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segunda-feira, 9 de janeiro de 2017



O LADO NEGRO DOS GRANDES HOMENS E A HISTORIA

A historia está cheia de grandes homens, com enormes defeitos, defeitos que deveriam ser exclusivo apenas dos homem comuns, mas que o não são, muitas vezes esses defeitos são ainda mais e maiores entre os tais "grandes".
Quando me refiro a grandes homens, não me circunscrevo aos políticos, mas também a pintores, músicos e outros artistas, ou escritores e poetas, ou ainda cientistas e individuos de outros campos, homens e mulheres que se impuseram pelos seus feitos ou pela sua capacidade intelectual ou artística, e dos quais seria expectavel um comportamento moral e ético acima de qualquer suspeita, mas a realidade é que isso raramente se confirma.
Por exemplo, na política apenas me recordo de dois nomes que claramente escaparam a esta maldição dos homens grandes, Ghandi e Mandela, e mesmo estes apenas depois de se terem dedicado às suas grandes missões. E fora da política o "super-grande" Einstein é talvez o exemplo maior.
Porque as coisas são assim?
Talvez porque os "grandes" têm de ter, além de muitas outras qualidades, pelo menos uma de duas características pessoais, um grande sentido de missão, e/ou um grande ego, assim, sempre que o ego é igual ou maior que o espirito de missão, o risco de um grande homem "pecar" aumenta exponencialmente, porque a dimensão do ego o cega.
Nos referidos pecados temos de tudo, desde o assassinato à simples mesquinhês, passando pela arrogancia, falta de escrupulos, nepotismo, amiguismo, pouco respeito pela coisa pública, teimosia, obsessões, desprezo pelos outros, etc
Como verá a Historia os grandes homens dos tempos modernos? A historia do passado nunca avaliou os homens pelo seu comportamento moral. Na verdade, a historia até aqui sempre foi a historia dos vencedores e da sua versão dos acontecimentos. Será sempre assim?
Será que no futuro a historia exigirá mais dos homens para os considerar grandes, mais do que apenas o rol dos seus feitos?
A democracia e a elevação do nível cultural geral serão determinantes de uma maior exigencia na definição dos nossos futuros herois?
Será que pelo menos vamos ter "herois com reservas"?
Penso que apenas quando isso acontecer poderemos esperar que a qualidade humana dos nossos herois vá melhorando, mesmo sem que, repentinamente, se transformem em impossíveis santos.

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