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segunda-feira, 29 de março de 2010

DOS GOVERNOS SOMBRA

Na ciência política, como nos mercados financeiros e como em muitas outras coisas na vida, quase nunca o que parece é. Também assim é com as dificuldades dos governos sombra.

Embora à primeira vista pareça mais fácil e menos exigente a formação de governos sombra do que a de governos efectivos na verdade não é assim. São três as frentes em que a formação de governos sombra se torna mais difícil: é mais complicado o recrutamento de "ministros", é mais exigente em termos da qualidade dos mesmos e corre o risco de ser uma via de desgaste de personalidades que de outra forma teriam possibilidade de se vir a afirmar no poder real.

O recrutamento é mais difícil por diversas razões, mas que se resumem ao facto de os riscos serem muitos e as compensações poucas, sem poder efectivo e sem equipes de apoio a sério, os ditos ministros terão de escolher entre ter papéis relativamente apagados ou o desgaste de posições constantes de confronto difíceis de manter.

Exactamente pelas razões referidas atrás, falta de equipes de apoio e falta de poder efectivo, os tais ministros terão que ser muito melhores do que ministros reais, eles terão de fazer omeletes sem ovos! E assim caímos na situação bizarra de ser obrigados a ter num governo sombra personalidades muito melhores do que aquelas que são necessárias para constituir um governo efectivo.

E por último teremos como consequencia para o partido do governo sombra o seu desgaste e o de personalidades que muito provavelmente iriam ser necessárias no futuro.

São estes os problemas em que Passos Coelho se vai envolver se for por esta via. A solução dos porta-vozes sectoriais, embora não tendo o mesmo "glamour", envolve muito menos riscos e tem potencial equivalente, ou até maior por dar a possibilidade de "rodar" gente nova.

1 comentário:

  1. Os bilhetes de Sol e Sombra eram sempre mais baratos quando não havia sol.O preço psicológico era evidente.Via-se o espectáculo com a sensação de poupança.Em especial se o espectáculo acabasse por ser bom.
    Sou assim adepto de governos sol e sombra, mais do que governos sombra, sempre com a esperança que surjam Think Tanks Por cá, para que se faça algum Sol da Sociedade Civil para além dos Partidos (que nunca mais aprendem o que ainda não esqueceram:que o 25 de Abril já foi há "muito tempo" e o mundo "está perigoso").

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