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terça-feira, 4 de dezembro de 2012

BOM SENSO DE CURTA DURAÇÃO

Primeiro Junker diz que as condições dadas à Grécia serão extendidas a Portugal e Irlanda, de seguida Passos e Gaspar confirmam a ideia como conquista da sua brilhante actuação.

Agora o Conselho Europeu vem dizer que não há "extensões", o caso grego é especial. Claro que o caso grego é especial, não era uma solução igual que se pretendia, mas apenas a extensão aos outros países da redução dos juros e do aumento dos prazos da dívida. Depois, como já é habitual, Passos e Gaspar confirmam que nunca pretenderam qualquer extensão das condições gregas.

Mais uma vez a pressão dos falcões (Alemanha, Áustria, Holanda e Finlândia) agora acompanhados pela França, veio travar aquele que era o entendimento inicial do Conselho Europeu.

Isto não seria grave se o objectivo dos ditos falcões fosse apenas ter os países em resgate sempre no fio da navalha para os obrigar a fazer o que tem de ser feito, mas a verdade é muito pior, o que os tais falcões  pretendem é ter esses países sempre em posição de serem mandados "borda fora" do euro, se e quando as condições económicas o permitirem, e o acharem da sua conveniencia.

Nisto tudo o mais preocupante é a arrogância ignorante. Mais uma vez a Europa quer convencer-se e convencer o mundo que o seu problema está resolvido. Não está, nem sequer a caminho disso. A Europa insiste em não fazer o que precisa para resolver os seus problemas, o que é tanto mais grave quando a economia mundial volta a dar sinais de estagnação.

Mais uma vez o que se fez foi adiar problemas e apenas tirar, para já, a Grécia do banco das urgências. Os mercados responderam com descidas dos juros e subida do euro em relação ao dólar americano, que já passou o 1,3 e talvez até venha a chegar de novo ao 1,36. Depois, como vem sendo hábito, teremos nova crise, novas medidas, mais ou menos avulsas, e o empurrar de novo os problemas com a barriga sem os resolver. Até quando?

 No meio disto tudo continuamos com o nosso pretenso comportamento de bom aluno, que  seria até uma estratégia com sentido, se fossemos um bom aluno com personalidade, ideias e coragem, mas não como um pequeno aluno médio, que se limita a ser um lambe-botas de professores, ignorantes também eles, e no fundo desprezado pelos ditos professores e odiado pelos colegas.

Por este caminho vamos afundar-nos todos, entre egoísmos, miopia e incompetência.

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