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domingo, 15 de abril de 2012

RELVAS E A COMUNICAÇÃO DO GOVERNO

Relvas é sem dúvida o animal político por excelência, hábil, lutador, corajoso e bom comunicador, mas o facto de ser um bom comunicador político não o faz um bom porta voz de um governo na situação actual do país.

Relvas é um bom comunicador para a luta política, aí ele está em casa, mas o porta-voz de que o governo e o país precisam nada tem a ver com isso. O porta-voz que é urgente encontrar tem de ser alguém que consiga criar uma grande empatia com a população, alguém que consiga transmitir a ideia de preocupação efectiva do governo com a carga que as medidas que vão sendo tomadas implicam, e simultâneamente convencer as pessoas da sua inexorabilidade.

Mesmo quando Relvas tenta fazer esse tipo de discurso é claro que o não consegue, as suas tentativas de transmitir uma preocupação genuína com os problemas da população são quase um esgar que não transmite confiança a ninguém, pode até ser que Relvas esteja preocupado com todos nós(?), mas a verdade é que ninguém acredita nisso.

Mesmo Passos Coelho, que é neste aspecto um bom comunicador e que quando quer consegue passar uma imagem honesta, de alguém efectivamente preocupado com os outros, começa a estar cansado de fazer esse papel, o que leva a que as suas intervenções sejam cada vez menos cuidadas neste campo. Mas, ainda que assim não fosse, o ideal nunca seria ter um chefe de governo "explicador" de tudo quanto se passa, quer pelo volume de trabalho que isso exigiria, quer pelo desgaste em termos de uma imagem que tem de se preservar para grandes momentos.

O governo tem alguns outros bons "comunicadores sociais", como Portas e até no seu modo muito especial Victor Gaspar, mas é evidente que nenhum deles poderá preencher esta lacuna, quer em termos de disponibilidade, quer em termos políticos.

É pois urgente para o país que Relvas encontre alguém que consiga transmitir à população uma "história" convincente e, tanto quanto possível mobilizadora, que torne menos difícil o atravessar dos próximos tempos. Já agora alguém que saiba de economia um bocado mais do que aquilo que ele sabe, para assim poder compreender a história que vai ter de contar.

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