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domingo, 21 de fevereiro de 2010

PORTUGAL/BRASIL - LITERATURA NO FEMININO

A actividade literária foi até há pouco uma actividade essencialmente masculina, até ao séc.XX são muito poucos os vultos literários femininos, e só recentemente as coisas começaram a ficar equilibradas entre os dois sexos.

No entanto esse equilíbrio varia muito de país para país, e se há casos em que o desequilíbrio é facilmente explicável (países muçulmanos, países pobres) outros há em que essa explicação não é tão simples, e para mim, humildemente o digo, o Brasil é um desses casos para que não consigo explicação fácil.

Estou a falar de literatura com L grande, enquanto ao longo do séc XX as literaturas portuguesa e brasileira se foram equivalendo, com vantagens alternadas de um lado e de outro (tema para outro texto), quando pensamos apenas em termos de literatura no feminino as coisas são muito diferentes, e à excepção de Clarisse Lispector, não vejo outras escritoras ou poetas ao nível de uma Espanca ou de uma Agustina, ou mesmo mais recentemente de uma Dulce Cardoso, ou de uma Inês Pedrosa (no romance, que na crónica ela é a maior maçadora do mundo, mas aí a Clara Ferreira Alves é imbatível) ou ainda nas novas esperanças, uma Filipa Martins e até pode ser que a louca da Mónica Marques (carioca) se venha a fazer, e pelo meio temos um conjunto muito grande de boas escritoras, como Hélia Correia, Lídia Jorge, Maria Velho da Costa, etc.

Enquanto que do lado brasileiro o quadro é muito mais limitado, claro que existe uma Lígia Fagundes Telles, claro que temos as outras académicas como Nelida Piñon, Raquel de Queiroz e Zélia Gattai, claro que na nova geração temos Patricia Mello e muitas outras, mas tudo sabe a pouco, ou melhor sabia, porque hoje li "Suite dama da noite" de Manoela Sawitzki e finalmente! uma brasileira da nova geração a escrever a saber a muito!

Este desequilíbrio Portugal/Brasil na literatura feminina, que não corresponde porem a um desinteresse da mulher brasileira pela escrita em si, dado que elas teem um enorme peso nas redacções de todos os meios de comunicação, com grande relevância até em algumas áreas técnicas da economia às finanças (julgo que maior que em Portugal), mas parece apenas derivar de um interesse mais limitado pela escrita criativa.

Esta divagação levou-me a comparar este fenómeno com o que se passa entre os USA e Inglaterra, e curiosamente tenho a mesma sensação, se as literaturas em termos globais se equivalem, já quando falamos de literatura no feminino a vantagem inglesa parece clara, e mais uma vez pergunto, porquê?

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