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terça-feira, 22 de março de 2011

GUEVARA E O EXPRESSO - I

Como é que um jornal como o Expresso faz uma edição de oito biografias "incontornáveis" do sec XX e entre elas põe a de Che Guevara? É só ignorancia, ou jogada político-comercial? Apenas porque o Che vende tanto poster como a Coca-Cola, ou o Ronaldo?
Mas um jornal como o Expresso pode entrar nesse jogo? Mesmo o Waltinho Moreira Salles, bilionário e cineasta, quando fez "Diários de Motocicleta", para acalmar os seus complexos de culpa de burguês bem nascido, teve o cuidado de se debruçar apenas sobre a época pré-revolucionária de Guevara.

É discutível se John Kennedy pode ombrear com Freud, Einstein, Mandela ou Gandhi, mas Guevara não é nem discutível. Caso fosse uma galeria de criminosos do século aí seria diferente, embora de dimensão moderada em relação a muitos outros, teria a vantagem de ser o criminoso charmeur, tanto mais que assassinado ainda novo, e aquele que conseguiu quase sempre sair como o bom mocinho da história, graças aos intelectuais de salão da cultura francesa de esquerda, e a interesses diversos do KGB á CIA, passando pelos comerciais.

Kennedy nã terá sido um vulto da envergadura dos outros, mas teve o grande merito de ter sido o presidente que iniciou a resolução do problema da segregação racial nos Estados Unidos. O presidente upper-class, tambem charmeur, com uma família bonita, que quase encarnou uma "casa real" americana. O presidente que Balsemão gostaria de ter sido, mesmo que apenas da pequena, pobre e decadente Lusitânia (de preferencia com a Marylin incluída no pacote, e sem o respectivo assassinato), sonho que aliás o aborto constitucional que é o estatuto da reeleição inviabilizou totalmente. Vá lá... essa do Kennedy ainda se pode compreender, tanto mais que vende bem, mas o Che!!!

(cont.)

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