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terça-feira, 29 de março de 2011

GUEVARA E O EXPRESSO - III

Agora que estou de partida tenho de acabar este meu folhetim Expresso-Guevara.

Assim dizia a Veja de 3 de Outubro de 2007:
"Há quarenta anos morria o homem e nascia a farsa".
"Não disparem. Sou Che. Valho mais vivo do que morto" Essa frase nunca mais foi lembrada porque não combina com a aura mitológica criada à volta da figura. No dia seguinte ele foi executado por ordem do exercito boliviano, duma forma bastante menos sumária do que aquela a que a sua pratica habituara. A CIA parecia estar dividida sobre o assunto pois havia quem defendesse a possibilidade da sua utilização contra os antigos companheiros.

"El chancho" (o porco), como era tratado pelos seus companheiros porque não gostava de tomar banho e cheirava a "rim fervido", foi tema de várias biografias e numerosos textos, endeusado nuns, feito demónio noutros. A referida edição da Veja de 2007, quando dos 40 anos da sua morte, apresenta um bom resumo de vários aspectos daquela trajectória e, apesar de a revista ter sido sempre contraria ao Che, tem uma tradição de objectividade que é garantia de autenticidade das suas fontes.

Não conheço a biografia que o Expresso vai publicar, no mínimo espera-seque seja uma biografia isenta e inteligente sobre o "mito Guevara", mas mesmo que assim seja o mal já estará feito.

A maior parte das pessoas não irá ler biografia nenhuma, mas mais uma vez terá ficado com a ideia simples de Guevara entre os grandes vultos da humanidade, até sancionada por um jornal independente, do centro político.

Nada tenho contra que se editem biografias de Guevara, mas sim contra que isso se faça no contexto de oito biografias incontornáveis do sec XX, em que a maior parte delas são de facto biografias de grandes e indiscutíveis personalidades. Isso é intelectualmente baixo e um des-serviço público, feito por um jornal que é da nossa melhor imprensa.

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