terça-feira, 24 de fevereiro de 2015
JUNCKER E A GRÉCIA
Juncker é um político na linha de Barroso, apenas mais simpático e sem o ar de boxer aposentado do português.
Ao dizer que são políticos da mesma linha isso nada tem a ver com opções partidárias, mas apenas com o seu comportamento político, com isto quero dizer que Juncker tem tão poucas ideias como Barroso e simultâneamente tem a mesma habilidade política, o mesmo jogo de cintura. Tratam-se enfim de dois virtuosos do jogo político que fizeram as suas carreiras com base nisso e não têm qualquer outro projecto ou ideal, para além da própria carreira.
Perante esta realidade que se pode esperar de Juncker face a qualquer situação delicada? Obviamente que nada, tal como aconteceu com Barroso, primeiro porque não tem conhecimento profundo dos dossiers, segundo porque para este tipo de políticos a solução será sempre a que no imediato seja a mais fácil.
É por estas razões que Juncker aceita qualquer coisa vinda da Grécia, porque nem sequer sabe bem o que está em causa, e também porque a última coisa que ele quer é ter de gerir uma situação como seria a de uma saída da Grécia do euro, sobretudo no início do seu mandato.
Se Juncker fosse um político com P grande, saberia que este é um bom momento para correr o risco de uma saída de um país do euro, apesar de ainda não estar montado todo o sistema da união monetária, grave seria isso acontecer numa altura em que os mercados estivessem em polvorosa.
Mas Juncker quer apenas sobreviver e por isso está aberto a todo o jogo de chantagem que a Grécia queira fazer, se não forem os estados membros a controlar a situação vamos ter desastre.
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