BMF&BOVESPA - ESTADÃO (transcrição)
A BM&FBovespa anuncia hoje o aumento de sua participação no americano CME Group, a maior bolsa do mundo, de 1,8% para 5% do capital. A operação vai custar à empresa brasileira cerca de US$ 1 bilhão (o equivalente a R$ 1,8 bilhão). As duas instituições também vão desenvolver conjuntamente uma plataforma de negociação para todos os mercados em que atuam: ações, derivativos, câmbio, renda fixa, etc.
Em 2008, a BM&FBovespa e o CME firmaram um acordo que previa, entre outros pontos, que investidores de uma bolsa pudessem fazer negócios na outra. Na ocasião, o CME comprou 5% da bolsa brasileira. Com a transação, que será detalhada hoje, as participações de uma instituição na outra passam a ser iguais.
O CME Group é a maior bolsa do mundo, formada a partir da fusão da Chicago Mercantile Exchange (CME) com a Chicago Board of Trade (CBOT) e a New York Mercantile Exchange (Nymex). Mas, diferentemente da BM&FBovespa, não transaciona ações, apenas derivativos (como contratos futuros de produtos agrícolas e indicadores financeiros).
Desde que a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) e a Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F) anunciaram a intenção de se fundir, em março de 2008, analistas especulam que o caminho natural da empresa é a internacionalização. Os especialistas acreditam que, no longo prazo, haverá poucas bolsas no mundo. Nesse ambiente, a BM&FBovespa seria uma das sobreviventes, com forte liderança na América Latina.
Em janeiro do ano passado, a bolsa brasileira já era a quarta maior do mundo em valor de mercado (critério que multiplica o valor da ação pela quantidade de papéis em circulação). À época, valia US$ 12,4 bilhões, atrás justamente da Bolsa de Chicago, da Bolsa de Hong Kong e da Deutsche Borse. Em compensação, já havia ultrapassado a Bolsa de Nova York e a Bolsa de Londres.
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