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quarta-feira, 12 de maio de 2010

BRASIL - SINAIS DE PERIGO?

Inflação, irresponsabilidade político-fiscal, e balança comercial. Os problemas estão de volta?

Embora os dados oficiais continuem a mostrar a inflação controlada, os consumidores queixam-se do disparar dos preços dos bens de primeira necessidade. Mas para quem chega de fora o que mais espanta são os preços totalmente desajustados de alguns produtos e serviços (aliás tal como acontece na Grécia), a título de mero exemplo um café expresso custa em qualquer café de bairro pelo menos 2,5 reais (mais de 1,1 euros) isto na terra do café!, uma hora de estacionamento pode custar 10 reais (mais de 4 euros), e por aí vai, restaurantes, cinemas, etc. Apenas desajustamentos, ou expressão de um problema mais fundo?

A maior contribuição do governo de Fernando Henrique Cardoso para a estabilização do Brasil foi a Lei da Responsabilidade Fiscal, foi ela que permitiu finalmente controlar os gastos e as dívidas dos poderes central, estaduais e municipais, mas agora a irresponsabilidade do Congresso (Câmara e Senado) parece crescente e aprova medidas bilionárias (a última festança é de 60 bi) sem "cabimento" orçamental que obrigarão Lula ao desgaste de ter de as vetar sob risco de voltar a afundar todo o sistema. Meras jogadas eleitorais, ou regresso de velhas práticas?

Apesar do disparar dos preços das comodities a balança comercial começa a apresentar resultados negativos. Questão conjuntural, ou retorno ao eterno ciclo brasileiro - euforia/depressão?

Continuo a pensar, como aliás escrevi há muito tempo atrás (os brasileiros que desculpem o pleonasmo), que o governo deveria ter feito tudo quanto fosse possível para impedir a valorização do real para além dos 2,5 por USD (eu sei que teria sido difícil e totalmente heterodoxo), como isso não aconteceu as importações dispararam, muita produção interna foi inviabilizada e a balança comercial e toda a economia só não derraparam porque os preços de exportação das comodities dispararam.

Caso tivesse sido possível controlar a valorização do real, não só as reservas brasileiras seriam hoje muito maiores do que são, como também o parque industrial seria maior e mais competitivo, e sobretudo o Brasil estaria muito mais imunizado em relação à crise mundial do que de facto está, ou seja, se a crise mundial se agravar os preços das comodities irão despencar e com eles os saldos comerciais brasileiros e as suas reservas, num filme que através da história já se viu muitas vezes. Infelizmente o argumento de que "desta vez é diferente" normalmente não funciona.
Claro que controlar o câmbio e a inflação, sem controle total da despesa pública, era uma missão difícil, mas teria sido a única via de garantir um Brasil à prova de todas as crises.

Julgo que os dois candidatos presidenciais têm ideias concretas, e diferentes das praticadas até aqui, sobre a futura política económica brasileira, em especial José Serra que deve ter essas ideias já muito bem digeridas, agora é só esperar ....

1 comentário:

  1. A questão é, vendo ou não vendo os fundos Brasil (já ou quando)??? Agradecido antecipadamente

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