não seria preocupante atendendo a que 2016 está ainda longe, no entanto essa decisão não só vai implicar a imediata tomada de medidas recessivas como vai alimentar ainda mais o tradicional terror alemão em relação a deficits e inflação.
É certo que uma Europa envelhecida não pode continuar a acumular deficits para gerações futuras virem a pagar, gerações essas que parecem não existir, mas dar o passo para dispositivos constitucionais tão limitativos como aqueles de que agora se fala é claramente perigoso.
Ao contrário do que muitas vezes se diz não é imoral que a Alemanha obrigue os outros a apertar o cinto e ela o não faça, imoral e suicida é que ela numa altura destas também o aperte.
Será que entre a irresponsabilidade dos PIIGS e os fantasmas alemães a Europa se vai afundar?
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A desvalorização do euro, está a provocar a afinação que a economia europeia necessitava, tendo o exacto efeito da descida dos salários, pensões,...(nível de vida) que os europeus não tem coragem de efectuar.
ResponderEliminarQuanto ao mais tens toda a razão, só que os Alemâes, povo com o qual nem simpatizo particularmente, ~estão a dar sinais que começam a fartar-se da bagunçada dos sulistas.