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quinta-feira, 13 de outubro de 2016



O PECADO ORIGINAL DE COSTA

Continuo a pensar que o grande erro de Costa foi logo na noite eleitoral não ter deixado claro o convite ao BE e PCP para apoio a um governo do PS.
Assim, Costa teria marcado o timing, logo nessa noite tería saído em ombros da sede de campanha, e depois, rapidamente, sem o longo parto que foi a geringonça, ou estaria a governar com o programa do PS, ou poderia acusar a esquerda de ter viabilizado o governo da PAF, e reinaria absoluto na oposição.
Por razões diversas Antonio Costa não o fez, e por essa via pôs o país, o PS, e ele próprio num caminho extremamente dificil e perigoso.
Via dificil e perigosa porque as exigencias do BE e PCP desvirtuaram por completo o programa económico do PS, assim como introduziram uma enorme desconfiança nos investidores, tudo isto agravado pelo facto de que, para satisfazer simultaneamente as exigencias dos seus parceiros e as exigencias europeias quanto ao deficit, o governo teve também de travar a fundo o investimento público. Ficámos assim num país em que o investimento, que já era pequeno, se reduziu ainda substancialmente, tanto a nível privado com público, o que conduziu ao "desastre" do crescimento do PIB.
Esta "habilidade" de conseguir distribuir dinheiro para consumo, em especial aos funcionários públicos, sem afectar o deficit, só tem sido possível por via do aumento dos impostos indirectos e da reduçao do investimento público, o que pode ser uma via engenhosa ,mas que tem vida curta e custos enormes para a economia, a curto prazo, mas sobretudo a prazos mais longos.
Como é óbvio os parceiros do PS são insaciáveis, tanto mais que um "puxa pelo outro", e o governo vai ter que pagar facturas cada vez mais altas, e por essa via a estagnação da economia nacional será crescente, e o país será levado a um beco sem saída, que é o objectivo claro, embora não declarado, dos radicais do BE e PCP.
Costa tem mostrado uma habilidade política notável, uma calma invejável, e até também capacidade de lidar com alguns dossiers difíceis, mas tudo isso de nada servirá nem a ele, nem ao PS, nem sobretudo ao país, se continuar a ser condicionado pelas exigencias dos parceiros. Aquelas exigencias estão já a paralisar a economia e depois levarão o país aos caos, como aliás eles sempre quiseram.

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