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terça-feira, 16 de dezembro de 2014

MUNDO PERIGOSO - PAZ MUNDIAL?

Há muitas décadas que o nosso mundo não estava tão perigoso, e isto, hoje em dia à velocidade acelerada a que vivemos, quer dizer que rapidamente podemos estar à beira de uma catástrofe, daquelas que como tem sido habitual ao longo da história, toda a gente acha impossível até à véspera da respectiva confirmação, e alguns mesmo só muito depois de as primeiras bombas começarem a explodir.

A Rússia está à beira do abismo, o que a história tem demonstrado ser a situação mais perigosa, para a paz mundial, em que uma grande potencia militar pode estar. O médio oriente está ao rubro. Os mares da China há muito que não estavam tão quentes. A Europa está totalmente desorientada dentro das suas contradições internas e a sua fronteira a leste já está a arder. A América Latina continua mergulhada no seu populismo crónico. Os Estados Unidos como indiscutível grande potencia mundial tinham que deixar passar uma mensagem clara e coerente para o mundo, mas as divisões entre falcões, isolacionistas e moderados, levam a actuações contraditórias, que é exactamente o que o mundo não poderia ver agora.

Olhando para o quadro económico. A América Latina, o continente do populismo está de novo a mergulhar em grande confusão, com excepção, para já, apenas do Chile e da Colômbia. A Europa e o Japão são economias envelhecidas e estagnadas, com execpão quase que única do Reino Unido. Os Estados Unidos, apesar de serem a grande economia ocidental que apresenta melhores resultados continua a parecer incapaz de andar por si própria sem os imensos fluxos injectados pelo Banco Central. A China que tem sido o catalisador da economia mundial parece incapaz de continuar a desempenhar esse papel, face à necessidade de arrumar a própria casa. A Ásia, sem os motores da economia mundial a funcionar, em especial da China e do Japão, dificilmente conseguirá fugir à estagnação, numa época perigosa em que se abriram ás respectivas populações perspectivas de enriquecimento que se não vão confirmar. A Rússia, o maior país do mundo, com o petróleo a preço de banana é um deserto económico, com uma população reduzida,  envelhecida, alcoolizada, e dividida em termos étnicos e religiosos. África, que em breve será o continente mais populoso do mundo e que tem mostrado taxas de crescimento invejáveis, não tem pernas para andar sozinha num mundo que não sabe para onde vai.

A repentina e abrupta queda dos preços do petróleo, aparentemente uma óptima notícia para os países não produtores, pode ser o desplotar de todos as loucuras político-militares. Se é verdade que existem fortes razões económicas que  estão subjacentes a esta queda - queda da procura, aumento da oferta (esta em especial depois do shale gás nos EUA) - também é indiscutível que a queda dos preços tem sido potenciada pelos interesses da dupla habitual, Estados Unidos/Arábia Saudita, os primeiros para dar cheque à Rússia e os segundos para retirar espaço ao Irão.
Mas as consequencias negativas da queda dos preços do petróleo não se limitam aos países produtores, com o risco de falência das empresas exploradoras mais débeis, incluindo muitas das mais novas empresas americanas, os efeitos rapidamente se transmitirão às respectivas economias, em especial ao sector financeiro altamente envolvido no financiamento desta empresas, se assim for, depois seguir-se-á o filme que já conhecemos.

Há muito tempo que a paz mundial não estava em tão grande risco, caso não haja rapidamente algum bom senso, bastará apenas um pequeno fósforo para incendiar todo este imenso petróleo, que de repente, afinal sobra...


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