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sexta-feira, 11 de novembro de 2016



A UBERIZAÇÃO DOS MÉDICOS (E VAROUFAKIS)


Ao contrario do que por vezes somos levados a pensar, a uberização é quase tão velha como as sociedades humanas. Nos tempos modernos a sua primeira manifestação empresarial foram talvez as sociedades de "manpower".

Com a evolução tecnológica, em especial na área das comunicações/informatica, os processos de uberização vão acelerar e é totalmente ilusório pensar que eles podem ser travados.
Este fenómeno já atingiu também a classe médica entre nós, em especial no que respeita às consultas ao domicílio.
Existem já em Portugal empresas que montaram redes de médicos para fazer aquelas consultas a preço muito baixo (10 euros), serviço esse que depois é vendido pelos mais variados tipos de seguro de saúde aos respectivos beneficiários.

Quanto dos 10 euros fica para o médico? Se se aplicasse a taxa de 25% da Uber seriam 7,5 euros, neste caso concreto não sei qual o resultado final. De qualquer forma podemos estar a falar de uma taxa horaria da ordem dos 15 euros, para um médico andar de porta em porta, ao frio e ao calor, a dar consultas. Devemos já estar com remunerações perto das de Cuba

Este é certamente apenas um dos muitos novos casos de uberização, mas ao que parece apenas o processo dos taxistas teve capacidade para demonstrações de força.

Estamos assim perante uma uberização imparavel, a que se seguirá uma robotização ainda mais dizimadora do trabalho tal como o conhecemos hoje.

E Varoufakis no meio disto tudo??
Num recente artigo dedicado a estas realidades, huberização e robotização, reconhecendo a impossibilidade real de travar estes processos, Varoufakis vem defender que as nossas sociedades têm de encontrar novas soluções para integrar estas multidões de novos desempregados, o que implicará sempre altos custos a serem financiados.

Varoufakis vem propor a criação de uma "participação societária" (obrigatoria e gratuita) dos Estados em todas as empresas que venham a ser criadas, fundo esse que, assim criado, financiaria as novas necessidades sociais.

Claro que a solução proposta por Varoufakis enferma de muitas limitações, de qualquer modo tem a virtude de tentar "pôr a bola rolar", para dinamizar a procura de soluções para o equilíbrio dessas sociedades do nosso futuro mais ou menos proximo. Já agora soluções que não passem pelo extermínio sistemático dos "sobrantes".

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