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segunda-feira, 14 de setembro de 2020

 

OS CANDIDATOS CHAVE


Estes candidatos não são chave por serem os mais importantes ou os mais votados, mas apenas porque  a votação neles é a grande incógnita destas presidenciais e determinantes da existenca ou não de uma segunda volta.

Esta dúvida só não existiria caso Marcelo conseguisse renascer das cinzas e ganhar de novo o alento de um grande vencedor, o que parece altamente improvavel. Certamente que ele irá renovar-se para este embate mas dificilmente se reinventará a ponto de conseguir uma vitoria esmagadora logo na primeira volta.

Neste quadro, teremos os candidatos do BE e do PCP que entre si terão cerca de 15% dos votos, pelo que a vitoria de Marcelo na primeira volta só será impedida caso estes dois "candidatos chave" atinjam valores da ordem dos 35% em conjunto. Qual a probabilidade de isso vir a acontecer?

De entre os dois a maior incógnita é claramente Ventura, quer porque é uma figura relativamente recente na política nacional, quer pelo radicalismo de algumas posições e declarações, quer ainda por pertencer a um pequeno partido a que as sondagens têm atribuído um rapido crescimento.Ventura aparece assim com um peso que vai dos 5% de algumas sondagens, até aos 20% ou mais que alguns dos seus militantes julgam possíveis.

Ventura pode virá a disparar? ou implodirá? Julgo que por agora tudo é ainda possível. Será que ele vai conseguir capitalizar para o seu lado o cansaço com o políticamente correcto? Será que o seu discurso contra os "políticos" vai funcionar? Ninguem sabe.                                                                                   O que se sabe para já são quais são os pontos fracos de Ventura e do Chega que podem ser os obstáculos para as suas ambições.                                                                                                          Será que Ventura vai resistir ao assédio da imprensa e aos debates politicos entre candidatos, por muito populista que seja?                                                                                                                            Ventura parece ser um homem só que tem de tocar varios instrumentos, aparentemente não tem quadros de alto nível em que se possa apoiar.                                                                                                          Ventura tem marcado a sua presença com base em chavões, frases bombásticas e polémicas, vai conseguir continuar poresse caminho?                                                                                                       O programa económico do Chega é totalmente contraditorio com  o programa que seria de esperar de uma direita conservadora, conseguirá ele defender as posições do seu programa sem cair em enormes contradições e perder grande parte do seu eleitorado potencial?

Quanto a Ana Gomes o grau de incerteza será certamente muito mais baixo, isto embora para já não existam sondagens e ainda estejam por perceber quais as consequências da candidatura junto dos militantes e simpatizantes do PS.

Ana Gomes apresentou-se como a candidata da "esquerda democratica", seja isso que for, alguns dos seus apoiantes vierem já retificar para candidata do "centro esquerda", posicionamento este que me parece mais interessante e com maior potencial para ela.

Ao que vem Ana Gomes? Certamente a luta contra a corrupção, em que ela pode apresentar pergaminhos nacionais e internacionais. E que mais? O que a distingue do BE e do PCP? Para além do seu óbvio europeísmo não sabemos. Como está ela em relação ao políticamente correcto, à esquerda identitaria, ao revisionismo historico sistematicoe enviesado? Nada disso ainda é claro.

Contra Ana Gomes serão invocadas as falsas acusações que ela fez contra alguns políticos. Aquelas acusações form graves, mas compreensíveis no caso de uma pessoa que lutava sozinha contra a corrupção no meio de um sistema corrupto onde circula muita informação falsa. É imperioso que Ana Gomes deixe claro que esses erros só foram possíveis por ser uma mulher sozinha a lutar contra um sistema e nada têma ver com uma sua postura institucional.

Julgo que o grande trufo de Ana Gomes é claramente o da luta contra a corrupção, luta em que ninguem, nem à esquerda nem à direita está genuínamente interessado, a esquerda porque defende o "quanto pior melhor", ou seja, o que é preciso é que o capitalismo funcione mal, quanto ao bloco central porque ele continua a ser o "bloco dos interesses"

Mas nessa luta contra a corrupção AG terá de convencer os portugueses que ela é a luta mais importante para o país, porque ela não é apenas nem sobretudo uma luta contra os corruptos, ela é sobretudo uma luta para criar uma sociedade mais eficiente e mais rica, muito mais importante que mais uma carrada de dinheiro que possa vir de Bruxelas. Não existe em Portugal, projecto mais barato e rentavel do que esse.

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