UMA LIÇÃO MAIS
Assassino, heroi, ditador, revolucionario, etc Tudo isso é verdade mas agora pouco interessa.
O importante é compreender como Fidel foi possível, ali, à beira dos Estados Unidos, num dos países mais avançados da America Latina.
É essa enorme capacidade americana de fazer erros na política internacional que é necessario reter desta lição, porque vão existir muitos mais.
Fidel foi um produto dos habituais erros americanos, primeiro por não ver que a sociedade cubana estava bloqueada e necessitava de mudança, depois por transformar Fidel num comunista que ele não era, e ainda pela inépcia das tentativas de o derrubar.
As grandes potencias tendem a fazer erros que à partida são inimaginaveis, por arrogancia, pela existencia de informações e pressões contraditorias, pelas jogadas dos parceiros locais, pelo peso da burocracia, pelas "facilidades" dos falcões, porque estes "pequenos casos" são tratados por um um qualquer sub-sub desk-office do Departamento de Estado e só sobem na hierarquia quando já são dificilmente geríveis.
Para aqueles que pensam que tenho uma obsessão com a capacidade de errar dos americanos, e de uma forma geral das grandes potencias, recomendo que escutem McNamara, o secretario de estado de Kennedy e Jhonson, responsável pela escalada no Vietname. No filme "The Fog of War" McNamara explica pessoalmente como essas coisas acontecem.
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