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quarta-feira, 11 de setembro de 2019


O PCP E A MORTE DE RUBEN DE CARVALHO

Vivêssemos nós em tempos Estalinistas e ninguém teria dúvidas de que Ruben de Carvalho teria sido eliminado pelos seus. Os objectivos sagrados da revolução não poderiam nunca ser comprometidos por desvios pequeno-burgueses, custasse o que custasse.
Claro que ninguém acredita que neste século XXI o PCP tivesse esse tipo de comportamento, no entanto existem alguns factos que parecem indicar que a partida de RC terá sido um alívio para uma ala mais ortodoxa do partido.
Para aquela ala não devia ser muito cómodo que o membro mais antigo e prestigiado do seu Comité Central, tivesse um humor demasiado burguês, chegando até ao ponto de ser capaz de rir sobre temas para eles sagrados.
Para além de tudo isso, RC era apaixonado por musica e cinema americanos, facto esse que se orgulhava de transmitir, e para mais cultivava relacionamentos de amizade com pessoas de todo o espectro político, tendo mesmo chegado ao ponto de partilhar um programa de radio com Jaime Nogueira Pinto.
Tudo isso leva a crer que ele seria visto por aquela ala, como um perigoso exemplo de flexibilidade comportamental, com risco de vir a perturbar o correcto entendimento do que é a dedicação à causa revolucionaria, por parte das gerações mais novas.
O PCP justifica o facto de não ter havido homenagem especial a RC na festa do Avante, porque na óptica do partido deve ser o trabalho de equipe que deve ser ressaltado e não as personalidades individuais que nele participaram.
Pode ser que assim seja, mas do exterior parece-nos apenas que na verdade o PCP mudou muito menos do que se chegou a supor.

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