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segunda-feira, 20 de outubro de 2014

A PT, A OI, OS CAMPEÕES NACIONAIS E A IMPRENSA

Como se deveria saber desde o início, o único interesse da OI na grande operação de fusão era os biliões que a PT lhe entregou, a ela e aos seus acionistas, acrescidos dos que a venda da propria PT e seus activos viria a gerar.
Só por interesses obscuros ou ingenuidade se poderia supor que as coisas fossem diferentes, o mercado de telecomunicações brasileiro é extremamente dificil, de enorme dimensão e exige investimentos extremamente vultuosos. Qualquer ilusão sobre uma possível estrategia lusófona, para mais por parte de um grupo descapitalizado, foi sempre apenas "wishfull thinking", mais uma vez por ingenuidade ou dolo, como se queira.

O caso da dívida da Rio Forte foi a cereja no topo do bolo para a OI, teve então a desculpa ideal para se livrar da PT e da gestão portuguesa, sem grandes custos de imagem, acabando por sair até mesmo como vítima das trapalhadas portuguesas,e realizando mais rapidamente todo o caixa possível para as suas necessidades no Brasil.

Agora vêem os grandes estrategas portugueses, com o seu duvidoso curriculum, alertar para a urgência de que o estado salve o campeão nacional, como se os estados pudessem fazer ou salvar campeões nacionais.
Os campeões nacionais fazem-se por si, não são feitos pelos estados, o que os estados podem fazer é estragar com mimos, hipotéticos campeões à custa do contribuinte. A PT já não tem possibilidade de vir a ser um campeão nacional, essa possibilidade, se é que existiu, já passou.

Seja a Altice, seja outra solução do mesmo tipo, mesmo que disfarçada sob a capa de um voluntarioso grupo de "patriotas" que vão salvar o tal campeão, é esse o destino de curto prazo da PT. Logo depois de esse novo proprietário arrumar a casa irá vendê-la, a um ou vários operadores de telecomunicações,  realizando uma significativa mais valia. Por ironia das coisas esse segundo negocio poderá mesmo ser contratado logo quando da efectivação do primeiro.

O mais preocupante de tudo isto é que à conta de delírios sobre campeões nacionais o contribuinte venha a ter que digerir mais uma enorme fatia dos custos de toda esta operação.
O facto de o estado estar falido não é garantia suficiente de que não venha a suportar os custos das habilidades que se vão seguir, infelizmente a historia da 3ª República mostra bem como isso tem sido feito.

E depois temos a nossa imprensa, que noutro país qualquer seria uma esperança de vigilância do interesse público mas que em Portugal é apenas um negocio monopolista como outro qualquer, que assegura apenas a maximização do seu poder e lucros.
Entre nós a imprensa ganha quando inventa campeões e seus agentes, que lhes pagam por isso, depois ganha vendendo jornais para explicar como esses campeões se afundam. Continuando no entanto sempre atenta a novo negocio que possa surgir de um possível "renascer"  de um campeão que possa voltar a ser fonte de receita.

Pobre país!

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